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sábado, 31 de outubro de 2015

MAXI ÔNIBUS OLINDA AGORA É PE ÔNIBUS CLUBE




A Partir de hoje, o Maxi Ônibus Olinda encerrará as suas atividades, passando a migrar para a PEOC, com o site PEOnibusClube.com; Foram 5 anos no ar, com muita informação prestada em prol do transporte Pernambucano.
Estamos contando os dias para inaugurar o novo site, que terá além de notícias, galeria de fotos que você poderá enviar sem precisar utilizar o email, enviando elas direto, tendo mais comodidade.
Todos nós estamos ansiosos para a inauguração do novo canal de notícias, que o nosso transporte tanto precisa.
Muito obrigado! e fique ligado na inauguração do novo site.

domingo, 7 de junho de 2015

Aumenta número de casos de vandalismo no Metrô do Recife

Créditos: JC Online/Divulgação

Nos últimos dois anos, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) gastou, aproximadamente, R$ 1,2 milhões com serviços de manutenção nos trens que compõem o sistema do Metrô do Recife (Metrorec). O dinheiro, que poderia ser investido em melhorias no sistema de transporte, foi utilizado em reparos de vidros de portas e janelas, quebrados em decorrência de atos de vandalismo. E, de acordo com a CBTU, a tendência é que esse valor cresça ainda mais, já que o número de casos de depredação registrados no Metrorec tem aumentado consideravelmente este ano.

Para se ter uma ideia, só entre os dias 12 e 14 de maio, foram contabilizados 20 vidros de trens quebrados, sendo 18 deles de janelas e 8 de portas. Em apenas três dias, os gastos totalizaram R$ 22 mil, segundo a CBTU. Pelo menos cinco composições precisaram ser tiradas de circulação para manutenção. 

“Ao cometer esses atos de vandalismo, as pessoas estão danificando o patrimônio público e também cometendo um crime contra a população. Cada trem que é tirado de ciculação para serviços de reparo fica parado por aproximadamente oito horas. Isso representa, pelo menos, 10 mil lugares a menos para a população em horários de pico”, explica o gerente de comunicação do Metrorec, Salvino Gomes, que destaca que os casos mais comuns são apedrejamentos e chutes.

O que tem chamado a atenção é que as ações de depredação não se restringem aos dias de jogos, quando normalmente se registra vários casos de vandalismo. Em dias comuns também estão sendo contabilizados diversos atos. “Não é só o futebol que está comprometendo nosso sistema. Não tivemos jogos importantes nesses últimos dias e várias composições tiveram janelas quebradas e portas danificadas”, afirma Salvino Gomes.

De acordo com dados divulgados pela CBTU, no ano de 2013, os prejuízos somaram R$ 500 mil reais. Já em 2014, o valor subiu para R$ 700 mil reais, um aumento de 40%. Este ano, o número deve ultrapassar R$ 1 milhão, já que só nos primeiros cinco meses de 2015 já foram empregados cerca de R$ 400 mil com esse tipo de manutenção. “Se o valor continuar crescendo, a circulação dos trens pode ficar comprometida, pois não vamos dispor de uma frota de segurança, que são aqueles trens que eventualmente entram para dar a assistência necessária para a população”, analisa o gerente de comunicação. 

As imagens das câmeras de segurança instaladas na estações do metrô estão sendo coletadas e encaminhadas à polícia para tentar identificar os responsáveis pelas ações criminosas. A população também pode ajudar, denunciando casos de vandalismo por meio da ouvidoria da CBTU, nos números (81) 2102-8580/2102-8556. Não é preciso se identificar.

SEGURANÇA - Mesmo depois da morte do músico Jessé de Paula, que foi atingido em março deste ano por um trem na estação Largo da Paz, em Afogados, após ultrapassar a faixa de segurança, os usuários do Metrorec continuam sem respeitar o limite de distância entre o passageiro e a composição estabelecido pela faixa amarela. Na última sexta-feira (15), a reportagem do JC esteve na Estação Central do Metrô e flagrou dezenas de usuários invadindo o espaço e colocando as próprias vidas em risco.

JC Online

sábado, 6 de junho de 2015

Metrô trava portas para ambulantes

Operação está sendo realizada, inicialmente, nos terminais que apresentam o maior índice de casos de comércio informal. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) está fechando o cerco contra vendedores ambulantes que atuam ilegalmente dentro dos vagões e das estações do Metrô do Recife, por onde passam diariamente cerca de 400 mil passageiros. A empresa firmou parceria com a Prefeitura do Recife, Polícia Militar, e com o Grande Recife Consórcio de Transportes para intensificar as fiscalizações e coibir o comércio informal nas composições ferroviárias, prática proibida por duas leis – uma estadual e outra federal.

A ação está sendo articulada entre os órgãos desde o fim do ano passado e começou a ser colocada em prática na última semana. Os agentes da PM e fiscais da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) estão atuando com seguranças da CBTU. Quem é flagrado comercializando qualquer tipo de mercadoria dentro dos vagões ou nas estações tem o material apreendido.

De acordo com a CBTU, a operação está sendo realizada, inicialmente, nos terminais que apresentam o maior índice de casos de comércio informal, como a Estação Central do Recife e a Estação Joana Bezerra. A expectativa é de que a fiscalização seja ampliada e chegue a todas as estações que compõem o sistema Metrorec.

Nos terminais, os efeitos da operação já começaram a ser sentidos pelos passageiros. “Uso o metrô todos os dias e já percebo muita diferença nas estações desde que essa ação foi iniciada. Os ambulantes não estão atuando com tanta frequência. O barulho, provocado pelos gritos dos vendedores, também diminuiu bastante”, comenta a estudante Renata Virgínia, 30 anos. 

Para o coordenador de operações da CBTU, Murilo Barros, o reflexo do reforço na fiscalização nas estações é visto de maneira positiva. “Os passageiros reclamam muito da ação dos ambulantes. Eles comercializam todo o tipo de produto e acabam ocupando o espaço destinado aos usuários. Com a operação, as estações estão mais limpas e com menos barulho”, avalia o coordenador.

O Grande Recife Consórcio de Transportes também intensificou a fiscalização nos terminais integrados para coibir a entrada de ambulantes. Por enquanto, a operação está concentrada no TI Xambá, TI Joana Bezerra, TI Barro e TI Recife. Ação será estendida a outros terminais e estações de BRT (ônibus de trânsito rápido).

JC Online

Cinco perguntas e respostas sobre o transporte coletivo na RMR

Créditos: Sérgio Bernardo/JC Imagem

Não são poucos os questionamentos dos usuários de transporte coletivo na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde o sistema é tão falho. Atrasos, ausência de articulação entre os modais, investimento de dinheiro público sem retorno para a população. Esses são só alguns dos problemas que geram dúvidas.

O JC Trânsito procurou o Grande Recife Consórcio de Transportes e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), além de matérias publicadas pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) abordando o tema, para responder a cinco delas.

1 - Por que não existem linhas de ônibus entre a zona sul e a zona norte?

Quem está em Casa Forte, na Zona Norte, e quer chegar a Boa Viagem, na Zona Sul, realmente não tem como pegar só um ônibus, o que é motivo de muita reclamação. O Grande Recife Consórcio de Transportes alega que os passageiros devem recorrer aos terminais integrados para não pagar mais de uma passagem nesses trajetos. No entanto, os próprios terminais também são alvo da indignação dos usuários. Filas grandes e ônibus lotados, destacam os passageiros, fazem parte da rotina dos TIs e dos veículos que circulam por esses lugares.

A partir deste sábado (6), será possível ir do Parque da Macaxeira ao Pina, com a linha opcional Apipucos/RioMar, mas isso é insuficiente, ao custo R$ 4,60. Uma rota possível para o exemplo entre Casa Forte e Boa Viagem é pegar a linha Alto Santa Isabel na Avenida 17 de Agosto, descer no Derby e pegar a Aeroporto/Tacaruna - outras podem ser conferidas em aplicativos como o Moovit. Com sorte e sem engarrafamento, o que é muito difícil, o trajeto é feito em 40 minutos.
 
2 - Por que ninguém organiza as filas nos terminais?
 
O Grande Recife Consórcio afirma que 194 facilitadores de acesso ficam nos terminais integrados de maior demanda, como Barro, na Zona Oeste, e Macaxeira, na Zona Norte. Policiais militares também ficam distribuídos por esses terminais nos horários de pico. Porém, essas ações não têm resultados efetivos.

