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sexta-feira, 29 de março de 2013

Vou de ônibus


O transporte rodoviário começa a roubar das companhias aéreas passageiros insatisfeitos com o preço das tarifas e a falta de estrutura dos aeroportos. O setor deve crescer acima do PIB neste ano.

Eram 16h10 da segunda-feira 18, quando o serviço de alto-falante do Terminal Tietê, na zona norte de São Paulo, informou o início do embarque para o Rio de Janeiro, na plataforma 8. Na fila de passageiros, estava o empresário carioca Fernando Lopes, 50 anos, que havia cumprido uma agenda de negócios na capital paulista. Com apenas uma mala de mão, ele encara a viagem de seis horas pela Rodovia Presidente Dutra a cada 15 dias, e nem cogita mais pegar a ponte aérea. “O trânsito no Rio para chegar ao aeroporto Santos Dumont é um inferno”, diz Lopes, que prefere dormir no ônibus durante a madrugada quando tem compromissos em São Paulo. Além disso, a diferença no valor das tarifas pesa em sua decisão. 

“Eu não consigo agendar a data com dois meses de antecedência para aproveitar as promoções das companhias aéreas.” De fato, se tivesse comprado o trecho Rio-São Paulo de avião com uma semana de antecedência, Lopes teria gasto pelo menos cinco vezes mais para ir e voltar (R$ 763, pela Avianca, ante R$ 141, pela Viação Cometa). Lopes é a ponta final de uma cadeia – da linha de montagem dos chassis até os terminais urbanos – que deve crescer bem mais do que os 3,5% previstos para o PIB neste ano. Enquanto as montadoras apostam numa alta de 4,5% da produção total de veículos, incluindo chassis de ônibus, as revendedoras projetam uma expansão de 15% nas receitas (veja tabela ao final da reportagem). 

Adeus, avião: o empresário Fernando Lopes trocou a ponte aérea Rio-São Paulo pelo ônibus leito. Créditos: Istoé Dinheiro - Acervo
 
 
Na segunda-feira, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou os dados da primeira quinzena de março, que mostraram um crescimento de 16,5% na comercialização de ônibus, em relação ao mesmo período de 2012. “Já sentimos uma migração de passageiros do aeroporto para a rodoviária”, diz Alarico Assumpção, presidente-executivo da Fenabrave. “E isso se reflete nas vendas.” Coincidência ou não, o último balanço da Agência Nacional de Aviação Civil trouxe uma surpresa desagradável para o setor aéreo. O mês de janeiro registrou queda na demanda por voos domésticos pela primeira vez em quase quatro anos. Diante de um cenário menos favorável, as companhias aéreas reavaliaram a oferta de assentos, cortaram custos e elevaram os preços dos bilhetes em 18,3% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE. 

O retorno de parte do público, que nos últimos anos tinha trocado o ônibus pelo avião, é apenas um de vários fatores que sustentam o otimismo do setor. Outro estímulo importante é o calendário eleitoral, pois, tradicionalmente, os novos prefeitos investem mais em transporte público no início dos mandatos. Além disso, há um enorme incentivo do BNDES para quem deseja ampliar a sua frota. “Os juros estão negativos”, diz Eronildo Santos, diretor de vendas de veículos da Scania do Brasil, se referindo ao fato de que a inflação anual, em torno de 6%, supera facilmente a taxa de juros nominal de 3% cobrada pelo banco estatal de fomento. “Isso está gerando um movimento de encomendas.” 
 
Santos ressalta que os ônibus brasileiros, principalmente os urbanos, são muito antigos, com idade média de 22 anos. Renovação constante de frota é uma regra na Viação Cometa, que possui mil veículos com idade média de quatro anos. De olho no retorno de clientes que haviam trocado a rodoviária pelo aeroporto, a empresa está adquirindo 170 novas unidades neste ano, com financiamento do BNDES. “O brasileiro gosta de cheirinho de ônibus novo”, diz Carlos Otávio Antunes, diretor-presidente da Viação Cometa. “Com serviço de qualidade e pontualidade, vamos fidelizar os clientes que viajavam de avião.” A meta da empresa é crescer 16% em relação ao ano passado, transportando 14 milhões de passageiros. 

As novas aquisições já virão com o motor Euro 5, cuja introdução foi um dos fatores responsáveis pela queda nas vendas de ônibus em 2012. Mais moderna – e mais cara –, a nova tecnologia fez com que muitas transportadoras antecipassem suas compras no fim de 2011, adquirindo os modelos antigos Euro 3. Esse movimento paralisou o mercado em 2012. “Ninguém queria ser o primeiro a usar o Euro 5 e ainda correr o risco de não encontrar o novo diesel”, afirma Antunes. O combustível é diferenciado, e nem toda a rede de abastecimento estava preparada no início da transição dos motores. O problema, entretanto, foi solucionado. Há ainda grandes eventos previstos no calendário nacional, que servem de estímulo para as empresas de transporte rodoviário. 
 
A Copa das Confederações, em junho, e a vinda do papa Francisco ao Rio de Janeiro, em julho, vão gerar a necessidade de transporte para milhões de pessoas neste ano. Com aeroportos saturados, as rodoviárias serão o destino obrigatório de muitos turistas em busca de conforto e pontualidade, dois itens considerados prioritários pelos passageiros, segundo pesquisa feita pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Espaço, por enquanto, não falta no maior terminal do País, o Tietê, que movimenta 11,5 milhões de passageiros por ano. A Socicam, empresa que administra o terminal, informa que esse volume representa apenas 30% da sua capacidade total. Por isso, crescer 5% neste ano, como prevê a Socicam, não será um problema. Os gargalos durante os eventos, se houver, serão nas estradas.



Istoé Dinheiro

segunda-feira, 25 de março de 2013

Busólogos se encontraram no final de semana em Caruaru

Durante a Semana Santa, Caruaru é um dos pontos estratégicos para quem vem a Pernambuco assistir o famoso espetáculo da Paixão de Cristo. A cidade é a maior no caminho para Nova Jerusalém, maior teatro ao ar livre do mundo, além de ser um polo de comércio e serviços. Centenas de ônibus se concentram na região todos os anos, trazendo os turistas para a encenação.

 Ônibus estacionados no Polo Caruaru. Créditos: Guto de Castro/Acervo

E em 2013 não foi diferente. A grande quantidade de ônibus de turismo espalhados pela cidade atraiu a atenção dos busólogos, que estiveram em Caruaru no último sábado (23). Os pontos escolhidos para realizar os registros fotográficos dos ônibus foram a famosa Feira de Caruaru, patrimônio imaterial da humanidade, e o Polo Comercial, que reúne diversos serviços.

