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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Aprovado aumento na passagem de ônibus em Caruaru

O Conselho Municipal de Transportes (Comut) aprovou o valor de R$ 2,10 para a passagem de ônibus em Caruaru, no Agreste pernambucano. A decisão ocorreu na quinta-feira (27) - com nove votos a favor, três contra e três abstenções - e o prefeito José Queiroz deve avaliar, podendo sancioná-la. Porém, o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindecc), que participa do grupo, afirmou ao G1 que há irregularidades neste processo.

Milton Manoel da Silva Filho, presidente do Sindecc, disse que não foram apresentadas planilhas dos custos para validar o aumento da passagem; não houve conclusão do processo licitatório para contratar empresas de transporte público, o que transformaria em ilegal o aumento; e que algumas das 15 instituições que compõem o Comut não estariam legitimadas perante a lei. "Nós pretendemos conversar com o prefeito para suspender a votação", informou.

Já Sirone Rodrigues, presidente do conselho, fez contrapontos à fala de Milton Manoel. Ele contou que a planilha de custos foi apresentada e discutida em outras reuniões, desde o ano passado. Em outra ocasião, o Comut já teria aceitado o aumento e, na quinta-feira, teria apenas ratificado. "As empresas investiram em salários, tendo havido três aumentos dos trabalhadores [desde o último aumento, em 27 de janeiro de 2011] - cerca de 1.600 estão envolvidos, como motoristas e cobradores. Teve também melhoria de frota: por exemplo, 58 ônibus têm acesso para cadeirantes", disse. Ainda segundo ele, as empresas estariam até fazendo empréstimos para manter os investimentos.

Em relação às instituições que estariam ilegais, Rodrigues falou que existiram questões eventuais com duas delas - a dos idosos e a do Bairro Severino Afonso - e não tinha como distituí-las do Comut, porque estas estão se regularizando. "E não tenho como tirar. A população é que escolhe os integrantes do conselho e a próxima conferência será em 2015".

Acerca da licitação, a Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra) informa que o serviço de ônibus é essencial e não pode parar durante aquele processo, iniciado em 3 de dezembro de 2013 e que deve sofrer alterações. Sobre a relação entre o aumento e a contratação após licitação, afirma que não haveria ligação. "Por exigência da promotoria [do Ministério Público de Pernambuco (MPPE)], uma empresa foi contratada para fazer a divisão das linhas de ônibus, inclusive as rurais", comunicou.

 Créditos: Guto de Castro/Acervo


G1 Caruaru

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