Nesse caso, no entanto, os próprios passageiros podem contribuir respeitando as filas. Cerca de 250 mil pessoas passam por esses TIs.

3 - Por que o sistema para saber os horários dos ônibus nunca funcionou?

Três anos após o fracasso para informar aos usuários o horário dos ônibus na Região Metropolitana, o Grande Recife Consórcio está em fase de testes para instalar um novo sistema. A promessa é de que ele esteja disponível para os passageiros até o fim do ano, através de painéis de LCD instalados nos terminais, aplicativo de celular e do site do órgão.

Em 2012, o Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação (Simop) durou 18 dias, até apresentar falhas e o Governo de Pernambuco rescindir o contrato de R$ 20 milhões com as empresas Cittati, Midiavox, Cercap.

A nova licitação, vencida no início do ano passado pela espanhola Etra, responsável pelo sistema de ônibus de Bogotá, na Colômbia, duplicou o investimento, que agora é de R$ 40,2 milhões. O Grande Recife Consórcio alega que o monitoramento agora será maior, permitindo, além da prestação do serviço aos usuários, o planejamento e a fiscalização dos ônibus.

A ideia é que esse sistema possa verificar as 26 mil viagens realizadas pelos três mil ônibus que circulam na RMR, coibindo práticas irregulares, como o hábito que alguns motoristas têm de andar em comboio. Além disso, em casos de quebra dos veículos, por exemplo, será possível acionar a empresa imediatamente. Resta saber se agora vai sair do papel e, principalmente, durar.
 
4 - Por que os ônibus ainda não têm ar condicionado?
 
A licitação para os novos veículos prevê alguns deles com ar-condicionado: os BRTs (Bus Rapid Transit); os do tipo padrão especial, como o que circula na linha Aeroporto (Opcional); e os ônibus articulados de linhas troncais, que são aquelas que vão dos terminais para o Centro.

O processo foi dividido em sete lotes, dos quais apenas o 1 e o 2 foram licitados, assinados e já estão nas ruas. Esses grupos correspondem aos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste do BRT, além de ônibus que trafegam em Olinda, na Região Metropolitana, e de linhas alimentadoras, que trazem os usuários do subúrbio até o terminal integrado mais próximo. Deles, apenas os BRTs são refrigerados.

Os contratos de 3 a 7, que compreendem corredores como as avenidas Norte, Abdias de Carvalho e Domingos Ferreira, ainda estão sendo revistos antes de serem assinados. As alterações deverão passar pela ampliação do prazo para aquisição de parte da frota de ônibus com ar-condicionado e pela flexibilização das exigências dos modelos de veículos que serão adquiridos.

Não há previsão de quando esses lotes chegarão às ruas - os poucos veículos que estão sendo vistos com ar-condicionado, entre eles alguns das linhas Avenida Norte (Macaxeira) fazem parte da renovação de frota feita de forma independente pelas empresas, se antecipando à licitação.

5 - Por que o metrô não chega à zona norte nem a Olinda?

Completando 30 anos com apenas três linhas, que não chegam a esses lugares, o metrô não tem previsão de expansão. Por enquanto, continuará ligando apenas a área central do Recife a Camaragibe e a Jaboatão dos Guararapes na linha Centro, que tem dois ramais; na Sul, o Largo da Paz, na Zona Oeste, a Cajueiro Seco em Jaboatão; e, na Diesel, essa estação ao Cabo de Santo Agostinho.

No entanto, segundo a CBTU, este é um desejo da empresa, que tem algumas propostas. No Recife, novas linhas sairiam da Avenida Agamenon Magalhães até a PE-15, na Avenida Norte, do aeroporto até o Terminal Integrado da Macaxeira e do Largo da Paz até a sede da prefeitura. Há ainda a ideia de uma linha para Suape e outra passando em São Lourenço da Mata.

Em nota, a Companhia afirmou que, para fazer os estudos e ampliar o modal, é preciso alinhar esses planos aos do Governo de Pernambuco, que forneceria recursos e infraestrutura para isso. O Estado e a União passam, entretanto, por um período de redução nos investimentos - e os recursos não foram disponibilizados antes também.

Apesar de mais rápido e confortável que o sistema de ônibus, enquanto eles atendem 1,7 milhão passageiros por dia, os trens transportam 400 mil - 260 mil na Centro e 120 mil na Sul, as duas maiores. Veja o mapa dos locais atendidos:


NE 10

Olhares do Recife pela janela dos ônibus entram em exposição no posto do VEM

Créditos: Bia Ribeiro/Divulgação


Das linhas Alto Santa Isabel e Dois Irmãos (Rui Barbosa), a designer Isabela Faria, 44 anos, via um Recife que muitas vezes passa despercebido. São pontos como o Cinema AIP, no Centro da cidade. Então, em agosto do ano passado, publicou a primeira foto na sua página pessoal no Facebook. O título era "Da janela do meu ônibus". Virou série, página, perfil no Instagram. E, na última terça-feira (2), chegou como exposição no posto do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), na Rua da Soledade, área central.

Catorze painéis com fotos postadas nas redes sociais ficam expostos no horário de atendimento do posto: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30h, exceto nos feriados. A mostra deverá ficar aberta por pelo menos três meses, com entrada gratuita.

"Agora, de fato, está aberta ao público. Está no lugar certo", afirma a criadora do projeto, que acredita que esse início no mundo offline pode gerar mais engajamento nas redes sociais.
Mesmo sem experiência como fotógrafia, Isabela passou a tirar fotos de lugares com os quais tinha identificação no Centro do Recife, onde começou a trabalhar após passar um período com home office. Já usando o título que virou nome do projeto, postou as fotos. A pedidos de amigos, fez uma série organizada em álgum, ainda no Facebook pessoal. Porém, foi ao transferir tudo para uma fanpage na rede social que passou a receber contribuições e o que era quase um relato sobre o Recife ganhou abrangência mundial. A primeira foto de fora foi enviada por uma amiga que vive em Zurique, na Suíça. Depois, recebeu uma foto de um amigo que mora em Moscou, na Rússia.

O ritmo de colaborações cresceu quando Isabela decidiu criar uma conta no Instagram e repostar o conteúdo no Facebook. "Fiz isso alguns meses depois. O Insta tem muito mais a cara desse projeto e diariamente tem novos curtidores, enquanto o Facebook é mais engessado", afirma a designer, que recebeu uma foto enviada da Noruega nesta terça-feira, dia de abertura da exposição. São mais de 100 cidades retratadas.

Por dia, Isabela posta cerca de quatro fotos, escolhidas entre as marcadas com o perfil @dajaneladomeuonibus e pela hashtag #dajaneladomeuonibus. Para a exposição, teve que selecionar 14 entre mais de 500 posts através de critérios como a qualidade da foto para impressão. "Eu criei o projeto, mas não sou autora, me sinto mais mediadora", afirma.

Isabela afirma que ficou um pouco surpresa com a repercussão do projeto, mas não esconde o orgulho. "Mas, ao mesmo tempo, sou tão fã dele, acho tão fantástico, que não me surpreendeu", diz. "Se qualquer pessoa tivesse criado, eu acharia ótimo. Todo mundo estava querendo falar sobre isso, só falei no momento certo."

Dez meses depois da primeira foto, a designer voltou a trabalhar em casa, o que provocou a criação de uma nova página: a Calçadas que andei. Nessa, em que os internautas têm liberdade para postar o conteúdo que quiserem, seja de protesto pelas condições dos passeios ou de contemplação da beleza que há em algumas delas, não é mediadora. "Meu trabalho tem muito a ver com essa coisa ligada à cidade, à coletividade, ao espaço público, cotidiana. Acho lindo ter todo mundo envolvido", afirma.

Isabela quer agora ampliar a abrangência do #dajaneladomeuonibus fora da internet. Para isso, inscreveu no último edital do Funcultura projetos de um site e de uma exposição na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, na Zona Sul, e aguarda o resultado. A designer também planeja fazer oficinas, workshops e criar uma loja virtual para capitalizar o projeto. "Quero conscientizar as pessoas a olharem a cidade, pertencerem a ela e cuidarem dela."

