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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ônibus faz Agrale ampliar plantas

Agrale amplia fábricas para maior produção. Alta na demanda por chassis de ônibus e a entrada na empresa no segmento de 17 toneladas exigem adaptações em duas das três plantas em Caxias do Sul.



Créditos: Paulo Fincato/Ponto de Ônibus

O crescimento da produção de veículos, em especial de chassis de ônibus, obrigou a Agrale iniciar a expansão da área útil de duas plantas em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A empresa, que completa 50 anos de atividade este ano, está com uma média de produção mensal de 800 unidades e há perspectivas de crescimento. A Agrale faz caminhões, tratores, veículos de defesa e motores e componentes estacionários, mas é o segmento de ônibus que tem representado uma das maiores necessidades de ampliação.

Mesmo em ano de retração no setor de veículos de transportes coletivos, por conta da entrada em vigor das normas de redução de emissão de poluentes baseadas os padrões internacionais Euro V, que deixaram os ônibus mais caros, a Agrale tem estimativas de vendas significativas. Isso pelo crescimento previsto para o ano que vem, como recuperação de 2012 e por maiores investimentos voltados para a área de mobilidade urbana, atrelados à Copa do Mundo de 2014 e ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para médias cidades e também por conta de um fator específico: A Marcopolo, parceira da Agrale na fabricação do miniônibus Volare, vai fornecer cerca de 5 mil veículos para o Programa Caminho da Escola, após ter vencido a licitação. A Agrale vai ter de atender a maior parte desta demanda da Marcopolo.
A comercialização, a partir do ano que vem de ônibus de 17 toneladas, segmento novo para a Agrale, mas que representa 40% d e todos os modelos de ônibus fabricados no Brasil, também vai exigir mais espaço físico para a produção.

A Agrale decidiu entrar para este segmento após estudo de mercado e desenvolvimento de produto, prevendo o crescimento na compra de ônibus a partir de 2013. Mesmo a palavra de ordem em modernização da mobilidade sendo os corredores de ônibus do tipo BRT – Bus Rapid Transit; pelas características das vias precárias, mesmo em grandes cidades, e para as linhas alimentadoras dos BRTs, a demanda por ônibus de motor dianteiro será até maior que a dos veículos específicos para os corredores.
A fábrica 02 de Caxias do Sul deve ganhar cerca de 6 mil metros quadrados e a fábrica 03 deve ser ampliada em 1,5 mil metros quadrados de área produtiva.

A empresa contratou recentemente 140 funcionários, segundo na contramão do mercado, e hoje se aproxima de 2 mil funcionários. A Agrale foi fundada em 1962 como Agrisa Indústria Gaúcha de Implementos e Maquinários Agrícolas S.A. produzindo multicultivadores. Em 1965, foi comprada pelo Grupo Francisco Stedile, mudando o nome para Agrale Tratores e Motores e transferida para Caxias do Sul.

Em 1968 lança o primeiro trator de quatro rodas e em 1982 começa a produzir o primeiro caminha leve, o Agrale TX 1100. Em 1996, desenvolve o primeiro chassi para ônibus pequenos e em 1998, fecha acordo com a Marcopolo para fornecer a base para o miniônbus Volare.

Em 2007, entra para o segmento de ônibus médios, lançando o chassi para 15 toneladas. No ano de 2009m apresenta o Agrale Hybridus , ônibus elétrico híbrido, que reduz a emissão de poluição e consumo de diesel.
Agora em 2012, anuncia a entrada no segmento de 17 toneladas, cuja comercialização deve começar no ano que vem. A empresa totalmente nacional quer se firmar nos transportes de passageiros.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Blog Ponto de Ônibus, com informações do Jornal do Comércio

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