Estiveram presentes admiradores de ônibus de Recife, Olinda, Maceió, além da própria Caruaru. O dia foi bastante produtivo, com diversos registros, indo desde os carros mais antigos, até os mais novos e modernos.

 Busólogos marcaram presença em Caruaru no sábado (23).

Já no domingo (24), os admiradores participaram de um encontro na garagem da empresa Capital do Agreste, uma das maiores de Caruaru. Além da visita, um city-tour agitou o encontro, pelas principais ruas e avenidas da cidade.

 Ônibus da Capital do Agreste no Alto do Moura, maior centro de artes figurativas das Américas.
Créditos: Joseph Soares/Acervo

Busólogos posam ao lado de ônibus da Capital do Agreste.

Nosso agradecimento aos busólogos caruaruenses, que organizaram o encontro e foram responsáveis pelo sucesso. Valeu, Bruno Henrique, Joseph Soares, Bóris Dimitri e Milson Venceslau!

Corredores de BRT serão modernos, mas não se integrarão

 Créditos: Governo de Pernambuco/Divulgação

Dois corredores de transporte de primeiro mundo, que se propõem a ser eficientes, rápidos, com ônibus confortáveis (Bus Rapid Transit – BRT), de alta capacidade e refrigerados. Quase 50 quilômetros de faixas prioritárias ao transporte público, inclusive em vias predominantemente tomadas por carros, e R$ 300 milhões de reais em investimentos. Mas com uma falha: a falta de integração. Os Corredores Leste-Oeste e Norte-Sul, a grande aposta de mobilidade do governo Eduardo Campos para a Copa do Mundo de 2014, não irão se integrar. Ou seja, para sair de um e acessar o outro o passageiro terá que pagar uma nova tarifa. Precisará até mesmo andar para trocar de corredor. Serão sistemas independentes. Embora se cruzem na Avenida Agamenon Magalhães.

A falta de integração não desmerece a qualidade dos projetos. Nem de longe, afirmam técnicos. Mas que faz falta, faz. Os passageiros que seguirem pelo Corredor Leste-Oeste, vindos da Avenida Caxangá, eixo principal do projeto, por exemplo, terão que descer na Praça do Derby, atravessar as vias e chegar à Agamenon Magalhães para acessar o Corredor Norte-Sul. A única opção de integração, pelo menos de acordo com a rede planejada, será pegar uma linha de BRT que integrará no terminal de Joana Bezerra, seguindo para outros destinos do Grande Recife. O mesmo acontecerá com o passageiro que fizer o percurso oposto: estiver usando o Norte-Sul e quiser entrar no Leste-Oeste.

Os técnicos do Grande Recife Consórcio de Transporte argumentam que existem outras formas de fazer a integração, a partir de um dos oito terminais integrados que irão compor os dois corredores (na verdade, cinco já existem). Mas incomoda saber que os dois corredores de BRT, que seguem a mesma proposta operacional, se encontrarão sem ter comunicação um com o outro. Nelson Menezes, presidente do Grande Recife Consórcio, explica a falta de integração, argumentando que, no momento, não existe viabilidade técnica. “Promover a integração entre os dois corredores é difícil tecnicamente. O Norte-Sul passa pelas pistas centrais da Agamenon, com estações sobre o canal. Já o Leste-Oeste cortará a avenida pelo centro de uma via, no caso pelo Derby. Qualquer intervenção no entorno da Praça do Derby é complicada porque exige diversas autorizações relacionadas com a preservação do patrimônio histórico. No futuro, poderemos encontrar uma solução. Mas agora não temos.”

No entendimento do Grande Recife Consórcio, a falta de integração entre os corredores não será um problema porque o principal destino dos usuários é o Centro do Recife, não a Agamenon Magalhães. “Nossas pesquisas de demanda apontaram que 60% das pessoas querem chegar à Avenida Cabugá. Sendo assim, estarão bem atendidas, já que o corredor vai até o TI Recife, integrado com o metrô”, explicou.

Menezes lembra, ainda, que os passageiros continuarão com as mesmas opções de linhas oferecidas atualmente, sendo agregado ganhos, como conforto e redução do tempo de viagem em 1h no percurso total.
César Cavalcanti, diretor regional da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), critica a falta de integração. “O motivo apresentado pelo Estado explica a falta de integração, mas não justifica. Mesmo que a demanda de passageiros pela Agamenon não seja tão alta. De fato, é difícil encontrar uma solução para aquele ponto, mas é possível. Principalmente atualmente. Quem sabe um terminal subterrâneo não seria uma opção? Em São Paulo, por exemplo, existem praças ocas, que possuem estacionamentos sob elas. Poderíamos adaptar a ideia para um terminal”, sugere o diretor e consultor em transporte.

AVENIDA CONDE DA BOA VISTA CONTINUA SENDO O GRANDE PROBLEMA

O comportamento dos BRTs na Avenida Conde da Boa Vista continua sendo o grande dilema do governo do Estado para operacionalizar o Corredor Leste-Oeste. Embora na gestão Eduardo Campos o Estado tenha redefinido o corredor de transporte apenas a partir do Derby, seguindo até Camaragibe, operacionalmente o sistema tem que chegar ao Centro do Recife. Ou seja, os BRTs precisam alcançar a Avenida Guararapes, ponto de retorno das linhas para a região Oeste, passando pela Avenida Conde da Boa Vista, alvo de muita polêmica desde que um corredor de ônibus, com estações centrais, foi implantado nela, há quatro anos.

O fato é que o projeto implantado ainda nas últimas gestões do PT à frente da capital terá que ser destruído ou, no mínimo, completamente alterado. Há a possibilidade, inclusive, de ser totalmente desfeito, o que deverá gerar mais polêmica, caso a população lembre que foram investidos R$ 15 milhões no projeto. Os técnicos do Grande Recife Consórcio de Transporte têm quebrado a cabeça há mais de um ano, discutindo possibilidades com a Prefeitura do Recife. Mas não há muito o que fazer. O BRT precisa de uma faixa única, exclusivamente dele, para conseguir ter velocidade comercial, além de estações próprias, que permitam ao passageiro pagar a passagem ainda na estação e embarcar no mesmo nível do piso do ônibus.

“Precisamos manter essas características, caso contrário o sistema perderá o ganho que teve anteriormente, ao longo do corredor. Por isso, pelo menos por enquanto, a solução que encontramos é usar veículos de BRT com porta também do lado direito, para que, ao entrar na Conde da Boa Vista, eles possam usar as paradas existentes enquanto promovemos a reforma para transformar a avenida num corredor de BRT”, explica Nelson Menezes.

