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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Quantidade insuficiente de ônibus escolar causa transtorno em Caruaru

Estudantes brigam para conseguir vaga em um dos ônibus disponíveis. Mães reclamam da falta de segurança e de monitor no transporte.
Créditos: TV Asa Branca/Reprodução

Estudantes que moram na Sítio Cipó, Zona Rural de Caruaru, no Agreste pernambucano, se espremem para conseguir uma vaga no ônibus que faz o transporte escolar. No período da manhã, meninos e meninas já estavam aguardando o ônibus para não perder o lugar dentro do veículo.

O primeiro transporte leva as crianças menores. Nele a entrada é mais organizada e tem um monitor responsável que acompanha os alunos durante o trajeto até a Escola Presidente Kennedy, no Bairro Agamenon. Já o acesso ao outro ônibus é mais conturbado. Muitos empurrões e apertos. Os alunos chegam a jogar a mochila escolar pela janela para garantir o assento. O segundo veículo não possui identificação escolar e nem um monitor.
As mães informam que estes transtornos se repetem todos os dias. "Não tem lugar suficiente para todo mundo. Eles brigam muito porque não tem lugar. Precisamos da presença do Conselho Tutelar porque as coisas que acontecem dentro do ônibus, o Conselho não tem consciência", disse a comerciante Juciara Salvino. Outra mãe contou que o filho dela chegou em casa com um hematoma por causa da disputa. "Eles vão se pendurando dentro do ônibus e machucam os outros. Eu queria que tivesse uma pessoa para organizar os alunos", disse Edvânia de Lima.
Diante desses problemas, as mães e estudantes esperam uma resposta da Secretaria de Educação do município. De acordo com a dona de casa, Mariza Ferreira, a vila deveria ter uma escola. "Assim a gente não tinha problema. As mães deixavam cada filho em uma sala. A gente fica com o coração na mão por causa dessa viagem que eles fazem todos os dias", disse. 
Em nota, a Secretaria de Educação informou que com relação ao transporte são oferecidos dois tipos de locomoção: o do programa Caminho da Escola e a distribuição de graça do passe estudantil.
Sobre os ônibus, a  Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra), informou que diante das denúncias de superlotação, a autarquia vai enviar fiscais para avaliar a situação e caso fique constatada a necessidade de mais um veículo a Destra solicitará a empresa o acréscimo.
Com relação aos monitores, a Secretaria de Educação informou que irá avaliar se há necessidade. Em relação a construção de uma escola no Sítio Cipó, ainda não existe um projeto.

G1 Interior PE

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