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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Setor de carrocerias de ônibus deve ter recuo em 2012

Previsão é do Simefre – sindicato que representa a indústria de materiais ferroviários e rodoviários

Créditos: Guto de Castro/Acervo


O setor de carrocerias de ônibus, que vive uma das melhores épocas, alavancado pela proximidade das eleições municipais, quando normalmente as frotas são renovadas, e pela antecipação de compras pelos empresários que querem evitar os preços mais altos dos ônibus com tecnologia que reduz a poluição, pode ter um recuo nas vendas e produção no ano que vem.

E estimativa foi divulgada nesta terça-feira, dia 06 de dezembro de 2011, pelo Simefre – Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.
A queda, de acordo com projeções da entidade, deve ficar entre 7% e 10% em 2012 em comparação com este ano.

No mercado interno, as vendas devem cair entre 6% e 8% e as exportações entre 8% e 10%, caso o dólar oscile entre R$ 1,70 e R$ 1,75. De acordo com o Simefre, em 2011 devem ser produzidas entre 35 mil e 35,6 mil carrocerias, número 8,3% maior que no ano passado. O mercado interno é a grande força da indústria hoje, que já exportou mais. Destas 35 mil carrocerias, 31 mil serão vendidas no Brasil.
A alta do real frente ao dólar e as instabilidades financeiras internacionais explicam as exportações tímidas. Se o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovar o Finame Verde, linha de crédito para ônibus que seguem os padrões mais rígidos de redução de emissão de poluentes do Proconve P7, normas baseadas na Euro V, o recuo deve ficar neste patamar. Se o Finame Verde não for aprovado, a queda na venda de carrocerias de ônibus pode ser menor.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Ônibus Brasil

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