Créditos: Blog Ponto de Ônibus
Na época em que o metrô entrou em operação, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) precisou fazer campanhas de incentivo ao uso do transporte, sobretudo nas comunidades que viviam no entorno das estações. No projeto, a empresa estabeleceu algumas medidas que eram e ainda são proibidas nas estações, como o veto da entrada de pessoas nas plataformas sem camisa e descalças. O fato gerou boatos de que, quem entrasse nos trens ou simplesmente tocasse em algo não devido, levaria uma descarga elétrica. De acordo com a CBTU, não há registro de ocorrências em que usuários tenham sido eletrocutados nas plataformas ou dentro dos trens.
A DOR DE BARRIGA
Não há situação mais desconfortável do que dor de barriga em plena viagem no metrô. Primeiro porque não há banheiros nos vagões. Segundo porque também não há sanitários públicos nas estações. Menos mal para os funcionários, que possuem toaletes para uso. Um dos maquinistas entrevistados pela reportagem, relata que o problema aconteceu uma vez durante uma viagem a Jaboatão. O trajeto teve que ser interrompido na estação Cavaleiro, onde o condutor desceu para ir ao banheiro. Um colega do maquinista que estava se dirigindo ao trabalho assumiu a condução do trem.
O ENXIRIDO
Não raramente maquinistas precisam lidar com curiosos que tentam entrar na cabine do trem. É preciso jogo de cintura para explicar a situação. Não compreendido, a segurança deve ser acionada. Segundo maquinistas, quem normalmente provoca esse tipo de situação são pessoas embriagadas. “Tem o bêbado que chega aqui e diz que conhece fulano, cicrano, e sabe conduzir a composição”, conta um maquinista. Somente pessoas habilitadas podem pilotar o veículo, conforme determina a CBTU. Realizar a viagem na cabine somente com ordem expressa do Centro de Controle e Operação (CCO).
ALGEMADO NA VIA
Certa vez, um homem algemado passou correndo pelos trilhos do metrô, próximo à estação Cavaleiro, e quase acaba atropelado por um trem que se aproximava. Assustado, o indivíduo tropeçou e caiu, fora do trilho. O trem conseguiu parar a tempo. Ainda tentou continuar fugindo, mas a segurança do metrô conseguiu capturá-lo. Ninguém soube explicar como o cidadão conseguiu chegar até a via.
POP-STAR
Tem maquinista que é tratado como verdadeiro pop-star. Recebe acenos, sorrisos, pedidos para tirar fotos e até presentes. O maquinista Adalberto Florêncio já passou por situação de assédios. “Geralmente tem assédio de outras mulheres, mas a gente procura não se envolver. Até porque se você for pego com mulher, vai levar uma punição. Às vezes umas chegam aqui e ficam olhando, se insinuando, para tentar entrar aqui dentro (na cabine)”, conta. “O pessoal tem curiosidade em saber como funciona a máquina”.
USUÁRIO RETROVISOR
É o passageiro que desce do trem, para na estação, não vai desembarcar, mas fica encostado na porta, sinalizando para a composição prosseguir viagem. Apesar da boa vontade, a atitude atrapalha a visão do maquinista.
USUÁRIO PORCO
É o usuário que deixa tudo sujo. “Costumamos dizer que ele compra duas pipocas: uma pra comer e outra pra espalhar no chão. É bom lembrar que todas as estações tem lixeiro. Custa nada o cidadão esperar uma estação, pegar o saquinho e jogar no lixo”, conta um funcionários do metrô.
Folha PE
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