Já é obrigatória a distribuição do diesel com menos teor de enxofre para ônibus e caminhões de todo o País, independentemente da tecnologia dos motores que funcionam com este tipo de combustível.O diesel S 50, com 50 partículas de enxofre por milhão (50 miligramas por quilo de combustível – mg/kg), já abastece ônibus urbanos em capitais e regiões metropolitanas e pode reduzir os níveis de poluição em até 95%, dependendo do material lançado na atmosfera e da idade do motor em comparação aos tipos de diesel mais antigos, como S 500 e S 1800.
Nos propulsores novos, que seguem as normas de restrição de poluentes da fase 7 do Programa Nacional de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, baseadas nos parâmetros europeus Euro V, a redução de materiais particulados é de 80% e de óxidos nitrosos pode chegar a 98% em comparação às configurações mais antigas de diesel.
Essa redução, no entanto, só é possível nestes novos motores, que passam a ser obrigatórios em ônibus, caminhões e utilitários neste ano. Nos motores Euro III ou de tecnologias mais antigas, a redução de poluentes pode não passar de 15%, mas acaba tendo um impacto positivo mesmo assim.
De acordo com a Anfavea – Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores – existem com tecnologias antigas cerca de 2,3 milhões de automóveis a diesel, todos com os padrões Euro III para baixo. A estimativa da entidade que representa os fabricantes de veículos é que sejam vendidos entre 160 mil e 170 mil automóveis movidos a diesel em 2012.
Estes veículos já serão com o Padrão Proconve P 7 – Euro V, que necessitam de um sistema de recirculação de gases ou a adição de um fluido, o ARLA 32 – Agente Redutor Líquido, feito a base de 32% de uréia industrial, que se adicionado no sistema de escape provoca reações químicas que reduzem os poluentes. Os transportadores, tanto donos de utilitários, caminhões e ônibus, temem desabastecimento, ou seja, que faltem no mercado tanto o diesel S 50 como o ARLA 32.
Nem todos os postos de combustíveis ainda possuem bombas para o diesel S 50. A Petrobras disse que não há motivos para a preocupação e neste primeiro momento afasta a possibilidade de os ônibus e caminhões não contarem com o “novo diesel”. Parte do diesel S 50 era importada.
O Ministério de Minas e Energia declarou que no ano que v em, em 2013, o diesel deve ser mais limpo ainda, S 10, com 10 partículas, e que já trabalha nos ajustes de desenvolvimento do produto.
O diesel S 50 para todos ônibus, caminhões e demais comerciais já deveria ter sido comercializado desde 2009 por determinação do Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente, mas disputas judiciais atrasaram em três anos a entrada em vigor da comercialização do combustível. Quanto ao S 10 em 2013, não está descartada outra disputa judicial.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Ônibus Brasil
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