JC Online

Serviço que informa horário dos ônibus vai voltar, só que sem os SMS

 Créditos: Maiara Melo/JC Imagem

Há exatamente um ano, o governo lançava uma ferramenta que prometia facilitar a vida dos usuários de transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR): o Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação (Simop). “Uma data que eu não gosto nem de lembrar”, lamenta o diretor-presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Nelson Menezes. O serviço, que deveria informar os horários de chegada e saída dos coletivos em TVs LCD instaladas nos Terminais Integrados (TI) e por SMS, funcionou por apenas 18 dias, até apresentar diversas falhas e ser suspenso. Um novo projeto que, de acordo com Nelson, é mais moderno, foi criado para tentar apagar as falhas do passado. A licitação será publicada no próximo mês, mas todos os ônibus só estarão equipados com o sistema em 2014. O investimento é de cerca de R$ 5,5 milhões e será pago em cinco anos.

Seis empresas internacionais foram consultadas, porque, segundo Nelson Menezes, nenhuma firma nacional pode atender a essa nova proposta. “Todas já estiveram aqui, no Recife, tirando dúvidas. Agora, estamos aguardando que elas enviem algumas cotações, para fazermos a licitação”, explicou. As três empresas que participaram do antigo projeto (Citatti, Cercap e MidiaVox) foram multadas no valor de R$ 400 mil.

O antigo pacote de medidas monitorava em tempo real a localização dos três mil ônibus da frota do Grande Recife, que foram equipados com GPS. A informação era enviada para os painéis informativos, que até então só tinham sido instalados em nove dos 14 terminais; e por SMS, para os usuários cadastrados, ao custo de R$ 0,31 mais impostos, por mensagem. “Antes, era mais um rastreamento. Agora, vamos ter, além do GPS, um equipamento que entra em contato com motorista, avisando os detalhes da linha dele, se está atrasado, adiantado e também informando sobre engarrafamentos. É como se estivéssemos saindo de um modem e indo para um computador embarcado”, afirmou Nelson.

O novo projeto prevê, ainda, a padronização dos equipamentos, o que evitaria a repetição das falhas. “Antes, cada empresa tinha o seu GPS e nós contratamos o sistema. Agora, vamos contratar, inclusive, o equipamento de bordo do ônibus.” Além disso, o novo sistema fará um planejamento, orientando como melhorar o transporte, através da coleta de dados acumulados durante as viagens. “Essa é a grande diferença entre a antiga e a nova proposta. Agora, é rastreamento e controle”, ressaltou o presidente.

Mas há diferença maior. O serviço de informação via torpedo, possivelmente, não existirá mais. “Vamos partir para smartphones, nos quais as pessoas vão consultar essas informações via internet.” Quem não tem acesso à tecnologia móvel, ficará sem o serviço. “Nós fizemos pesquisas. O único lugar que oferece esta opção é o município de Goiânia (GO), e quase não é usado. Hoje é mais barato ter um plano de internet do que mandar SMS. E como o sistema só ficará pronto no fim do ano, o torpedo vai estar fora de moda”, insistiu.

O sistema será instalado, primeiramente, como teste nos 200 BRTs que funcionarão no corredor Leste-Oeste, em janeiro do ano que vem. Depois, todos os outros ônibus receberão o equipamento em até um ano, ou seja, o projeto só será concluído no fim de 2014.

JC Online

sábado, 23 de março de 2013

Onde Está Você: Visconde 080 e Norte Sul 6316


Hoje é sábado, dia da tradicional coluna "Onde Está Você". Aqui vamos descobrir o paradeiro de mais uma dupla de ônibus que circularam pelas ruas e estradas pernambucanas.

O primeiro personagem de hoje é um Ciferal Citmax, chassi Volksbus 15-180 EOD. Ele foi adquirido em 2006 pela Norte Sul, empresa que fazia linhas entre o Recife e cidades da Zona da Mata Sul, como Escada e Ribeirão. Seu prefixo era 6316.

 Créditos: Clemilton Rodrigues/Ônibus Brasil

O 6316 ficou na empresa até o seu fechamento, em dezembro de 2011. Depois, foi transferido para Caruaru, onde passou a operar na empresa Capital do Agreste, do mesmo grupo da Norte Sul. Na terra de Vitalino ganhou o prefixo 608, e rodou como carro provisório, ganhando uma pintura diferenciada, onde predominava o branco.

 Créditos: Milson Venceslau/Ônibus Brasil

Em meados de 2012, ele deixa a Capital do Agreste e vai para Petrolina, onde passa a operar em uma nova empresa do grupo: a Viva Petrolina. Lá ganhou o prefixo 7611, e está na empresa até hoje.

Veja como está o 6316 atualmente:

 Créditos: Kennedy Silva/Ônibus Brasil

Já o segundo personagem da nossa série hoje também é um Ciferal Citmax, porém de chassi Volkswagen 17-210 EOD. Ele chegou em 2004 para a empresa Visconde, de Caruaru, onde ganhou o prefixo 080. Operou na linha que liga o famoso Polo Comercial da cidade ao centro.

 Créditos: Johmo Moreno/Ônibus Brasil

Em 2012, com a chegada de carros seminovos, o 080 é aposentado. Ele passa a operar em outra empresa caruaruense, a Ircostral, ganhando o prefixo 045. Veja como está ele hoje:

Créditos: Milson Venceslau/Ônibus Brasil

sexta-feira, 22 de março de 2013

Caruaru: Mobilidade no Centro

Em reunião com a diretoria da CDL de Caruaru, prefeitura apresentou projetos que estão sendo desenvolvidos para melhorar a trafegabilidade, a exemplo do BRT (Bus Rapid Transit).

Créditos: Diário de Pernambuco/Acervo

O prefeito José Queiroz recebeu, na manhã da última terça-feira (12), a diretoria da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). Os empresários entregaram um documento com sugestões para facilitar a mobilidade no centro da cidade. Na ocasião, o chefe do Executivo também apresentou projetos que estão sendo desenvolvidos pela prefeitura para melhorar a trafegabilidade, a exemplo do BRT (Bus Rapid Transit).

Em relação às calçadas, o prefeito propôs uma parceria com a CDL. Enquanto a prefeitura cuida da desobstrução, a CDL poderia encabeçar uma campanha educativa nos meios de comunicação para conscientizar a população sobre a necessidade de tornar as calçadas um bem-estar coletivo.

Outro ponto discutido foi a necessidade de ampliação dos estacionamentos em Caruaru. José Queiroz lembrou que a prefeitura oferece incentivos para a construção de estacionamentos verticais. "Os empresários da nossa cidade devem perceber esse potencial. São equipamentos fáceis de operar e com grande demanda", disse. O prefeito também destacou que a Destra está estudando a implantação de novas placas e câmeras no município.

