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terça-feira, 29 de julho de 2014

Bens da Busscar não estão sendo revertidos para os trabalhadores



Na próxima terça-feira, dia 22 de julho de 2014, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville vai realizar reuniões com os trabalhadores que atuaram na Busscar, que já foi uma das maiores encarroçadoras de ônibus do Brasil, para esclarecer o novo plano de recuperação da fábrica, que chegou a ter falência decretada em 2012 e anulada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em novembro de 2013.


O novo plano foi publicado no dia 20 de junho e prevê que para a retomada das atividades a Busscar tenha capital de giro de R$ 105 milhões. Segundo a entidade trabalhista, a venda da empresa Tecnofibras, do grupo da Busscar, de bens não utilizados e a entrada de novos investidores são alternativas para conseguir este valor.

O processo de recuperação determina que os trabalhadores recebam em até 12 meses seus direitos.
Mas até agora, o que foi vendido não se reverteu para quem era funcionário da empresa, diz o sindicato. O dinheiro é usado preferencialmente para capital de giro e para uma posterior falência caso a recuperação não dê certo, como ocorreu nas últimas tentativas.

Também são credores da Busscar o grupo de garantia real -os bancos -, o poder público por impostos e fornecedores.A estimativa é que contando todos os débitos, inclusive impostos, a Busscar tenha dívidas de R$ 1,8 bilhão.

Em nota, o sindicato dos mecânicos de Joinville diz que a assembleia geral dos credores, que podem ou não aceitar o plano de recuperação, vai determinar os rumos da empresa. “A assembleia geral de credores, que definirá o futuro da Busscar, será no dia 19 de agosto no Centreventos Cau Hansen a partir das 14 horas. Mais uma vez, os credores trabalhistas, quirografários e de garantia real votarão a favor ou contra o Plano de Recuperação da Busscar Ônibus, que já foi uma das maiores fabricantes de carrocerias do país. Os trabalhadores habilitados a votar são os que participaram da última assembleia de 2012.

O sindicato ainda diz que a proposta de os trabalhadores receberem pagamento com ações da empresa não pode ser considerada a melhor, já que os papéis estão desvalorizados.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Ônibus Brasil

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