NE 10

domingo, 31 de maio de 2015

Depois da repercussão negativa, governador retira projeto que cancela créditos do VEM


O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), retirou da Assembleia Legislativa, na última sexta-feira, o projeto de lei que visava cancelar o crédito dos cartões VEM não utilizados em 180 dias. O projeto foi encaminhado pelo Poder Executivo na última quarta-feira e gerou uma onda de protestos nas redes sociais. Ontem, na página do Diario no Facebook, a notícia gerou mais de 2 mil compartilhamentos, além de 2 mil curtidas.

Em nota à imprensa, o governo de Pernambuco argumentou que a retirada do projeto de lei é em virtude de uma reavaliação técnica. “O governador Paulo Câmara retirou da Assembleia Legislativa, para reavaliação técnica, o Projeto de Lei Ordinária Nº. 231/2015, que altera a Lei 14.474, de 16 de novembro de 2011, que dispõe sobre a organização do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife e sobre os créditos do Cartão VEM”, diz a nota enviada na última sexta-feira.

Em carta enviada ao Legislativo, o governador Paulo Câmara explicou que a medida teria como finalidade “a obtenção de melhor prestação do serviço público, de transporte, com o menor ônus possível para seu usuário”. No projeto de lei, não constava a destinação dos créditos que seriam cancelados, se o usuário, por exemplo, teria do direito de ser ressarcido. Com a retirada do projeto, não existe projeção de quando a matéria poderá ser novamente discutida no Poder Legislativo.

Diário de Pernambuco

Carroceria CAIO Apache VIP tem a preferência das empresas em Caruaru


A Caio Induscar entregou 13 unidades do modelo Apache Vip para a Capital do Agreste e a Viação Tabosa, empresas vencedoras da licitação ocorrida recentemente em Caruaru. Juntas, as empresas representam 60% do sistema de transporte da cidade, que possui aproximadamente 350 mil habitantes e está localizada a 130 km da capital Recife, PE.

Créditos: Bruno Henrique/Facebook

O Apache VIP alia design moderno, baixo custo de manutenção e robustez, características que tornam o modelo ideal para as necessidades dos clientes, já que Caruaru tem relevo ondulado, chegando a pontos com 550 metros de altitude.

O modelo conta com Sistema de Bilhetagem Eletrônica, que agiliza a operação, câmeras de segurança, elevador para total acessibilidade, além de itinerários eletrônicos. Os ônibus também são diferenciados externamente, com identidade visual padronizada com cores que identificam as operadoras. Para conforto e segurança do motorista, os veículos possuem poltrona hidráulica com encosto de cabeça, iluminação em led para motorista e cobrador, e bloqueador de portas.

Créditos: Bruno Henrique/Facebook

Produzir carrocerias que atendem às necessidades de cada cliente, faz parte da missão da Caio Induscar. É gratificante contribuir para o avanço do Sistema de Transporte Público do país e proporcionar conforto e bem-estar aos usuários.

CAIO

sábado, 30 de maio de 2015

Licitação dos ônibus da Região Metropolitana do Recife está sendo refeita

Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda

A segunda etapa da licitação das linhas de ônibus da Região Metropolitana do Recife, que deveria estar com os contratos assinados desde o segundo semestre de 2014, será refeita. A principal razão: corte nos custos da operação dos lotes 3, 4, 5, 6 e 7, que respondem por mais de 60% do sistema de transporte. Somente entre o fim de junho e o mês de julho é que um novo desenho da licitação deverá ser apresentado e, se houver acordo com os consórcios vencedores, os contratos serão assinados. Até lá, os passageiros terão que esperar pelas melhorias associadas à concorrência pública.

Quem está propondo a revisão é o governo do Estado, através do Grande Recife Consórcio de Transportes e da Secretaria das Cidades. “Em 2013, quando a licitação foi concluída, a realidade financeira do Estado era outra. Não é mais a de hoje. Não temos condições de andar de BMW, teremos de andar de Palio ou Fusca”, foi assim, com um exemplo prático, que o presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes, Francisco Papaléo, resumiu a situação.

Papaléo não quis dar detalhes das mudanças – até porque elas ainda estão sendo ajustadas e serão adotadas somente em comum acordo com os consórcios vencedores da licitação. Mas, na prática, as alterações deverão passar pela ampliação do prazo para aquisição de parte da frota de ônibus com ar-condicionado, flexibilização das exigências dos modelos de veículos a serem adquiridos pelo setor empresarial, entre outras mudanças técnicas.

“Deveremos flexibilizar alguns desses prazos, mas essas mudanças também terão impacto na remuneração por passageiro transportado, por exemplo. Será algo balanceado, que não comprometa a saúde financeira dos contratos. E também só promeoveremos as mudanças em acordo com os consórcios. Estamos fazendo o possível para não ter que fazer uma nova licitação. Por isso precisamos nos prender às limitações legais da Lei das Licitações (8.666/93)”, ponderou Papaléo.

Uma portaria autorizando a revisão do processo foi assinada no dia 25 de março por Papaléo e uma comissão composta para promover as mudanças, que podem alterar em até 25% o valor da concorrência, seja para mais ou para menos. Nesse caso, deverá ser para menos, já que a intenção do governo é reduzir custos. A grande questão é o subsídio que o Estado sabe que terá que aplicar no sistema. Hoje, com os Lotes 1 e 2, operados pelos Consórcios Conorte e Mobibrasil, respectivamente, o governo já é obrigado a subsidiar R$ 4 milhões por mês, o que representa R$ 48 milhões por ano. A questão, pelo que explicou Papaléo, não passa por querer subsidiar o sistema de transporte – algo elogiável e prática comum em países que levam o transporte público a sério -, mas poder, ter recursos para tal.

Os dois lotes representam a operação dos BRTs (Corredores Norte-Sul e Leste-Oeste), que custa caro. Além do subsídio mensal de R$ 4 milhões, o Estado tem gasto, em média, 22 mil reais com a manutenção de cada uma das estações de BRT (refrigeradas e com vidros temperados). Os dois corredores de BRT terão mais de 50 estações, mas atualmente pouco mais da metade está funcionando. Ou seja, quando tudo for concluído, o custo de manutenção aumentará.

Lotes da 2ª Etapa:
Lote 3 – Corredor José Rufino (metrô) e Corredor Abdias de Carvalho
Lote 4 – Corredor Mascarenhas de Moraes
Lote 5 – Corredor Rosa e Silva/Rui Barbosa e Corredor Avenida Norte
Lote 6 – Corredor Beberibe e Corredor Presidente Kennedy
Lote 7 – Corredor Avenida Domingos Ferreira e BR-101 Cabo/Ipojuca
* Lote CRT (corredor da Caxangá, já licitado e operado pela empresa CRT)

JC Online

Reforço policial nos terminais integrados da RMR divide opiniões dos usuários

Créditos: Felipe Ribeiro/Folha de Pernambuco

O primeiro dia de reforço da Polícia Militar em seis terminais integrados da Região Metropolitana do Recife (RMR) dividiu as opiniões dos usuários na manhã da última terça-feira (26). A ação visa garantir a ordem nos equipamentos nos horários de picos, das 5h às 8h e das 16h30 às 20h, em que são registradas confusões entre os passageiros na hora de subir nos coletivos. A equipe do FolhaPE visitou alguns espaços para conferir a organização das filas.

 No Terminal Integrado Pelópidas Silveira, no município de Paulista, Região Metropolitana do Recife, a equipe do FolhaPE chegou por volta das 6h20. No local, dois agentes em uma viatura da Polícia Militar faziam a ronda. Um deles, sem identificação na farda e que pediu para não ter o nome revelado, informou que o efetivo que faria a organização das filas estava atrasado. Ele também disse não saber a previsão de chegada do reforço. Até às 7h30, o fluxo de passageiros já tinha diminuído, mas nenhum policial apareceu.

Para a a profissional de Recursos Humanos Deise de França, a manhã estava calma, mesmo assim os tumultos na hora de subir no ônibus continuam recorrentes. "A espera pelos ônibus é grande. Alguns são expressos e vários passageiros preferem não pegar esses carros. Acaba juntando muita gente e na hora que um ônibus que para em vários pontos chega, começa a confusão", diz a mulher que esperava a linha 1906 - TI Pelópidas/Macaxeira. Sobre o reforço policial, ela critica. "Olha, se for para ser só essa viatura com esses dois policiais dentro dela, seguindo algum ônibus, não vai adiantar não".

