Créditos: Almir Correia/Ônibus Brasil |
A Associação das Empresas de Transportes de Passageiros de Caruaru protocolou na manhã dessa quinta-feira (05) junto ao gabinete do prefeito José Queiroz a nova planilha de custos operacionais para um possível reajuste na tarifa do transporte coletivo na cidade. A ação ocorre devido a necessidade de equilibrar o sistema no município, já que uma série de fatores contribui para esse desequilíbrio e deixa as empresas numa delicada situação financeira.
De
acordo com o diretor Institucional da AETPC, Ricardo Henrique, durante
quase quatro anos o preço das passagens ficou congelado na cidade.
Segundo ele, o acúmulo de anos sem o reajuste, gerou o aumento de R$
1,80 para R$ 2,10. Por esse motivo, se faz necessária a revisão da
tarifa a cada ano, para evitar que o repasse para a população seja
motivo de reclamação, como em 2014.
“Vale salientar que ano passado, o preço do valor da passagem, após 42 meses sem aumento, foi definido em R$ 2,30, mas por deliberação da própria AETPC, ficou decidido por R$ 2,10, justamente para evitar maior prejuízo junto a população. Com a planilha fica clara a necessidade do novo reajuste”, garante.
“Vale salientar que ano passado, o preço do valor da passagem, após 42 meses sem aumento, foi definido em R$ 2,30, mas por deliberação da própria AETPC, ficou decidido por R$ 2,10, justamente para evitar maior prejuízo junto a população. Com a planilha fica clara a necessidade do novo reajuste”, garante.
Ele
lembrou ainda que durante os 42 meses houve o reajuste em todos os
insumos que fazem parte do Transporte Coletivo, enquanto o valor da
tarifa seguia sem alteração. “O combustível é um exemplo disso e mais um
aumento ocorreu essa semana. A planilha de custo operacional, adotada
pela Destra, é composta por tudo que se paga, para o serviço funcionar e
que esse custo é medido mensalmente. Na mesma são analisados fatores
como a quilometragem percorrida, quantidade de passageiros
transportados, quantidade de veículos e também o ano dos mesmos, além
dos impostos. Para ficar claro, na média nacional, os custos da tarifa
são feitos da seguinte maneira: 29,4% mão de obra, 23% óleo diesel,
21,1% impostos, 19,1% veículos e 7,4% outros”, disse.
Após
a análise da tarifa chegou-se a conclusão que para equilibrar o
sistema, o novo valor da passagem deve ser de R$ 2.53 e a proposta foi
encaminhada prefeito José Queiroz. “Chegamos a esse valor pela própria
planilha. Precisamos lembrar que durante os 42 meses sem aumento, houve
um investimento alto das empresas na frota de Caruaru. Temos hoje mais
de 130 ônibus, com mais da metade sendo adaptada para as pessoas com
algum tipo de deficiência. Houve uma renovação gradual das empresas e a
idade de uso dos veículos diminuiu para 4,5 anos, uma das melhores do
Brasil. Além da implantação da bilhetagem eletrônica”, disse.
O
diretor da AETPC destacou ainda que um dos fatores que sobrecarrega a
fixação do valor da tarifa é a gratuidade, como explica Henrique. “Isso
representa 19% do valor na média nacional. Somos a favor de dar direito a
quem tem o direito, mas a conta precisa ser paga, as empresas não podem
bancar sozinhas todo o ônus gerado ao sistema”, concluiu.
Jornal de Caruaru
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