BRT
Na última semana, Caruaru foi contemplada com R$ 250 milhões para a construção do BRT (Bus Rapid Transit). Trata-se da primeira grande obra de mobilidade urbana, que será construída com recursos do Governo Federal, por meio do PAC 2.

O BRT, que atenderá cerca de 40 mil pessoas por hora, abrange corredores exclusivos para ônibus, estações de pré-embarque confortáveis e modernas, integração e tecnologia a favor dos usuários de transporte público. Dos R$ 250 milhões, R$ 150 milhões serão destinados para o ramal Leste/Oeste e R$ 100 milhões para a pavimentação de ruas e avenidas.

Segundo a prefeitura, o corredor Leste/Oeste será do bairro das Rendeiras até o Alto do Moura, atravessando, dessa forma, toda a cidade. Nos principais pontos que o BRT cortará a cidade, haverá estações confortáveis e modernas. "A cada 800 a mil metros, essas estações receberão os usuários e eles terão que pagar um bilhete e apenas apresentá-lo ao entrar no ônibus", explicou o secretário de Projetos Especiais, Paulo Cassudé.

Outra novidade será a tecnologia utilizada a favor do usuário do transporte público. Como em um metrô, o passageiro disporá de informações de forma eletrônica dos horários de chegadas e partidas dos ônibus.
De acordo com Cassudé, o primeiro passo foi dado, mas há um caminho um pouco longo para percorrer.

"Essa primeira etapa foi concluída e com muito empenho por parte do deputado federal Wolney Queiroz (PDT) e do prefeito José Queiroz, ao conseguirem alocar esses recursos. Agora temos pela frente cerca de 14 meses para o início das obras. Nesses três primeiros meses vamos ter que apresentar documentos ao Ministério das Cidades e iniciar os processos licitatórios do projeto e, posteriormente, da obra", informou.

CICLOVIA
Paralela ao BRT, haverá também uma faixa exclusiva para quem decidir ir ao trabalho ou ao colégio de bicicleta. Além disso, haverá um calçadão para quem prefere se deslocar a pé. "Caruaru dá um salto de modernidade e se prepara para se tornar uma grande cidade. Vamos atacar todas as modalidades de mobilidade existentes. Serão beneficiados o pedestre, o ciclista e o transporte público de passageiro de qualidade. Isso será uma nova visão urbanística e de entendimento do que será Caruaru daqui por diante", finalizou Cassudé.

Jornal Vanguarda

Governo do Estado vai premiar com ônibus os municípios com melhores desempenhos no Ideb

 Créditos: Guto de Castro/Acervo

Os municípios pernambucanos que obtiverem o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) serão premiados pelo Governo do Estado.

Será entregue um ônibus para transporte escolar rural ao município que obtiver, em 2013, o maior Ideb, aferido pelo INEP/MEC. Além disso, os professores efetivos que integrem a rede de ensino desses municípios também ganharão um tablet.

A Secretaria de Educação do Estado (SEE) destaca que a concessão da premiação terá como referência os resultados obtidos no ano letivo de 2013 e que é condição essencial, para a concessão das premiações, a assinatura prévia dos municípios contemplados ao termo de adesão ao Programa Estadual de Transporte Escolar (Pete).

Jornal Extra

MVC cria conceito de produção de carrocerias

Chamado Projeto Sofia, o método propicia redução em até 40% do peso e 15% do custo

Créditos: MVC/Divulgação
 
Um novo conceito em produção de carrocerias foi apresentado pela MVC no Simpósio Mundial de RTM e Infusão, realizado em Saint-Avold, na França. Chamado de Projeto Sofia, ele utiliza diferentes materiais e processos combinados, que propiciam redução de peso entre 30% e 40% na comparação com o sistema tradicional de fabricação de carrocerias.

O método será aplicado na produção de carrocerias de ônibus, automóveis, vagões de trem, vans, caminhões frigoríficos, trailers e furgões. Segundo a MVC, o projeto Sofia é 100% desenvolvido com plástico de engenharia e o produto final é um kit que pode ser montado em poucas horas e sem grandes investimentos em ferramental e meios de produção.

O diretor da empresa, Gilmar Lima, cita a aplicação de materiais revolucionários e processos combinados, com destaque para os novos RTM-T e RTM-TS, utilizados nos principais componentes estruturais da carroceria. Além do menor peso, a empresa cita como vantagens a redução de custo em até 15%, desempenho superior em resistência, durabilidade, melhor qualidade no acabamento superficial e simplicidade. A MVC não menciona, contudo, quando o conceito será empregado.  

Automotive Business

quinta-feira, 21 de março de 2013

Prioridade tem que ser o transporte público. Chega de promessas midiáticas

 Créditos: Guga Mattos/JC Imagem

Com todo respeito que merecem os ciclistas, mas o governo de Pernambuco e Prefeitura do Recife erram quando atribuem ao usuário da bicicleta prioridade que ele não tem, especialmente se comparado aos principais meios de transporte de massa. Não porque ele não seja importante, mas por que nem o Estado, nem a Prefeitura do Recife possuem, hoje, informações consistentes como um estudo de demanda sério ou fluxo real do ciclista na região metropolitana. Ou mesmo um perfil do trabalhador que, de fato, usa a bicicleta para ir trabalhar.

É importante advertir: isso não torna o ciclista menos importante no trânsito. Mas é preciso não esquecer que se alguma prioridade tiver quer ser dada ao transporte de massa, ela tem que começar pelo usuário de ônibus e do metrô. Juntos, eles transportam dois milhões de pessoas por dia e, portanto, devem ser o foco das decisões estratégicas que até agora não saíram do papel, das promessas e das obras inconclusas.

É importante ter ciclofaixas? É! Mas é mais importante dar prioridade ao ônibus. É importante prestigiar quem usa a bicicleta para ir ao trabalho? É! Mas é estratégico que prefeitura e Estado cuidem de gerenciar melhor o Sistema de Transporte Público de Passageiros para que a cidade deixe de ser, por exemplo, um estacionamento gratuito onde o ônibus roda em baixa velocidade porque no corredor tem uma fila de carros que desmoralizou até a faixa amarela. Portanto, é preciso dosar certo as prioridades. Passageiro e ciclista, na verdade, são hoje vítimas da falta de respeito do carro que, na prática, virou a prioridade um da cidade.

Fernando Castilho

Jornal do Commercio

Biblioteca pública fecha por falta de patrocínio

Primeira biblioteca pública instalada em um terminal de ônibus, o Pelópidas Silveira, em Paulista, encerrou as operações desde o final do ano passado.

