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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

115 milhões de passageiros transportados em 2013 – Por isso o metrô do Recife merece mais atenção

Créditos: Bobby Fabisak/JC Imagem

O metrô do Recife, aquele sistema que depois de quase 30 anos de operação continua apenas com duas linhas elétricas – uma delas subdividida em dois ramais, Jaboatão e Camaragibe -, que anda superlotado e vive apresentando problemas provocados, na verdade, por falta de investimentos, transportou nada menos do que 115 milhões de passageiros no ano de 2013. Acreditem! A linha Diesel e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ainda têm intervalos longos na ligação de Cajueiro Seco, em Jaboatão, com o Cabo de Santo Agostinho, também contribuíram. Os números são da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Recife e mostram que o sistema de transporte sobre trilhos tem papel importante em Pernambuco e que PRECISA URGENTEMENTE de investimentos e ampliação.



Para 2014 a expectativa é que o número de passageiros seja ainda maior, com eventos como o Galo da Madrugada e a Copa do Mundo, a partir de junho, quando muita gente fará opção pelo transporte sobre trilhos. Passaram pelas estações e trens das Linhas Centro, Sul (incluindo os VLTs) e Diesel 99.777.907 usuários, entre janeiro e dezembro do ano passado. A casa da centena de milhão foi ultrapassada quando se acrescentou outros 15.513.825 passageiros que ingressaram nas estações e trens do metrô a partir do Sistema Estrutural Integrado (SEI). Com isso se chega a um número total de passageiros de 115.291.732 ao longo dos 12 meses de 2013.



Perto dos 600 milhões de passageiros que são transportados anualmente, em média, pela frota de 3.600 ônibus que compõem o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP), o número do metrô pode parecer até pequeno. Mas é preciso considerar que o Grande Recife respira o transporte por ônibus, esquecendo, há muito tempo, de abrir caminho para o sistema metroviário e seus benefícios ambientais e sociais. No máximo, vemos a construção de terminais integrados nas estações do metrô, que têm mais ônibus do que trens.

Créditos: Bobby Fabisak/JC Imagem

O sistema metroviário do Recife, subsidiado em 70% dos seus custos pelo governo federal, até que ganhou um novo fôlego com a reforma dos trens, que deixaram de ser fornos sobre trilhos para ganhar ar-condicionado. Mas só. O olhar dos gestores públicos e dos políticos ainda é resistente ao sistema metroviário porque o custo é alto e a implantação de longo prazo, o que não dá voto nas eleições. Lamentável, porque o metrô do Recife, mesmo sem receber a atenção que deveria, mostra que deixou de ser um patinho feio e virou um lindo cisne.

CBTU/Blog De Olho no Trânsito

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