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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Uso de transporte público é o mais baixo

Índice de passageiros tem caído desde 1995; lei de Mobilidade Urbana vai exigir ações para reduzir o número de carros nas ruas.

 Créditos: Guto de Castro/Acervo

É cada vez maior nas cidades brasileiras o número de carros dividindo espaço nas ruas, multiplicando os engarrafamentos e diminuindo a qualidade de vida dos motoristas. Até 2015, no entanto, os 1.663 municípios com mais de 20 mil habitantes terão que implantar planos que dê prioridade ao transporte público, desestimulando o uso de carros.
A mudança está prevista na Política de Mobilidade Urbana, em vigor desde abril do ano passado, mas já enfrenta dificuldades, em especial nas metrópoles, como São Paulo, onde a espera no trânsito pode chegar a três horas por dia. Será uma tarefa difícil.

A média de usuários do serviço público é a menor das últimas duas décadas: 1,63 passageiro por quilômetro, 62% menor que em 1995, por exemplo. “Ninguém quer tirar o direito de usar o carro, mas é preciso arcar com os custos”, salienta o diretor da NTU (Associação das Empresas de Transportes Urbanos) André Dantas.

Caso nenhuma providência seja tomada, a cidade poderá perder direito a repasses de recursos federais.

Causas

O Brasil vê 480 mil novos veículos por mês em circulação, sem que nenhum centímetro de pista seja construído. Somente o setor automobilístico obteve 10 pacotes de estímulo nos últimos cinco anos, principalmente com a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), o que facilita a compra de carros.

Além disso, os preços da gasolina e do álcool estão há seis anos ‘congelados, enquanto o diesel teve quatro reajustes, aumentando os custos do transporte público.

Hoje, o PAC Mobilidade Urbana coloca à disposição das cidades R$ 39 bilhões e 54 projetos já estão sendo financiados, segundo o governo.

Metro

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