 Créditos: Juliana Leitão/Diário de Pernambuco

O acesso democratizado à cultura, ao entretenimento e à educação é sempre lembrado como pilar importante na construção de uma sociedade mais justa. Algumas iniciativas, como a criação de bibliotecas públicas compactas em locais com grande fluxo de pessoas, como estações de metrô, seguem nessa direção. O fechamento de um desses projetos, o Leitura Integrada, localizado no Terminal Pelópidas Silveira, em Paulista, preocupou internauta que registrou sua queixa no Cidadão Repórter, fórum colaborativo do Pernambuco.com, a fim de entender os motivos para a paralisação dos serviços.

José Alexandre Carneiro, de 45 anos, trabalha como segurança e passa frequentemente pelo terminal de passageiros. Lá, costumava locar livros variados três a quatro vezes por mês. “Pegava todo tipo de livro, especialmente sobre a história do Brasil e sobre as coisas de antigamente. Me tornei sócio, porque eles tinham ótimos livros, obras de bons autores”. O Terminal integrado de passageiros Pelópidas Silveira foi o primeiro do país a receber uma biblioteca pública, inaugurada em 2010. A ação foi realizada em conjunto pelo Grande Recife Consórcio de Transporte, a Fundação Gilberto Freyre e o Instituto Brasil Leitor (IBL).

O segurança conta que no início de dezembro foi à biblioteca devolver um exemplar e lá foi informado que não poderia retirar outro. “Até achei que poderia ser algo temporário, férias dos funcionários ou algo assim. Mas das outras vezes que fui, continuava fechado. Depois vi que os adesivos com os nomes dos grupos responsáveis pela biblioteca tinham sido removidos”. José afirma lamentar o fechamento, pois usufruía do conteúdo do local e pretendia levar sua filha para se cadastrar também. “É essencial para a nossa cultura e educação que existam programas como esse. É uma pena que se acabem, porque é muito importante pra gente”. O acervo da biblioteca possuía autores clássicos e variados como Gilberto Freyre, Machado de Assis e Fernando Pessoa, além de livros de história, sociologia, filosofia e matemática.

Iniciativa semelhante pode ser encontrada na Estação de Metrô Recife, no bairro de São José, em funcionamento há sete anos. Com o Projeto Leitura nos Trilhos, os passageiros do transporte público podem retirar livros, podendo permanecer com o exemplar por até 10 dias e renová-lo se o tempo não for suficiente para finalizar a leitura. A biblioteca foi fechada por cerca de um ano por falta de patrocínio, sendo reinaugurada em 2011. Para realizar o cadastro no projeto, é necessário a presença de original e cópia do documento de identidade, comprovante de residência, CPF, além de foto 3x4. O Leitura Nos Trilhos continua em funcionamento e é gratuito.

Em nota, o Grande Recife Consórcio de Transporte informa que o convênio de cooperação entre a Fundação Gilberto Freyre o Instituto Brasil Leitor está vencido, por isso o término das atividades. No entanto, o Consórcio acrescenta que existe diálogo entre as instituições em busca de interesse para renovação de contrato. O Instituto Brasil Leitor também afirmou, em nota, que o término das operações da biblioteca se deu por conta da falta de patrocínio, essencial para seu funcionamento.


Diário de Pernambuco

Brasileiros gastam cinco vezes mais com transporte privado que público

Brasileiros gastam em média 15,23% da renda com transporte, diz Ipea. Pesquisa foi feita com base em dados do IBGE. 

 Créditos: Observatório do Recife/Acervo

Moradores de áreas urbanas brasileiras comprometem, em média, 15,23% de sua renda com transporte urbano, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Isso equivale a um gasto de R$ 544,08 em uma família com renda média de R$ 3.571,38.

De acordo com o levantamento, o aumento da renda dos brasileiros nos últimos anos levou a um maior gasto com transporte privado ou individual (carro e moto particulares, por exemplo). As despesas nesse tipo de transporte são, em média, de R$ 451,56, o que equivale a 12,65% da renda média familiar, valor cinco vezes maior que o gasto com transporte público (R$ 92,22 ou 2,58% da renda familiar).

O estudo considera despesa com transporte particular a aquisição de veículos, manutenção, combustível, documentação e seguro, além de gasto com estacionamento e pedágio. Já os gastos com transporte público incluem aqueles com passagem de ônibus (urbanos ou metropolitanos e fretamento), transporte alternativo (vans e peruas), táxi e mototaxi, transporte escolar, transporte ferroviário e hidroviário.

O levantamento foi feito com base em dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009.

G1

 

quarta-feira, 20 de março de 2013

Falta de Mobilidade também amplia desigualdade social

Camada mais pobre da população é ainda a que mais sofre com problemas de mobilidade urbana. Estudo do Ipea revela que investimentos em transportes públicos devem ser constantes.


Créditos: Blog Acerto de Contas/Acervo

Quando se fala em justiça social, logo se pensa em cidades com menos desigualdades, tanto financeiras, como de oportunidades e de condições de vida. São vários os fatores que ainda fazem o Brasil ser um país desigual: diferença na renda entre trabalhadores inclusive os da mesma profissão, preconceitos raciais, falta de oportunidades de educação acadêmica e qualificação profissional para toda a população, assistencialismo em vez de criação de condições para as pessoas gerarem sua própria renda e também, logicamente, a corrupção que literalmente usurpa recursos que seriam usados para os serviços básicos para o brasileiro.

O que muitos não discutem, e que é fundamental, é que a falta de mobilidade urbana e de investimentos em transportes públicos ajuda a ampliar o abismo ainda existente na qualidade de vida entre os que possuem mais e os que possuem menos renda.

Estudo do Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgado nesta terça-feira dia 12 de março de 2013, revela que a população de menor renda é ainda a que mais sofre com os problemas de mobilidade urbana, o que indica que a maioria dos investimentos em vias e transportes continua destinada para servir uma minoria da população mais privilegiada que possui mais automóveis e condições de morar mais perto de onde trabalha.

De acordo com o estudo, ao qual este jornalista teve acesso, “Na média das áreas metropolitanas analisadas, os mais pobres gastam quase 20% a mais de tempo do que os mais ricos se deslocando para o local de trabalho. Ainda, 19% dos mais pobres fazem viagens com duração acima de uma hora (somente trajeto de ida), enquanto esta proporção entre os mais ricos é de apenas 11%. Estes resultados reforçam os achados de estudos anteriores de que, em geral, a população de mais baixa renda tende a ser mais vulnerável às desvantagens no transporte urbano”

É verdade, no entanto, que a diferença entre os ricos e pobres no trânsito têm diminuído de uma maneira geral no País. De 1992 a 2009, o tempo de deslocamento entre os mais pobres subiu 4% e para os mais ricos, a alta foi de 15%.

No entanto, não há de se negar que as cidades ainda têm concentrado os investimentos para os que possuem maior renda. A maior parte das ampliações viárias, a concentração de linhas de metrô e todas as intervenções de infraestrutura ainda são mais evidentes nas regiões centrais que nas periferias.