Mesmo com orientadores, pessoas desorganizam filas.
Créditos: Felipe Ribeiro/Folha de Pernambuco

Já para o analista fiscal William Santana, o reforço da PM pode não ajudar na organização. "O serviço é precário. A polícia não pode acrescentar em algo aqui. Quando o ônibus tá chegando, as pessoas se empurram para subir e pegar uma cadeira vazia. Não respeitam nem gestantes". Ao chegar a linha 1977 - TI Pelópidas/Conde da Boa Vista, William é empurrado por outros usuários, mas consegue subir e sentar. "É cada um por si", dispara.

Mesmo com orientadores de fila no local, o FolhaPE contou 15 profissionais no Pelópidas Silveira, o número de usuários ainda é grande para o quadro de funcionários. O despachante de ônibus Leandro Souza informou que a linha 1946 - TI Igarassu (PCR) é a que mais concentra passageiros. "O fluxo ainda melhorou no terminal depois que essa linha passou a operar aqui dentro. Desafogou as outras".

Terminal Integrado da Macaxeira
No TI da Macaxeira, que recebe mais de 53 mil passageiros, o FolhaPE não registrou confusões, porém, a presença de duas viaturas, cada uma com uma dupla de policiais, também não evitou as cenas diárias de coletivos saindo superlotados e até mesmo o tradicional empurra-empurra típico dos horários de maior movimento. Além dos veículos, mais uma dupla de PMs estavam posicionadas na área de desembarque.

Na Barro/Macaxeira, por exemplo, em determinados momentos do início da manhã, os orientadores de fila tinham dificuldade para conseguir embarcar e fechar as portas devido ao público que insistia em se espremer para seguir viagem. Para o desempregado José de Sousa Brito, 42 anos, o reforço dos militares melhora o comportamento daqueles mais exaltados. “Pegar ônibus aqui é geralmente tumultuado e os policiais de forma ostensiva pode melhorar essa situação”, afirmou.

Entenda
O Grande Recife Consórcio de Transporte realizou uma reunião, na segunda (25), com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para encontrar uma solução para os problemas recorrentes de confusões registradas, principalmente nos horários de pico. Com a iniciativa, são mais 16 policiais em seis terminais integrados - Barro, Macaxeira, Pelópidas Silveira, Igarassu, Camaragibe e Tancredo Neves.

Os seis equipamentos recebem, diariamente, uma média de 250 mil usuários. Atualmente, há dois policiais militares em cada TI das 6h às 14h e das 16h às 20h. O reforço do novo efetivo será das 5h às 8h e das 16h30 às 20h. 

Folha de Pernambuco

Atrasada há mais de um ano e meio, entrega do TI Prazeres é adiada por mais dois meses

Empresa terá mais 60 dias para finalizar e entregar a obra.
Foto: Lorena Barros / JC Trânsito

Com mais de um ano e meio de atraso para a sua entrega e um investimento de R$ 4,4 milhões, o Terminal Integrado de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolita do Recife (RMR), ainda não está servindo à população. A indefinição sobre o futuro da obra ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (25), dia estipulado pelo Diário Oficial de Pernambuco como data limite para a finalização TI Prazeres.

Sobre isso, Secretaria de Cidades do Governo de Pernambuco informou ao NE10 na última segunda-feira que, mesmo com o prazo do contrato expirado, as obras do TI Prazeres não serão interrompidas, pois um novo contrato será assinado por mais 60 dias. Nesse prazo, a construtora deve entregar a obra pronta e sem que seja necessária a aplicação de mais dinheiro para a sua conclusão.

Após esse período serão feitos ajustes para que o terminal comece a entrar em operação.

Com um ano de atraso, a sinalização no metrô já aponta a integração, ainda não inaugurada
Crédito: Lorena Barros / JC Trânsito

Ainda segundo a Secretaria de Cidades, o atraso aconteceu porque, como trata-se de uma obra com recursos oriundos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em alguns momentos foi necessário ajustar parâmetros do repasse, o que acabou por adiar o prazo de conclusão da obra.

A previsão inicial para a entrega do TI Prazeres era o mês de outubro de 2013. Na ocasião, a Secretaria de Cidades de Pernambuco informou à reportagem do NE10 que 80% das obras estariam completas até o mês de dezembro daquele ano e que a nova previsão para inauguração do terminal havia sido remarcada para abril de 2015.

A empresa Trópicos Engenharia e Comercio LTDA, responsável pela construção, tinha 11 meses para entregar o Terminal Integrado. De acordo com os números divulgados pela Secretaria de Cidades, o valor inicial para a execução da obra foi de R$ 3.787.745,01 milhões. Até o momento já foram liberados R$ 4,4 milhões.

Vigilantes do Metrô do Recife guardam a passagem do metrô para a Integração
Crédito: Lorena Barros / JC Trânsito

Os recursos para tocar a construção do terminal são oriundos da Compahia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em parceria com o Governo de Pernambuco. Para a construção do terminal, a Avenida Barreto de Menezes sofreu alteração no tráfego de veículos no fim de 2013.

TI PRAZERES - O Terminal Integrado de Prazeres está sendo erguido num terreno de 4.080,11 m², tendo 1.683,03 m² de área construída e 1.412,81 m² para a plataforma. Além da plataforma de embarque e desembarque, o espaço terá dois blocos. O Bloco 1 será destinado a administração, depósitos, almoxarifado, apoio, copa, espera e hall. Já no bloco 2, haverá lanchonete, depósito, lixo, despensa, cozinha, sala de refeições, vestiários masculino e feminino com banheiro especial para funcionários, além de banheiros para o público masculino, feminino e acessível. Também haverá duas guaritas, duas ilhas de despachantes e área verde. Com a inauguração deste TI, 5 das 10 estações da linha Sul do metrô - que liga o Centro do Recife a Cajueiro Seco, bairro de Jaboatão dos Guararapes - farão integração com ônibus.

NE 10

Caruaru: Ônibus terão horários especiais no período junino

Créditos: Cláudio Paz/Ônibus Brasil

A população que pretende acompanhar os festejos juninos em Caruaru, contará com horários especiais nos itinerários dos transportes coletivos. As linhas de ônibus vão operar com frotas mínimas e máximas que irão circular nos seguintes horários:

Datas - 01, 08, 11, 15 e 18 de junho: os ônibus permanecerão com o horário programado para a operação e frota normal;
Datas - 02, 03, 09, 10, 16 e 17 de junho: horário estabelecido das 23h às 00h, com a frota mínima;
Datas - 31, 04, 07, 10, 14, 17, 21 e 25 de junho: Horário estabelecido das 23h às 01h, com frota mínima;
Datas - 22 e 29 de junho: Horário programado das 23h às 02h, com circulação de frota máxima;
Datas - 05, 12, 19, 24 e 26 de junho: Horário programado das 23h às 03h, com circulação de frota mínima;
Datas - 30, 06, 13, 20, 23, 27 e 28 de junho: Horário estabelecido das 23h às 04h, com frota máxima.

Empresa Coletivo
Linha Vila Kennedy e Vila Padre Inácio: Frota máxima de 4 veículos, com intervalo mínimo de 15 minutos, frota mínima de 2 veículos e intervalo mínimo de 30 minutos.
Linha Posto Agamenon/Via Rodoviária: Frota máxima de 2 veículos, com intervalo mínimo de 30 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.
Linha Salgado: Frota máxima de 1 veículo, com intervalo mínimo de 60 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.
Linha Alto do Moura: Frota máxima de 1 veículo, com intervalo mínimo de 60 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.

Empresa Bahia
Linha Boa Vista I e Boa Vista II: Frota máxima de 4 veículos, com intervalo mínimo de 15 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.
Linha João Mota, Jardim Panorama e Maria Auxiliadora: Frota máxima de 1 veículo, com intervalo mínimo de 60 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.

Empresa Capital do Agreste
Linha Rendeiras: Frota máxima de 4 veículos, com intervalo mínimo de 15 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.
Linha Nova Caruaru: Frota máxima de 1 veículo, com intervalo mínimo de 60 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.

Empresa Tabosa
Linhas Vassoural/Via Santa Rosa e Indianópolis/Via J. Ant. Liberato: Frota máxima de 3 veículos, com intervalo mínimo de 20 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.
Linha Petrópolis/Via Jardim Liberdade e Bairro Agamenon/Via Pitombeira: Frota máxima de 2 veículos, com intervalo mínimo de 30 minutos, frota mínima de 1 veículo e intervalo mínimo de 60 minutos.

