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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Borborema terá que explicar demissões de grevistas. Oposição promete greve

Funcionários que alegam não ter participado da greve na última semana foram demitidos pela Borborema.
Créditos: Guto de Castro/Acervo
No terceiro dia útil após o fim da greve dos rodoviários, trabalhadores e empresários continuam em pé de guerra. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRTE-PE) confirmou a demissão de 22 funcionários da Borborema. Informações extraoficiais repassadas por alguns motoristas dão conta de desligamentos em outras empresas. Para apurar a legalidade das demissões, SRTE-PE, órgão do Ministério do  Trabalho e Emprego, terá hoje, às 9h30, um encontro com representantes da Borborema.
Caso as dispensas sejam mantidas, a Oposição CSP/Conlutas, grupo dissidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, promete fechar as garagens das empresas. O presidente do sindicato, Patrício Magalhães, não deu retorno às ligações do Diario.
Ontem, um grupo de rodoviários foi à SRTE pedir a readmissão dos trabalhadores. Os profissionais cobram o cumprimento do acordo, feito no último sábado e que pôs fim à greve, de que não haveria desconto de dias parados nem demissões, exceto dos que cometeram falta grave, como depredação. Alguns garantem que não praticaram vandalismo e outros dizem que sequer aderiram à paralisação. De acordo com o mediador público da SRTE, Mario César de Carvalho, “se ficar comprovado que o trabalhador foi demitido apenas pelo fato de participar da greve, o órgão pedirá a readmissão imediata”. 

Leandro Henrique Castro, 21 anos, cobrador há três meses, foi surpreendido, na segunda-feira, com a demissão. Durante a greve, assegura, trabalhou normalmente. “Estava em experiência e quis mostrar trabalho. Me falaram que o meu contrato acabou, mas me demitiram dois dias antes do prazo”, afirmou. Marcos Manoel de Lima, 34, que faz a linha Aeroporto/Joana Bezerra há 7 meses, também criticou os argumentos da empresa. “Durante a greve, muita gente tentou entrar pela porta da frente.

Desci do ônibus para informar o fiscal e evitar evasão. A empresa alegou que abandonei o ônibus, mas no sistema não há irregularidade em meu nome”, disse, acrescentando que entrará com ação por constrangimento. 

A Borborema disse não ter conhecimento das demissões. Em nota, o sindicato das empresas (Urbana/PE) esclareceu que a questão cabe a cada empresa.
Diário de Pernambuco

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