E quando se fala em desigualdade no tempo de viagem entre os mais ricos e mais pobres, não se pode pensar apenas nas horas que as pessoas passam no trânsito e sim, no que elas poderiam fazer se não estivessem nos congestionamentos. Este aspecto mostra o quanto os investimentos em transportes públicos são essenciais para que as pessoas com menos condições possam ter acesso a novas oportunidades.

Muitos só trabalham e não estudam não porque simplesmente não há escola. Mas porque não sobra tempo para estudar. Muitas famílias cujo pai e cuja mãe têm de trabalhar para o sustento da casa não podem acompanhar adequadamente o crescimento dos filhos pela falta de tempo.

Muita gente deixa de fazer um acompanhamento médico correto não apenas porque não tem vagas nos hospitais, mas porque é difícil chegar às unidades de saúde de referência. O estudo é de Rafael Pereira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, em parceria com Tim Schwanen, da Universidade de Oxford, e leva em consideração dados de 10 capitais brasileiras e mais 20 grandes cidades do mundo.

Outra conclusão do levantamento é que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro figuram respectivamente na segunda e na terceira posição no ranking de onde as pessoas demoram mais tempo para deslocarem só na ida de casa para o trabalho.

Entre as dez cidades do mundo nas quais as pessoas ficam mais tempo no trânsito estão, de acordo com a pesquisa:

1º) Xangai – 50,4 minutos
2º) São Paulo – 42,76 minutos
3º) Rio de Janeiro – 42,58 minutos
4º) Londres – 37 minutos
5º) Estocolmo – 35 minutos
6º) Recife – 34,88 minutos
7º) Nova Iorque – 34,6 minutos
8º) Tóquio – 34,5 minutos
9º) Salvador – 33,91 minutos
10º) Paris – 33,7 minutos

O estudo não analisa dados de agora, mas da evolução da situação de transportes e deslocamentos destas cidades. Para os municípios brasileiros, o levantamento levou em conta informações coletadas desde 1992 da Pnad – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

E esta evolução de dados mostra resultados bastante interessantes. Em praticamente todas as regiões metropolitanas brasileiras houve aumento do tempo de deslocamento. Mas onde foram realizados investimentos em transportes coletivos, estes aumentos foram contidos e em diversos momentos, houve até redução.

Mas exemplos de cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba mostram que os investimentos em transportes públicos devem ser constantes. Não basta inaugurar uma obra e pronto. O transporte sempre deve crescer junto com as necessidades da cidade.

De acordo com a pesquisa, em vários anos o percentual de pessoas que demoram mais de uma hora para se deslocarem no Rio de Janeiro caiu fruto de investimentos em obras viárias, no metrô e no sistema de ônibus, mas à medida que estes investimentos diminuíam, voltavam a aumentar o os tempos de deslocamentos.

Diferentemente do que ocorreu em Minas Gerais, São Paulo e na maior parte do Norte e Nordeste, em cidades do Sul do País, em duas décadas o tempo de deslocamento dos cidadãos ficou praticamente estável, mesmo com crescimento populacional. E segundo o estudo que é fruto de uma parceria internacional, o motivo de as viagens não se tornarem mais demoradas foi a atenção maior ao transporte público.

“As exceções a essa tendência (de alta no tempo de deslocamento) são as RMs (Regiões Metropolitanas) de Porto Alegre e Curitiba, que têm apresentado uma tendência praticamente estável ao longo de todo o período. Possivelmente, esta estabilidade se já decorrente de um controle mais bem-sucedido da expansão urbana e de sistemas de transporte público mais eficientes nestas áreas”.

Assim, mostra o estudo, o transporte coletivo não é só um meio de garantir a mobilidade urbana, mas também a justiça social e contribuir para a igualdade de oportunidades.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

Vendas de ônibus crescem em março

Vendas de ônibus crescem em março. Número foi maior também em relação ao mesmo mês do ano passado, quando ainda podiam ser vendidos ônibus com tecnologia Euro III, mais barata.

Créditos: Eugênio Ilzo da Silva/Ônibus Brasil
Edição: Samuel Junior

A primeira quinzena de março pode ser considerada um sinal do que o mercado de ônibus espera: um 2013 positivo com maior produção e venda, inclusive superando o ano de 2011 que foi recorde histórico. A alta na venda de ônibus nesta primeira quinzena em relação a primeira quinzena de fevereiro foi de 6%. Já na comparação com a primeira quinzena de março do ano passado, a alta é ainda maior: 16,55%.

Os dados foram revelados nesta segunda-feira, dia 18 de março de 2013, pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Nos primeiros quinze dias de março foram vendidos 1 768 ônibus, contra 1 668 da primeira quinzena de fevereiro e 1 517 da primeira metade de março do ano passado.

Os números são vistos com otimismo não por serem positivos somente, mas porque comparam este ano com as vendas de março do ano passado, que não estavam desaquecidas porque ainda existiam unidades da tecnologia de redução de poluição Euro III, que era mais barata. Atualmente, está em vigor a tecnologia Euro V, que possibilita reduções maiores de emissão de poluição. Assim não é errado dizer que nesta quinzena foram vendidos mais ônibus e ônibus mais caros.

No entanto, no acumulado entre janeiro e primeira quinzena de março deste ano, o número de vendas é menor em comparação ao mesmo período do ano passado, mas só um pouco. Em 2013 foram comercializados 6 817 ônibus contra 6 873 veículos de transporte coletivo em igual período de 2012, o que significa queda de 0,81%.

O segmento de caminhões também registou números positivos. Na comparação entre a primeira quinzena deste mês e o período de fevereiro, a alta na venda de caminhões foi de 7,85% e diante da primeira quinzena de março do ano passado, a alta foi de 6,11%. Nos primeiros quinze dias de março deste ano, foram vendidos 6 857 caminhões ante 6 358 de fevereiro e 6 462 dos primeiros quinze dias de março do ano passado. Os números são positivos, pois o mercado de caminhões, a exemplo dos ônibus, passou pela mesma realidade de mercado da transição do Euro III para Euro V.

Já o segmento de veículos leves, que inclui carros de passeio e comerciais leves, registrou queda de 2,77% nesta primeira quinzena em relação a de fevereiro e alta de 4,59% diante dos quinze primeiros dias de 2012.
Foram vendidos nesta quinzena 139 008 carros leves.