Os veículos das linhas Vila Kennedy e Posto Agamenon serão direcionados ao terminal a partir das 23h, com ponto localizado na rua Cleto Campelo. Os ônibus das linhas Rendeiras, Nova Caruaru/Via Luiz Gonzaga, Salgado e Alto do Moura serão direcionados ao terminal a partir das 0h, com ponto na rua Mestre Pedro.

Obs: Caso haja necessidade de aumento da frota será solicitada as empresas mais veículos. Durante todo este período a Destra estará fiscalizando o cumprimento dos horários e intervalos.

AETPC
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O São João está chegando! O Maxi Ônibus Olinda já está em clima de festa e vai acompanhar toda a operação especial do transporte pernambucano para a festa! Fique ligado!


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Sindicato volta atrás e alguns ônibus começam a circular no Grande Recife

Apesar do anúncio de mais ônibus nas ruas, garagem da Borborema continuava lotada ao meio-dia. Créditos: @romulonobrega/Twitter

Após uma manhã de paralisação, alguns ônibus da Região Metropolitana do Recife começaram a circular por volta das 11h30 desta sexta-feira (29). Porém, ainda havia poucos veículos nas ruas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, por volta das 11h50, algumas linhas operadas pela empresa Borborema estavam no terminal de Joana Bezerra, no Centro do Recife.

O designer Guilherme Silva, 28, conseguiu, ao meio-dia, pegar a linha Jardim Piedade no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na RMR, para chegar ao Cais de Santa Rita, sem esperar muito. Na Avenida Bernardo Vieira de Melo, viu outro ônibus da Borborema.

"Temos que atingir 30% da frota. Os trabalhadores estão chegando às garagens e pegando os ônibus, mas não temos como saber se vamos ter 50, 70 ou 30%", afirmou o presidente da entidade.

Apesar do anúncio do sindicato, a maior parte das empresas e das localidades da RMR continuavam sem ônibus. Pelo Twitter, passageiros enviaram relatos sobre as avenidas Dantas Barreto e Cruz Cabugá, no Centro; Ibura, na Zona Sul do Recife; Engenho do Meio, na Zona Oeste; Jardim Atlântico, em Olinda; e Conjunto Praia do Janga, em Paulista.

NE 10
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Maxi Ônibus OIinda comenta: informações dão conta que a decisão dos rodoviários de voltar as atividades durante a tarde se deu após a ameaça do Grande Recife Consórcio de Transporte de acionar o Ministério Público para declarar a ilegalidade da greve, já que não houve aviso prévio, e também não vinha sendo respeitada a lei de greve, que obriga a manutenção de pelo menos 30% das atividades.

Após decisão judicial, tarifa de ônibus passa a custar R$ 2,80 em Petrolina


Créditos: Cristiano Roberto/Ônibus Brasil
 Desde a última quinta-feira (28), o valor das tarifas do sistema de transporte coletivo de passageiros de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, sofreu um reajuste de R$ 0,35. O valor da passagem passará de R$ 2,45 para R$ 2,80. A determinação foi tomada pelo juiz de direito da vara da fazenda pública da comarca de Petrolina, Josilton Reis, e deve ser cumprida imediatamente, sob pena de multa.

De acordo o diretor-presidente da Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo (EPTTC), Paulo Valgueiro, o órgão vai recorrer da decisão. “Já estávamos brigando desde agosto do ano passado, e vamos continuar a batalha. Os procuradores vão entrar com os remendos legais para tentar reverter a situação.  Como é uma decisão judicial é preciso comprimento imediato para não ter multa”, explica.

Segundo Valgueiro, os reajustes são realizados por conta das brechas na legislação municipal. “A nossa legislação é falha em relação a análise tarifária e estamos trabalhando para uma nova licitação e deve contar no novo contrato a remuneração, e o índice de reajuste anual já dentro do contrato”, comenta.

Quem tiver saldo adquirido no valor antigo no Bilhete Integrado (BIP), pode utilizar os créditos até o término, debitando R$ 2,45. O G1 entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transporte do Vale do São Francisco (Setranvasf) para obter informações acerca do novo valor da tarifa, mas a representante do órgão não concedeu entrevista.

G1 Petrolina

Paulo Câmara manda projeto para cancelar de imediato os créditos de VEM não usados


Sem alarde, o governador Paulo Câmara (PSB) mandou para a Assembleia um projeto de lei, número 231/2015, para cancelar os créditos do cartão VEM não usados há mais de 180 dias. O cartão VEM é o principal meio de pagamento no transporte metropolitano de Pernambuco.

Segundo o projeto, mesmo que os créditos tenham sido adquiridos antes da publicação da lei, serão cancelados se alcancarem mais de 180 dias sem uso. “Os créditos oriundos das vendas antecipadas de bilhetes do STPP/RMR, sejam créditos de VEM Estudante, VEM Trabalhador ou de qualquer outro tipo de vale existente ou a ser criado, quer tais créditos já tenham sido adquiridos, quer sejam adquiridos após a publicação desta Lei, todos têm validade de 180 (cento e oitenta) dias”, diz o artigo 17 do projeto de Paulo Câmara.

Créditos: Blog de Jamildo/Divulgação

Para especialistas em direito do consumidor, pode ser duvidosa a constitucionalidade do cancelamento de créditos neste prazo, ainda mais se adquiridos antes da publicação da lei. O governador disse que a finalidade é a obtenção de “melhor prestação do serviço público de transporte, com o menor ônus possível para seu usuário”.

Créditos: Blog de Jamildo/Divulgação

O projeto não esclarece ainda quem vai se apropriar do dinheiro dos créditos cancelados, se ele vai reverter para o Governo do Estado ou até mesmo poderia ficar como lucro para as empresas de ônibus, pois a população vai pagar e não vai utilizar o serviço, com o cancelamento dos créditos.

Blog de Jamildo

Em dia de paralisação, Grande Recife amanhece sem ônibus

Motoristas e cobradores paralisaram as atividades, na Região Metropolitana do Recife, na manhã desta sexta-feira (29), deixando a capital e as cidades vizinhas quase sem ônibus. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, toda a categoria está de braços cruzados. A mobilização deverá continuar o dia inteiro, só retomando as atividades às 23h30, quando saem os bacuraus.

Pelo Twitter, passageiros reclamavam que nenhum ônibus circulava em Rio Doce, em Olinda, e Jardim Maranguape, em Paulista, desde as 6h. Já eram 7h. Pessoas também saíram de outros municípios até o Centro do Recife e não viram veículos nas principais vias da capital.

Terminal de Igarassu amanheceu sem ônibus. Créditos: Samuel Junior/Whatsapp

Apenas táxis e motos trafegavam em avenidas como a Conde da Boa Vista, no Centro, um dos principais corredores. Em uma hora, só um ônibus da empresa Transcol passou. Não foram vistos ônibus de linha na Avenida Agamenon Magalhães, Mascarenhas de Moraes e Rui Barbosa, por exemplo.

Terminais estão vazios. Há relatos de que a situação se repete no Cais de Santa Rita e em Joana Bezerra, no Centro; Tancredo Neves, na Zona Sul do Recife; na Macaxeira, na Zona Norte; além de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, e Camaragibe. Passageiros chegavam de metrô, que funcionou no horário de pico, mas não conseguiam pegar ônibus.

Há muitos táxis nas vias esta manhã. Além disso, recifenses oferecem carona a quem está nas paradas. No entanto, veículos clandestinos, entre eles ônibus de turismo e mototáxis, se aproveitam e oferecem transporte aos passageiros, que lotam as paradas.

METRÔ - As estações de metrô do Recife começaram a funcionar às 5h e seguirão em atividade até às 9h. De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Levi Arruda, toda a categoria está parada e os trens estão sendo operados por supervisores. "É uma temeridade porque este não é um pessoal que está habituado a andar com o trem no dia a dia", reclamou.

Entretanto, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que são os supervisores quem treinam os metroviários, por isto têm capacidade de operar os trens com segurança. Às 9h, as estações serão fechadas e só pegará o trem quem já estiver dentro.

As linhas só voltam a funcionar às 16h, e seguem até 20h. O metrô não funcionará das 20h às 23h. As categorias de transporte público do Grande Recife aderiram ao Dia Nacional de Paralisação contra o projeto de lei 4.330, que trata das terceirizações. Além de rodoviários e metroviários, param hoje servidores públicos, metalúrgicos, químicos, petroleiros, entre outros.

