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sábado, 19 de janeiro de 2013

Vendas de ônibus ainda precisam reagir

Vendas de veículos ainda engatinham. Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta, mas com base em dezembro, os emplacamentos caíram.


Créditos: Guto de Castro/Acervo

As vendas de veículos, entre motos, carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, ainda não deslancharam, segundo levantamento referente à primeira quinzena de janeiro de 2013 divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

Foram emplacados 231 724 veículos. Em comparação com o mês de janeiro de 2012, a alta é de 13,09%. No mesmo mês do ano passado, os emplacamentos somaram 204 895 veículos. Se forem levados em consideração os números de emplacamentos de carros pequenos e de ônibus e caminhões, a alta é de 25,32%.

Mas se a comparação for feita entre esta primeira quinzena de janeiro e a primeira quinzena do mês de dezembro, a queda nos emplacamentos do total de veículos é de 15,24% e considerando apenas carros, caminhões e ônibus, este número negativo vai para 16,94%.

Os segmentos de carros e comerciais leves e os de ônibus e caminhões, analisados separadamente, mostram a mesma tendência, mas ainda com números desfavoráveis para o mercado de veículos de grande porte, segundo a Fenabrave.

Os emplacamentos de veículos leves (carros e comerciais pequenos) cresceram 26,73% na comparação da primeira quinzena de 2013 com a primeira quinzena de 2012. Mas comparando os primeiros quinze dias de janeiro com o mesmo período de dezembro do ano passado, a queda de vendas de carros de pequeno porte foi de 16,75%.

A explicação é que muitos aproveitaram a redução do IPI e o pagamento do 13º para trocar de carro enquanto que em janeiro as vendas costumam ser menores em relação a dezembro, por conta dos custos de início de ano, como IPTU, IPVA e material escolar.

ÔNIBUS E CAMINHÕES:
Muito prejudicado no ano passado, com queda expressiva de venda e produção, o setor de caminhões e ônibus esboça reação, mas ainda não suficiente para tranqüilizar a indústria e os trabalhadores. No ano passado entrou em vigor uma nova tecnologia de redução de emissão de poluentes, que deixou os ônibus e caminhões mais caros. Sabendo disso, em 2011, os frotistas anteciparam as renovações, o que deixou o mercado desaquecido em 2012, além do reflexo da redução da atividade econômica geral no País.

Nesta primeira quinzena de 2013 foram emplacados 7.150 ônibus e caminhões. O número é 1,52% maior em comparação ao mesmo período de 2012, mas amarga queda de 20,92% em relação à primeira quinzena de dezembro do ano passado.

Separando os tipos de veículos, foram emplacados em janeiro 5 695 caminhões, alta de 1,51% em relação a janeiro do ano passado e queda de 17,97% na comparação com dezembro. Já em relação aos ônibus, os emplacamentos na primeira quinzena de janeiro somaram 1.185 unidades. O número é 1,54% maior que nos primeiros quinze dias de 2012, mas 33,01% menor se for levado em conta o total de emplacamentos na primeira quinzena de dezembro de 2012, quando 1 769 ônibus novos foram paras as ruas.

Apesar do fraco desempenho na primeira quinzena, as estimativas para o ano são positivas para o setor de ônibus e caminhões: além da recuperação natural do mercado, fatores como obras públicas, intervenções para modernização dos sistemas de mobilidade urbana, a aproximação da Copa do Mundo de 2014, licitações de transportes urbanos e rodoviários e o esperado aquecimento no setor de turismo devem beneficiar as vendas de veículos pesados.

Em relação às marcas de ônibus, a Mercedes Benz continua liderando.
1º) Mercedes Benz – 466 unidades, 39,32% de participação no mercado.
2º) Marcopolo (Volare – miniônibus prontos) – 334 unidades, 28,19% de participação no mercado
3º) Volkswagen / MAN- 240 unidades, 20,25% de participação no mercado
4º) Volvo – 62 unidades, 5,23% de participação no mercado
5º) Iveco- 29 unidades, 2,45% de participação no mercado
6º) Scania – 21 unidades, 1,77% de participação no mercado
7º) Agrale – 18 unidades, 1,52% de participação no mercado

MOTOS:
Uma das maiores quedas da indústria de veículos foi do setor de motos.
Na primeira quinzena de janeiro, foram emplacadas 67 700 motocicletas. O número é 7,96% menor na comparação com a primeira quinzena de 2012 e 9,96% inferior à primeira quinzena de dezembro de 2012, quando foram emplacadas 75 186 motos.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

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