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sábado, 8 de novembro de 2014

Mercedes lança ônibus com câmbio automatizado na Fetransrio

Créditos: Automotive Business/Divulgação


A Mercedes-Benz escolheu a Fetransrio, feira de transporte público realizada de 5 a 7 de novembro no Centro de Exposições Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ), para mostrar a opção do ônibus OF 1724 equipado com câmbio automatizado MB G 85 com engate hidráulico, cujo desenvolvimento partiu da equipe de engenheiros da companhia no País em parceria com a matriz, na Alemanha.


“O Brasil tem um grande papel como coordenador da evolução de nossos ônibus, concentrando o desenvolvimento de todos os chassis”, destaca Hartmut Scheck, presidente global da divisão de ônibus do Grupo Daimler.


Com vendas previstas já a partir deste mês, a tecnologia é a aposta da marca para aumentar a participação deste tipo de ônibus no mercado, que hoje representa menos de 3% de participação nas vendas totais do segmento urbano.


“Nossa proposta é complementar o portfólio com a oferta de uma solução alternativa para as necessidades e aplicações diversas. Acredito que esta é uma tendência próspera, assim como está sendo a suspensão pneumática: esperávamos entregar 350 unidades em 2014 e até agora já vendemos 900”, revela Ricardo Silva, diretor geral para ônibus Mercedes-Benz na América Latina.


Com 17 toneladas de PBT, a principal categoria de ônibus no País, o chassi OF 1724 foi desenvolvido para carroçarias de até 13,2 metros de comprimento. Equipado com motor OM 926 de 7,2 litros, desenvolve 238 cv de potência. A estimativa é de neste ano sejam vendidas 50 unidades, podendo chegar a 300 ônibus com câmbio automatizado em 2015, estima Silva.

Créditos: Mercedes-Benz/Divulgação



MULTICOMBUSTÍVEL

A empresa também aproveitou a feira para apresentar o ônibus multicombustível, com vendas previstas a partir de 2015: “A nossa proposta é oferecer um misto de tecnologia diesel-gás atraente para o mercado e amigável ao meio ambiente. Neste momento, estamos em fase de teste de viabilidade com três veículos rodando no Rio de Janeiro”, conta o executivo.


O desafio, segundo ele, é convencer os clientes sobre as vantagens do produto. A principal característica é a redução em 10% nas emissões de material particulado e 5% menos monóxido de carbono em comparação com o diesel mineral, além de queda de 8% nos gases causadores do efeito estufa. Silva elenca que o operador pode escolher a proporção que quer usar: “A utilização de gás pode ser de 60% a 70% em substituição ao diesel, mas pode rodar 100% com diesel, se assim preferir”. O veículo também está preparado para usar de biodiesel ou diesel de cana.


Com desenvolvimento no Brasil, que demandou quase quatro anos de pesquisa e testes, o plano da Mercedes-Benz é tornar o País uma base exportadora do modelo para mercados onde o gás é de uso comum, como outros países da América Latina, além de África do Sul, Turquia, Indonésia e algumas cidades da Índia.

Automotive Business

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