MARCAS:
A Mercedes Benz continua na liderança entre as marcas de ônibus emplacadas, mas a diferença com a segunda colocada, que é a Volkswagen / MAN, caiu. Os dados se referem às vendas da primeira quinzena de março

1º) MERCEDES BENZ – 606 unidades – 34,28% de mercado
2º) VOLKSWAGEN/MAN – 533 unidades – 30,15% de mercado
3º) MARCOPOLO (miniônibus da Volare) – 447 unidades – 25,28% de mercado
4º) IVECO: 65 unidades – 3,68% de mercado
5º) VOLVO: 64 unidades – 3,62% de mercado
6º) SCANIA: 25 unidades – 1,41% de participação no mercado
7º) AGRALE: 22 unidades – 1,24% de mercado

CATEGORIAS:
Entre os tipos de ônibus, em março o mercado seguiu a mesma trajetória desde o início do ano, com poucas variações no ranking de modelos:

MINI OU MICRO ÔNIBUS:
1º M.BENZ /SPRINTER 415 – 98 unidades – 33,68% de participação no mercado
2º MARCOPOLO/MARCOPOLO/VOLARE W9 ON – 47 unidades – 16,15% de participação no mercado
3º MARCOPOLO/MARCOPOLO/VOLARE V8 ON – 27 – unidades – 9,28% de participação no mercado
4º MARCOPOLO/MARCOPOLO/VOLAREW8 – 17 unidades – 5,84% de participação no mercado
5º VW /VW/MPOLO SENIOR ON – 15 unidades – 5,15% de participação no mercado
6º MARCOPOLO/MARCOPOLO/VOLARE DW9 – 14 unidades – 4,81% de participação no mercado
7º VW /NEOBUS THUNDER – 14 unidades – 4,81% – de participação no mercado
8º M.BENZ /M.BENZ/MPOLO SENIOR ON- 10 unidades – 3,44% de participação no mercado
9º MARCOPOLO/MARCOPOLO/VOLARE V6 ESC – 9 unidades- 3,09% de participação no mercado
10º M.BENZ /M.BENZ/INDUSCAR FOZ U – 07 unidades 2,41% de participação no mercado

ÔNIBUS MIDI:
1º M.BENZ /M.BENZ/MASCA GRANMIDI O – 8 unidades – 44,44% de participação no mercado
2º AGRALE /AGRALE/MASCA GRAN MIDI U – 2 unidades – 11,11% de participação no mercado
3º VW /VW/MPOLO SEN MIDI E – 2 unidades – 11,11% de participação no mercado
4º VW /VW/MPOLO SEN MIDI ON 1 unidade 5,56% de participação no mercado
5º VW /VW/INDUSCAR FOZ VWOD 1 unidade – 5,56% de participação no mercado
6º VW /VW/INDUSCAR FOZ U 1 unidade – 5,56% de participação no mercado
7º M.BENZ /M.BENZ/MASCA VMIDI 1722O – 1 unidade – 5,56% de participação no mercado
8º AGRALE /AGRALE/MPOLO IDEALE R – 1 unidade – 5,56% de participação no mercado
9º AGRALE /AGRALE/MA150 NEOBUS SPEC – 1 unidade – 5,56% de participação no mercado

ÔNIBUS URBANO:
1º VW /VW/15.190 EOD E.S.ORE – 149 unidades – 24,39% de participação no mercado
2º M.BENZ /M.BENZ/INDUSCAR APACHE U – 138 unidades – 22,59% de participação no mercado
3º VW /VW/15.190 EOD E.HD ORE – 132 unidades – 21,60% de participação no mercado
4º M.BENZ /M.BENZ/MPOLO TORINO U – 82 unidades 13,42% de participação no mercado
5º VW /VW/17230EOD NEOBUS MEGA – 16 unidades – 2,62% de participação no mercado
6º VW /VW/MPOLO TORINO U – 16 unidades – 2,62% de participação no mercado
7º VOLVO/COMIL SVELTO U – 14 unidades – 2,29% de participação no mercado
8º VW /VW/15.190 EOD ESCOLAR HD – 12 unidades – 1,96% de participação no mercado
9º VW /VW/MASCA GRANVIA E O- 12 unidades – 1,96% de participação no mercado
10º VW /VW/17230EOD NEOBUS SPEC – 9 unidades – 1,47% de participação no mercado

ÔNIBUS RODOVIÁRIO:
1º M.BENZ /M.BENZ/MPOLO IDEALE R – 88 unidades – 28,12% de participação no mercado
2º M.BENZ /MPOLO PARADISO R – 44 unidades – 14,06% de participação no mercado
3º M.BENZ /MPOLO VIAGGIO R – 36 unidades – 11,50% de participação no mercado
4º VW /VW/MASCA ROMA – 30 unidades – 9,58% de participação no mercado
5º M.BENZ /COMIL CAMPIONE R – 27 unidades – 8,63% de participação no mercado
6º VOLVO/MPOLO PARADISO R – 21 unidades – 6,71% de participação no mercado
7º VW /VW/MPOLO IDEALE R – 15 unidades – 4,79% de participação no mercado
8º SCANIA /MPOLO PARADISO R – 13 unidades – 4,15% de participação no mercado
9º VOLVO/MPOLO VIAGGIO R – 6 – unidades – 1,92% de participação no mercado
10º SCANIA /SCANIA/IRIZAR PB R – 5 unidades – 1,60% de participação no mercado

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

Empresário cria site que compara e vende passagens de ônibus no país

Sistema é semelhante aos que já existem para bilhetes aéreos. Foco é em turista estrangeiro, que tem dificuldade para comprar pela web. 

Créditos: Brasil By Bus/Divulgação

Quem vai viajar de avião conta hoje com diversos sites onde é possível comparar preços de diversas companhias e comprar passagens sem sair de casa. Um administrador brasileiro desenvolveu um sistema semelhante, mas voltado para outro meio de transporte que é muito mais off-line no país: o ônibus.

Disponível em português, espanhol e inglês, o site Brasil by Bus  permite comprar bilhetes para 3 mil destinos do país. Desde novembro, quando foi lançado, ele já teve mais de 100 mil acessos. Até agora, são 30 empresas cadastradas.

O processo é parecido ao que se usa para comprar passagens aéreas: o usuário coloca a rodoviária de origem e a de destino, além do dia e do horário da viagem, e recebe uma lista com as empresas que viajam naquele trecho, os tipos de ônibus disponíveis e os preços.

A compra pode ser feita pelo próprio site, usando o sistema de pagamento PayPal ou cartões de crédito nacionais e internacionais.

Para o idealizador do empreendimento, o administrador Breno Moraes, a possibilidade de pagar com cartão estrangeiro é o grande diferencial do sistema. “Hoje, as empresas de ônibus que vendem pela internet só aceitam compras com cartão nacional e exigem que a pessoa tenha um CPF. Por isso, a única opção para o turista estrangeiro até agora era ir até o guichê da rodoviária”, afirma ele, que tem mais dois sócios na companhia.

