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terça-feira, 2 de julho de 2013

Poucos ônibus circularam na segunda manhã de greve no Grande Recife


Com motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) em greve, muitos esperavam veículos e paradas lotados, como é rotina na capital pernambucana nesta terça-feira (2). Entretanto, o cenário no segundo dia de paralisação dos rodoviários tem clima de tranquilidade, com poucos ônibus, porém pouca gente também aguardando os coletivos nos pontos. Mais de dois milhões de pessoas usam o transporte coletivo no Grande Recife.

O vendedor ambulante José Ricardo, 39 anos, que trabalha em uma das paradas que ficam na Praça do Derby, na área central, acredita que o movimento fraco acontece nesta terça-feira porque, após a volta para casa confusa da noite da segunda (1º), muitos recifenses já se prepararam para evitar os transtornos provocados pela greve. Para o vendedor, muitos pediram dispensa no trabalho. "Ouvi muita gente reclamando ontem que veio andando de vários lugares, até do Pina (bairro na Zona Sul)", afirmou. No ponto de ônibus desde cedo, José Ricardo diz que viu todas as linhas passando, porém em intervalos maiores que os normais.

A assistente fiscal Eunice Ribeiro, 22, estava no Derby nesta manhã havia mais de uma hora. Depois de tanta espera, resolveu entrar em contato com a empresa onde trabalha, na Imbiribeira, Zona Sul, que enviou um carro para buscá-la. Eunice mora no bairro de Ouro Preto, em Olinda, na RMR, e pega dois ônibus para ir ao trabalho. Ela já faltou nessa segunda e nesta terça saiu de casa às 6h30, pegando uma carona para o Centro do Recife depois de esperar meia hora sem ver ônibus em Ouro Preto.

O Grande Recife Consórcio de Transporte deve divulgar a porcentagem da frota que está nas ruas nesta manhã. De acordo com o sindicato que representa as empresas de ônibus, a Urbana-PE, 56% circularam entre as 5h30 e as 9h30 dessa segunda (1º), o primeiro dia de greve.

Motoristas de veículos que passam no Derby orientam os passageiros sobre os pontos de bloqueio da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) na área central. Provavelmente por isso, muitos ônibus que fazem o percurso do subúrbio para o Centro deixam muitos usuários no local, mas poucos sobem. Há intervenções da companhia nas pontes Princesa Isabel e Velha, além da Avenida Conde da Boa Vista.

NE 10

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