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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Erros no corredor da Presidente Kennedy, em Olinda, impedem inauguração de terminal integrado de Xambá

Roberta Soares

 Créditos: Marcos Pastich/JC Imagem

Não é mais novidade para ninguém que a Avenida Presidente Kennedy, uma das principais vias de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, virou um desastre depois que o governo do Estado e a Prefeitura de Olinda implantaram um corredor de ônibus nos mesmos moldes do construído na Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. As reclamações da população comprovam. A novidade agora é que a desordem da via e os erros cometidos no projeto original de requalificação do corredor – que, por enquanto, custou quase R$ 9 milhões – estão impedindo a inauguração do Terminal Integrado de Xambá, que será um dos maiores do Sistema Estrutural Integrado (SEI). O TI está localizado às margens da via, encontra-se praticamente pronto, à espera apenas do início da operação, que deveria acontecer no próximo mês, caso o corredor não tivesse virado um obstáculo.

 Créditos: Marcos Pastich/JC Imagem

A previsão é de que o TI de Xambá atenda 85 mil pessoas por dia e opere com 21 linhas de ônibus, entre municipais e metropolitanas. Embora o terminal vá provocar a racionalização operacional do sistema, reduzindo o número de linhas e coletivos trafegando na Presidente Kennedy, exigirá o uso de veículos com maior capacidade de transporte, como os ônibus articulados, que têm menos flexibilidade. Atualmente, sem o terminal estar funcionando, 26 linhas de ônibus, operadas por 151 coletivos, trafegam pela Avenida Presidente Kennedy. Na prática, os veículos se espremem entre as estações de embarque e desembarque construídas no centro da via. A desordem é tanta, que em praticamente todas as oito paradas os ônibus usam a via criada para os carros e os veículos particulares circulam pelas baias dos ônibus. A confusão é geral.

 
“Vai ser complicado demais trabalhar com os articulados. Já temos sofrido muito para passar com ônibus comuns no meio ou ao lado dessas paradas, estreitas e equivocadas, imagine como será dirigir um ônibus articulado?”, brinca, sem se identificar, um motorista da empresa Caxangá, que opera a maioria das linhas de ônibus que trafegam pela Presidente Kennedy. O TI de Xambá deverá receber toda a demanda de passageiros dos bairros periféricos de Olinda. Esses passageiros chegarão ao TI e, de lá, farão integração com linhas metropolitanas para o Recife e cidades da Região Metropolitana, como Paulista e Igarassu. A aposta na operação da nova unidade é tanta, que os planos dos gestores é desativar o Terminal do Caenga, que hoje opera no fim da Kennedy, na Estrada do Caenga.

 
O governo do Estado, para variar, fechou-se em copas. Como tem agido em várias ocasiões, o Grande Recife Consórcio de Transporte não quis se pronunciar sobre o problema, apesar de ser o responsável pela gestão do sistema e do TI de Xambá. Preferiu transferir a responsabilidade para o Prometrópole, programa que refez a drenagem e implantou o corredor de ônibus na Kennedy. Por meio de nota, o Prometrópole informou que o Estado e a Prefeitura de Olinda vão fazer adequações nas paradas para melhorar o raio de giro e permitir que veículos maiores possam trafegar sem dificuldades na via, além de recapear toda a avenida e criar giros de quadra para eliminar os retornos. Prazos, entretanto, não foram ditos.



 JC Online

Um comentário:

  1. Parabéns pela ótima postagem! Realmente a Presidente Kennedy é um claro caso de incompetência com o gerenciamento de recursos públicos! A população deve reivindicar! São 9 milhões de recursos e ninguém quer assumir o ócio da questão!

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