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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Alemanha investe em ônibus elétricos com recarga na rua da Bombardier

Alemanha investe em ônibus elétricos com recarga na rua. Cidade de Mannheim terá 200 quilômetros atendidos pelo sistema desenvolvido pela Bombardier.

 Créditos: Bombardier/Acervo

Aqueles que falam que ônibus é um transporte defasado e que locais como a Europa só investem em trilhos para a mobilidade urbana precisam se informar melhor.

Os ônibus são vistos como solução modernizada em todas as partes do mundo, inclusive nas nações mais desenvolvidas e com investimentos de empresas que também atuam no indispensável setor ferroviário.
E a tendência é unir preservação ambiental com a flexibilidade e os baixos custos que só o ônibus possui.
Assim, os projetos de ônibus não poluentes começam a se tornar realidades cada vez mais presentes em cidades de todo o mundo.

A cidade de Mannheim, na Alemanha, de 314 mil habitantes, deve ter um sistema de ônibus elétricos modernos, cuja rede deve ter aproximadamente 200 quilômetros. O sistema não precisa de fios aéreos, como os trólebus tradicionais, e consegue poupar mais espaço que outros modos de transporte que, pelo intervalo reduzido entre os ônibus, terá capacidade de atendimento semelhante a outras soluções.

Para isso, ao longo do trajeto dos ônibus serão instaladas placas com campos magnéticos usadas para recarregar as baterias dos veículos a cada parada que fizerem para embarque e desembarque de passageiros.

No chassi dos veículos também haverá placas que vão receber a energia e transferir para as baterias.
Em outros países, inclusive asiáticos, há em operação serviços semelhantes. Isso deixa o sistema livre de fios e os ônibus mais leves e com melhor espaço aproveitado na carroceria. Isso porque, pelas recargas constantes, as baterias podem ser menores, em vez de o conjunto grande e pesado. Além disso, evita a necessidade de parada na garagem de 4 a 5 horas por dia para uma recarga completa de um sistema convencional.

Na prática, em seu trajeto, a autonomia do ônibus não é limitada à capacidade da bateria. Isso tudo devido à tecnologia de indução, que pode recarregar a bateria em nível suficiente num prazo de apenas 15 segundos.

Essa tecnologia, chamada de PRIMOVE, é desenvolvida pela canadense Bombardier. A Bombardier conta com a participação de universidades da Alemanha e da Bélgica e com financiamento de 3 milhões e 300 mil euros.

Após o desenvolvimento completo, os custos dos veículos e manutenção do sistema vão ser reduzidos.
Todos os ônibus da cidade devem ser desse sistema até 2014.

Pelos baixos custos por passageiro, ganhos ambientais e também no combate à poluição sonora e pelos benefícios à mobilidade urbana que o ônibus pode trazer, os investimentos não foram considerados pesados pelo governo de Angela Merkel.


Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

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