Grande Recife vai acionar Ministério Público contra paralisação

O Grande Recife Consórcio de Transporte afirmou, na manhã desta sexta-feira (29), que acionará o Ministério Público do Trabalho (MPT) devido à paralisação de motoristas e cobradores desde as 4h30. Raros ônibus circulam na Região Metropolitana do Recife.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o órgão estadual afirma que a paralisação não teve aviso prévio. "A legislação vigente obriga que, em casos de greve, seja disponibilizado 30% da frota de ônibus para a população da RMR", diz o texto.

Os profissionais protestam contra o projeto de lei 4330. A proposta está em votação no Senado e prevê a ampliação da terceirização. As medidas provisórias 664 e 665, responsáveis pela regulamentação do acesso aos benefícios previdenciários, abono salarial e seguro desemprego, também são alvo. À tarde, farão um protesto saindo da Avenida Cruz Cabugá, no Centro.

NE10

Caso Camila Mirele: delegado confirma que dispositivo de abertura do ônibus foi violado

Créditos: João Bosco/Ônibus Brasil

O lacre de proteção do dispositivo de abertura da porta do ônibus em que a estudante Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos, havia sido violado. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelas investigações da morte da jovem, Newson Motta, em entrevista à Folha no último dia 21. Ele afirma que em depoimento, testemunhas garantiram que o veículo trafegava com a peça exposta. Nesta quinta-feira (21), outras duas pessoas que estavam no coletivo envolvido na ocorrência foram ouvidas na Delegacia de Delitos de Trânsito (DPDT), no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife.

Segundo Motta, esses passageiros foram listados no Boletim de Ocorrência registrado pelo patrulheiro da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Marcos Augusto Gonçalves Nunes, o primeiro a chegar ao local. As testemunhas relataram do ocorrido ao policial logo depois do acidente.

"O patrulheiro também foi ouvido por nós. Segundo ele, não havia vestígios de sangue da vítima na parte exterior do ônibus. Além disso, considero a ouvida dos passageiros como muito harmoniosa com os demais depoimentos colhidos. Eles informaram também que momentos antes de cair, Camila estava de costas no primeiro degrau de acesso do coletivo encostada à porta. Porém, elas não conseguiram visualizar se algum outro passageiro acionou a destrava da porta", comentou o delegado.

O investigador ainda aguarda os laudos periciais realizados pelo instituto de Criminalística (IC), mas adiantou que há possibilidade de que a estudante de Biomedicina não teria sido vítima de atropelamento. "Pelas circunstâncias da queda e das lesões sofridas pela vítima, há uma grande possibilidade de descartamos o atropelamento. Mas, prefiro aguardar a conclusão da perícia do IC para confirmar qual foi à decorrência da morte da garota", complementou Newson Motta.

De acordo com o laudo da tanatoscópico do Instituto de Medicina Legal (IML), a estudante morreu em decorrência de lesões pelo corpo e politrauma com contusões no tórax e abdome.

Em relação à violação do lacre de proteção do dispositivo, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, informou que a fiscalização para coibir essa infração é de responsabilidade do Grande Recife Consórcio de Transporte junto às empresas prestadoras do serviço. “Mas, infelizmente essas fiscalizações não acontecem. Agora, acredito que a partir do caso de Camila, essas vistorias sejam realizadas. Quando esse dispositivo é violado, é recomendado que o veículo não saia da garagem. No caso que haja a violação deste dispositivo, é necessário que o motorista registre o ocorrido na linha de serviços, para que logo após, a empresa assine a ordem de serviço e a manutenção reponha a peça”, comentou o gestor da entidade sindical.

Procurada pela Folha, o Grande Recife informou que só irá se pronunciar após a conclusão do inquérito sobre a morte da estudante Camila Mirele. Já a Empresa Metropolitana, detentora do coletivo em que a vítima despencou, informou em nota que opera seguindo as exigências do Grande Recife.

Folha de Pernambuco

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Não é BRT o sistema implantado nos corredores do Grande Recife

Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda

O criador do sistema BRT, o urbanista Jaime Lerner, primeiro a implantar um modelo de transporte com corredores exclusivos e segregados para ônibus, estações em nível e pagamento antecipado, na década de 1970 em Curitiba, afirma que o sistema implantado no estado não condiz com as premissas de seu modelo.

Exportado para o mundo inteiro na sigla de Transporte Rápido por Ônibus (Bus Rapid Transit), foi também escolhido para dois corredores de transporte da RMR: Norte/Sul e Leste/Oeste. Previstos para serem entregues até a Copa, os dois corredores chegaram ao primeiro semestre de 2015 sem operar da forma prevista.

Sem faixa segregada ao longo do seu percurso, os ônibus do BRT ficam presos nos congestionamentos e até mesmo nos trechos onde a faixa é exclusiva ocorrem invasões por falta de segregação do espaço. Pelo menos duas estações de BRT (Tacaruna e Prefeitura) tiveram parte do teto danificado por caminhões na faixa destinada ao ônibus. “Não acompanhei as obras, mas isso não é BRT”, ressaltou Jaime Lerner em entrevista durante um seminário de mobilidade promovido, na última quarta-feira, pela Volvo, em Curitiba.

A Cruz Cabugá é um dos trechos mais complicados do Norte/Sul. O corredor tem nova promessa de ser entregue no fim de junho. Ainda faltam seis estações e o terminal de integração de Abreu e Lima. A operação chegou a Igarassu no sábado.

Já o Leste/Oeste não tem nem previsão de ficar pronto. Faltam os terminais da 2ª e 3ª perimetrais e das estações de Camaragibe e Conde da Boa Vista. Também não há faixa exclusiva em Camaragibe e alguns trechos da área central da cidade. “O sistema perdeu o R de rápido. Sem segregação não há confiabilidade. Ele precisa ser concluído”, apontou o professor da UFPE Leonardo Meira.

O gerente de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, André Melibeu, reconhece as dificuldades operacionais. “Enquanto o corredor de ônibus não estiver segregado, ele não será um BRT puro. Não sei quando haverá a segregação. Mas o corredor tem que operar como trem sem nada na frente. Mas a obra ainda não está pronta”, afirmou. A Secretaria das Cidades informou que a segregação dos corredores será feita após a conclusão das estações e que o projeto da circulação com intervenções necessárias depende de aprovação da CTTU. As obras foram iniciadas em 2012.

Saiba mais
As premissas básicas do BRT
Corredor exclusivo e segregado
Estações com pagamento antecipado
- Monitoramento dos ônibus no corredor por um central de controle
- Regularidade das viagens

As nossas premissas
- Corredor com parte da faixa exclusiva na PE-15 (Norte/Sul)
- Corredor com faixa exclusiva na Caxangá (Leste/Oeste)
- Estações com pagamento antecipado
- Ausência de monitoramento dos corredores
- Sem previsão de regularidade das viagens

Operação atual dos corredores
Norte/Sul
De 5 a 10 minutos de intervalo
Velocidade média de 16km/h
Leste/Norte
De 6 a 10 minutos de intervalo
Velocidade média de 20km/h


Projetado para o Norte/Sul
- 180 mil é a demanda estimada
- 26 estações previstas
- 15 em operação
- 6 sem operação
- 5 pendentes

Diário de Pernambuco

Após morte de estudante, vereador do Recife apresenta projeto de lei contra superlotação nos ônibus

Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda

A Câmara Municipal do Recife analisa projeto de lei que obriga as empresas de ônibus de transporte público a cumprir a capacidade máxima de lotação. O projeto – 87/2015 – de autoria do vereador, Romero Jatobá, é de interesse da população que, no dia-a-dia, é submetida a verdadeiros absurdos no transporte público convencional.

“A morte da estudante universitária, Camila Mirelle Pires da Silva, 18 anos, que caiu de um ônibus em movimento por conta da superlotação, foi o maior grito de alerta para a tortura imposta aos usuários de ônibus todos os dias no Recife. É preciso fazer alguma coisa para coibir e disciplinar o transporte público coletivo”, diz Romero Jatobá, que espera uma participação da população no sentido de exercer sua cidadania denunciando os abusos.

De acordo com o projeto, a capacidade total da lotação será de acordo com o número de assentos existente nos ônibus, mais 50% desse número para os usuários que ficam em pé. A empresa que não cumprir a lei ficará sujeita a advertência; multa de R$ 10 mil por ônibus superlotado e até a cassação da Licença.

As empresas serão obrigadas a colocar um cartaz constando a capacidade de lotação de passageiros sentados e em pé nos ônibus, bem como o número do disque denúncia da CTTU – Companhia de Trânsito e Transporte Público, para que os usuários passam delatar as empresas em caso de descumprimento da lei.

“Nossa intenção não é criar mais uma lei para não ser cumprida. Quando a lei for sancionada é de fundamental que a população, o usuário do transporte coletivo a utilize como um escudo de proteção. Haverá uma exigência para que se coloque cartazes para as pessoas saberem a quem recorrer para prestar suas queixas. A denúncia das irregularidades é uma ação de cidadania. O engajamento dos formadores de opinião será decisivo para o projeto ser exitoso. Enfim, comente com a ação conjunta de toda a sociedade conseguiremos fazer com que as empresas ofereçam um serviço de transporte urbano público digno”, diz Romero Jatobá.

Blog de Jamildo

Estudantes poderão agendar atendimento para Passe Livre na RMR a partir de segunda

Créditos: Ricardo Labastier/JC Imagem

O agendamento para tirar o Passe Livre do Grande Recife começará a ser feito a partir da próxima segunda-feira (25), pelo site www.atendimentojovem.com.br ou pelo telefone (81) 3125.7575. O serviço funcionará de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h.

Após o agendamento, o cartão começará a ser impresso e entregue no dia 8 de junho. Os estudantes contemplados - alunos da rede estadual da Região Metropolitana, além de cotistas da Universidade de Pernambuco (UPE), que vivem na RMR - deverão levar ao posto do Vale Estudantil Metropolitano (VEM), no dia marcado, um documento original com foto, CPF e comprovante de residência. A unidade fica na Rua da Soledade, 259, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife.

O cartão será carregado com 44 créditos por mês, válidos de segunda a sexta, durante o período letivo. Os estudantes também terão o benefício da meia passagem, podendo carregar até 26 créditos mensais. O benefício é valido a partir do segundo semestre deste ano.

De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, podem tirar esse tipo de VEM 260 mil alunos de 399 escolas e 1,5 mil cotistas da UPE. Quem tiver dúvidas podem entrar em contato com o órgão pelo 0800.081.0158.

RECIFE -
Os alunos do 6° ao 9° ano de escolas municipais da capital pernambucana têm direito ao Passe Livre desde o ano passado. Os estudantes recebem, no início de cada mês, o crédito correspondente a 70 viagens mensais no valor de meia passagem da tarifa do Anel A (R$ 1,07).

NE 10

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ônibus colidem e deixam pelo menos 10 feridos na Várzea

Créditos: Anna Helena/Comuniq

Dez pessoas ficaram feridas por volta das 14h30 desta quarta-feira (20) depois que dois ônibus da linha Jardim Teresópolis, da empresa Metropolitana, colidiram na Rua Vale do Siriji, na UR-07, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife. Os veículos se chocaram de frente.
Todos os feridos estavam conscientes e orientados apenas com lesões leves. Apenas uma mulher, de 22 anos, com lesão no nariz e um homem, de 45, com lesão no membro superior esquerdo precisaram ser encaminhados para UPA de São Lourenço.O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fizeram o atendimento das vítimas com duas motos resgates e sete viaturas.
De acordo com a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), ainda não há informações sobre o que provocou o acidente.

NE 10

Dia começa com menos trens e estações cheias no Metrô do Recife

Créditos: Comuniq

Passageiros da Linha Sul do Metrô do Recife encontraram estações cheias na manhã desta quarta-feira (20). O problema é rotineiro, mas uma falha técnica ocorrida por volta das 5h provocou uma redução no número de trens até as 6h10. Com isso, houve um aumento na demanda.

De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o defeito foi em uma máquina de chave, o que não permitiu injetar todos os nove trens que circulam no horário de pico na linha.

Sete trens atenderam aos passageiros por uma hora. Cada um transporta, em média, 1,2 mil pessoas por viagem, gerando uma defasagem de milhares de passageiros.

A Linha Sul leva aproximadamente 40% da demanda de todo o dia apenas das 6h às 8h, o que equivale a cerca de 60 mil pessoas. Além disso, nas terças, quartas e quintas-feiras tem um crescimento de 10% da demanda, um aumento de 10 mil pessoas no horário de pico.

A CBTU reconhece que a superlotação é um problema comum no metrô. "Plataforma cheia é normal nesse horário", afirmou o assessor de imprensa da Companhia, Salvino Gomes.

NE 10

terça-feira, 19 de maio de 2015

BRT com frequência irregular no Corredor Norte-Sul

Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda

O primeiro dia útil das novas linhas do BRT do Corredor Norte-Sul foi marcado por contrastes entre intervalos longos ou muito curtos nas viagens. Na noite de ontem, em menos de 15 minutos, cinco ônibus da linha TI Pelópidas (PCR) passaram na Estação Riachuelo, na área central do Recife. Houve um momento em que dois veículos da mesma linha chegaram juntos ao local.

Enquanto isso, a linha TI Igarassu teve um intervalo de 10 minutos de um ônibus para o outro na mesma parada. Mesmo entre as 18h e 19h, no horário de pico, as estações estavam tranquilas, com poucos passageiros.

Na Avenida Cais do Apolo, Rua do Hospício e Rua do Riachuelo, onde é possível embarcar no BRT para essas duas novas rotas, não havia superlotação nem tumulto. As linhas começaram a operar no sábado e conquistaram alguns passageiros sobretudo pelo conforto.

O eletricista Adnelson Dantas, 44 anos, disse que vai trocar os ônibus convencionais pelo BRT, embora tenha gasto mais tempo de Igarassu para a Rua do Riachuelo no equipamento novo. “Trabalho à noite e geralmente passo 50 minutos nesse percurso, saindo do Terminal de Igarassu. Mas hoje demorei uma hora e quinze minutos. Mesmo assim, o conforto compensa”, observou.

Por meio da assessoria de imprensa, o Grande Recife Consórcio de Transportes informou que a primeira semana de operação dos veículos é de ajustes. A companhia está identificando as falhas nos horários para corrigi-los.

Cartão VEM
Funcionária do Grande Recife na Estação Riachuelo, Edneuza Bezerra dos Santos, 43, notou aumento na procura por cartões Vem nas estações. Só é possível usar o BRT por meio dele e, quem não tem, pode obtê-lo de forma fácil e rápida na entrada de cada estação.

O passageiro paga R$ 10, sendo R$ 7 para a primeira recarga de créditos e R$ 3 do cartão, que sai na hora. “Das 14h às 18h fiz uns 50 novos cartões. Sem as novas linhas teria feito metade disso”, explicou Edneuza.

Saiba mais

- As duas novas linhas passam pela PCR
- A TI Igarassu segue pelas rodovias BR-101 e PE-15
- A TI Pelópidas entra no Terminal Integrado da PE-15

As novas linhas contam com:

14 veículos
76 viagens
18 ônibus
178 viagens por dia

- A TI Igarassu (PCR) opera das 4h10 às 21h30 e a TI Pelópidas (PCR) das 4h às 23h40.

Diário de Pernambuco

domingo, 17 de maio de 2015

Os gargalos do transporte público

Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda

Dois milhões de passageiros diariamente, três mil ônibus circulando nas ruas e um problema que parece distante de ser solucionado. Para, além do desrespeito marcado por filas intermináveis e coletivos sempre superlotados, a má qualidade na prestação do serviço de transporte na RMR enfrenta outros gargalos, como a malha viária repleta de obras inacabadas, a falta de planejamento e um trânsito engarrafado. O atual formato de integração, adotado no Estado há 30 anos, é outro problema. O alívio no bolso ao se deslocar pagando uma única tarifa já não se apresenta como solução, mas sim como risco e perda de tempo para quem precisa do transporte público.

O percurso antes executado em um único veículo, apanhado na porta de casa, agora chega a ser feito por três, em uma verdadeira maratona de embarques e desembarques. Para especialistas, há, ainda, a falta de engenharia de tráfego, já que mesmo sendo maior que a de outras praças, a frota da Capital não atende à demanda. Somado a todos esses entraves, outro agravante: motoristas que encaram jornadas de trabalho de até 12 horas e suportam os congestionamentos em ônibus sem ar-condicionado e em meio às queixas dos usuários. “Hoje sentimos as consequências de um sistema carente, implantado em uma época em que não havia ferramentas para conhecer de perto as necessidades dos usuários”, explica o consultor em mobilidade, professor da UFPE, César Cavalcanti.


Segundo ele, comparado a outras regiões metropolitanas do País, como a de Curitiba (com 1,9 mil veículos e 2,2 milhões de usuários diários), o quantitativo de ônibus em operação na RMR poderia ser visto como satisfatório. “O formato de integração aberta, esquecido por aqui, é utilizado na maioria dos municípios com mais de 100 mil habitantes. É uma ferramenta que evita transtornos e não necessita de altos investimentos”, defendeu. O Grande Recife conta com 19 terminais integrados em funcionamento, estando ainda cinco em construção e mais dois em processos de reforma ou ampliação. O sistema temporal, em testes há mais de um ano, prevê que o passageiro possa se deslocar em um prazo de duas horas, embarcando e desembarcando ao longo do percurso. Detalhe: o benefício é desconhecido pela maioria dos usuários. “Das 394 linhas, 74 estão habilitadas para o sistema. Mas não há condições de abrir o processo para a livre escolha do usuário, representaria mais custos que teriam que ser repassados”, afirmou o diretor de operações, André Melibeu. Questionado, ele não forneceu a relação das linhas participantes.

OS TERMINAIS
A Folha percorreu importantes terminais da RMR em horários considerados conturbados, entre as 5h30 e 9h, tornando a visitá-los entre às 17h e 20h. Nos locais, cenas de um filme já conhecido pelos usuários do sistema de ônibus, com o desrespeito se mostrando como palavra de ordem. No Terminal da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, por onde circulam 55 mil pessoas todos os dias, a correria é percebida desde a entrada.

“Sempre enfrentamos o mesmo tormento. O tempo de espera é grande e com isso as filas parecem não ter fim”, disse a auxiliar de cozinha Monica Nascimento, 46 anos. Nos pontos de embarque, o fator segurança parece ser deixado de lado, com passageiros amontoados nas portas, que seguem entreabertas após a partida do veículo. “Já fui empurrado e cai no chão”, contou o vendedor Hugo Santana, 41.

Comportando dez linhas, o Terminal do Barro também amarga falhas estruturais, com muitas reclamações dos usuários. “Hoje sou obrigado a sair muito mais cedo de casa para conseguir chegar a tempo. É uma perda na qualidade de vida”, reclamou o técnico em laboratório Elias Souza, 61. A situação é confirmada pela dona de casa Meury Silva, 57. “Já cheguei a passar 50 minutos esperando ônibus”, disse. Passando para o Terminal da PE-15, em Olinda, considerado o mais antigo em operação, a doméstica Maria José, 54, conta um pouco do drama enfrentado na região. “Antes eu precisava pegar um único ônibus para chegar ao trabalho. Agora são três, todos lotados. A vontade é de desistir”, criticou.

No Joana Bezerra, que além das dez linhas também abraça o sistema de metrô, a situação pode ser compreendida como amais precária, incluindo a falta de abrigo nos dias de chuva. “A volta para casa é sempre complicada. A gente já fica pensando no dia seguinte”, revela o pintor Asidezio Francisco, 55, que mora no Jordão e também precisa embarcar em três coletivos. Grávida de cinco meses, a auxiliar administrativa Regina Gonçalves, 26, divide as dificuldades também encaradas por idosos e portadores de dificuldades de locomoção. “Não há respeito nem mesmo para disputar as cadeiras reservadas. E os fiscais não são vistos”, disse.

FISCALIZAÇÃO
Os problemas encontrados diariamente nas ruas são alvos de constantes reclamações dos usuários que apontam a ausência de uma fiscalização ostensiva para as irregularidades. A Federação dos Usuários de Ônibus de Pernambuco assinala que as arrancadas bruscas, a queima de paradas e o desrespeito na prestação do serviço tornaram-se comuns. “Os cidadãos procuram a central de atendimento ou mesmo a ouvidoria do Grande Recife e não recebem qualquer retorno. A sensação que fica é de que nada é executado. A maioria já acha uma perda de tempo”, explica a presidente Renilda Acioli, que também aponta a falta de vistoria diária nos terminais e corredores de grande circulação.


De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, a Central de Atendimento ao Cliente recebe uma média de 270 ligações diárias, entre denúncias, reclamações e esclarecimentos. Conforme o órgão, o serviço recebeu 3.842 reclamações de janeiro até a última quinta-feira. O Consórcio reforçou que, a partir das informações recolhidas, é gerado um número de protocolo. Os dados são encaminhados para o setor responsável ou diretamente para a empresa, que tem um prazo de dez dias úteis para responder a demanda. O passo seguinte, informou o Consórcio, é o contato com o usuário para um posicionamento.

Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, as falhas no sistema de transporte público são frutos de erros que se repetem. “As linhas não são organizadas como deveriam, com as saídas dos terminais em horários desregrados, sem considerar a demanda do turno e a distinção de ônibus comuns e articulados, capazes de transportar muito mais passageiros”, explica, reforçando a falta de políticas de valorização aos profissionais, que enfrentam longas jornadas e recebem baixos salários.

MALHA VIÁRIA
Com obras sofrendo um ciclo de atrasos há mais de dois anos, importantes corredores como as avenidas Conde da Boa Vista e Caxangá, no Recife, assim como a PE-15 e Pan-Nordestina, em Olinda, ainda estão inacabados, bloqueando caminhos por onde passam mais de 300 mil pessoas. A disputa de espaço entre BRTs e carros de passeio é constante.

Para o engenheiro Germano Travassos, trata-se de imbróglios que não podem ser desconsiderados. “O rendimento da frota não pode mais ser medido apenas pela quantidade de ônibus, mas pela velocidade que eles conseguem operar. Assistimos a um entrave quanto à produtividade ao pensar nos congestionamentos e trajetos feitos com velocidade abaixo de 15 km/h”, alerta. A defesa perpassa pela criação de mais corredores exclusivos para ônibus, segregados por canteiros ou ainda marcados por sinalizações horizontais. “Sem fiscalização, essas vias não são respeitadas e assim não temos qualquer avanço”, acrescentou Travassos.

O processo de licitação para as empresas operadoras de ônibus, promovido em 2014 e dividido em sete lotes, ainda cumpre etapas burocráticas, como assinaturas de contratos, não havendo um cronograma definido. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, cerca de 700 novos veículos seriam necessários para uma renovação consistente na frota.

“O problema não está na quantidade de veículos nas ruas, mas na velocidade do sistema. Efetuamos alterações constantes na programação no sentido de atender essas demandas. Mas, em alguns momentos do dia, os ônibus que deixam as garagens ou os terminais não voltam em tempo hábil. Os intervalos maiores para o embarque e o público acentuado são inevitáveis”, minimizou o diretor de operações André Melibeu.

PLANEJAMENTO
Para qualquer projeto de melhoria no sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife, apontam especialistas, é fundamental o conhecimento da atual realidade da demanda viária. Fatores como os novos polos de trafego, vias que tiveram a circulação ampliada e as rotas hoje adotadas por ciclistas integram a lista a ser considerada. Contrariando essas necessidades, estudos desse porte na RMR não registram avanços há quase duas décadas.


A última pesquisa de origem/destino na Região Metropolitana do Recife foi executada em 1997, quando foram coletados dados para servir de base para investimentos na área de transportes. A realidade da época era de menos de 500 mil veículos emplacados. Um número três vezes menor que o atual demais de 1,2 milhão. De acordo com último censo, a população, hoje de 3,6 milhões, também teve um salto de cerca de 700 mil pessoas. 


“O tempo passou, as cidades mudaram e o perfil dos indivíduos também. Essas informações seriam fundamentais para o planejamento das ações atuais e futuras. As novas linhas de ônibus, por exemplo, acabam surgindo a partir de ofícios, interesses políticos ou reivindicações de comunidades, sem um estudo dedicado que aponte as suas reais necessidades”, explicou o consultor em mobilidade Carlos Augusto Elias. De acordo com a Secretaria Estadual das Cidades, o processo licitatório para a contratação da empresa que produzirá a pesquisa deve ter início até o fim deste ano.


Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, a instalação de terminais muito próximos aos bairros é um fator que não colabora. “Varias linhas diretas foram destituídas e o cidadão se viu obrigado a desembarcar em poucos minutos, perdendo seus assentos e enfrentando filas”, afirmou o presidente Benilson Custódio. Segundo ele, o quantitativo apresentado de três mil ônibus circulando não considera que em torno de 25% ficam fora das ruas por problemas mecânicos.

Folha de Pernambuco