“Em muitos albergues, a recepcionista acaba pagando com o cartão de crédito dela, para que o turista, que já tem tempo limitado, não precise perder a tarde inteira indo para a rodoviária”, conta. Atualmente, 40% dos usuários que compram pelo site são de fora do país.

Além da área de compra de bilhetes, o site também tem uma seção de conteúdo, com dicas sobre destinos e viagens nesse meio de transporte.

Taxa
O Brasil By Bus cobra do cliente uma taxa para cada venda, que varia de acordo com o valor do bilhete – em geral, fica em torno de 10%. Como o mercado rodoviário não usa leitor ótico, a pessoa precisa pegar o voucher no guichê da empresa, logo antes da viagem.

Por enquanto, todas as cadastradas no Brasil By Bus são empresas que já possuem seu próprio sistema de vendas online. A ideia é incluir no futuro também aquelas que não ofereçam essa possibilidade. “Estamos procurando essas empresas para ver como faremos essa integração, que é mais complexa”, diz Breno.

Inspiração na Índia
Breno teve a ideia de criar a empresa quando saiu de seu emprego na área de marketing de uma multinacional americana para fazer uma viagem pelo mundo, em 2011.

Nesse “mochilão”, ele passou três meses na Índia e planejou boa parte dos deslocamentos no país usando portais de reservas de passagens de ônibus e de trem. “Aqui no Brasil boa parte das empresas não tem nem venda pela internet. Vi que havia uma lacuna e voltei com isso na cabeça”, afirma.

Apesar de muitos empresários estarem de olho no crescente número de consumidores que passaram a viajar de avião no Brasil, Breno afirma que o mercado rodoviário também está em crescimento. Para ele, o ônibus não é apenas opção para trechos que não são ligados por rotas aéreas. “Muitos estrangeiros, quando veem o preço do aéreo, acabam procurando alternativas. E tem gente que prefere viajar de ônibus para poder apreciar a paisagem, o caminho entre uma cidade e outra”, afirma.

De novembro até agora, foram vendidos cerca de 5 mil bilhetes pelo Brasil by Bus. A expectativa de Breno é vender mais de 300 mil somente neste ano.

G1

terça-feira, 19 de março de 2013

Tamanduá é encontrado em terminal de passageiros em Paulista, PE

Animal foi encontrando por funcionários na noite da segunda-feira (18). Tamanduá será avaliado por veterinários antes de ser devolvido à natureza.

Créditos: Globo Nordeste/Reprodução

Um tamanduá foi encontrado na noite de segunda-feira (18) no Terminal de Integração Pelópidas Silveira, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, por funcionários do local. Na manhã desta terça-feira (19), uma equipe da Companhia de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) foi ao local para resgatar o animal, que havia sido mantido dentro do prédio da caixa d'água, para que não fosse atropelado.

O sargento do Cipoma, Ximenes José, explica ser normal que apareçam animais silvestres na região, uma vez que é próximo a uma área de mata atlântica. "A gente recebe chamadas frequentes de pessoas dizendo que encontraram preguiças no quintal de casa, tamanduás. O que as pessoas devem fazer é tentar isolar o animal, para protegê-lo, deixar longe de crianças e chamar o Cipoma", explica o sargento.

Apesar de estar aparentemente bem, sem machucados ou feridas, o tamanduá vai ser avaliado por veterinários antes de ser devolvido ao meio ambiente, segundo o sargento. Sem essa avaliação, não é possível afirmar se o tamanduá é macho ou fêmea, ou ainda a idade aproximada.

Se encontrar um bicho da mata perdido, ligue para o Cipoma: 3181.1700.

G1 PE

 

Custos de ônibus elétricos são 75% menores, segundo estudo internacional

Estudo internacional cidades mostra que ônibus elétricos gastam 75% menos que ônibus a diesel. Foram realizados testes com 16 ônibus em quatro capitais de diferentes países.

 Trólebus da extinta CTU, em Olinda.
Créditos: Sérgio Martire/Acervo

Os ônibus elétricos totais ou puros, como os trólebus ou os veículos a bateria, e os ônibus elétricos híbridos, cuja geração de energia depende de um motor a combustão, trazem diversas vantagens ambientais, como a diminuição da poluição sonora e da poluição atmosférica.

Pelo fato de os veículos usarem uma fonte de energia mais abundante em diversas regiões e terem equipamentos mais duráveis e desgastarem menos as peças, economicamente, o uso dos ônibus elétricos é vantajoso também.

E estes ganhos foram apurados num inédito estudo mundial feito pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, pela Fundação Clinton para cidades sustentáveis e pela rede C 40, que é o Grupo das Cidades Líderes pelo Clima.

Entre junho de 2011 e outubro de 2012 foram testados 16 ônibus com diferentes tecnologias em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Santiago (no Chile) e Bogotá (na Colômbia). Os resultados mostraram que os ônibus com tecnologia limpa, elétricos, têm custos de operação até 75% menores que os veículos a diesel, mesmo em relação aos mais modernos.

O diretor da Rede C 40 no Brasil, Adalberto Maluf, que acompanhou o estudo, disse que a aquisição inicial dos ônibus elétricos tem custos maiores, mas que este investimento a mais é coberto pelos gastos menores em consumo de combustível e manutenção, já que os equipamentos dos trólebus e híbridos tendem a se desgastar em tempo maior. Além disso, pela elevação tecnológica e aumento de escala, os ônibus elétricos têm ficado mais baratos.

Trólebus da extinta CTU, rodando na Av. Dantas Barreto, centro do Recife.
Créditos: Sérgio Martire/Acervo

Em nota a imprensa, Adalberto Maluf, disse que a partir do sexto ou do sétimo ano de uso, a compra de ônibus elétrico se torna mais barata em comparação a aquisição de um ônibus convencional, levando em consideração os custos operacionais.

“Se pensarmos em um ciclo de vida completa, os ônibus elétricos já são mais econômicos do que os ônibus a diesel. A partir do sexto ou sétimo ano de operação, os elétricos já se tornam muito mais baratos considerando todos os custos de operação. Além disso, existe um grande beneficio para a saúde pública, já que eles não emitem poluentes e também reduzem muito o barulho e desconforto dentro dos ônibus, porque, em geral, eles têm piso baixo total”, afirma Adalberto.

Adalberto Maluf ainda defende que os corredores de ônibus, que apresentam viário melhor, o que pode reduzir a possibilidade de queda das alavancas dos trólebus, e espaço para ônibus maiores, abriguem redes de ônibus elétricos.

“Os corredores podem ter um lado ruim se operados (somente) com ônibus a diesel, já que podem concentrar poluentes. Por isso, o uso de tecnologias mais limpas tem o beneficio de reduzir emissões de poluentes nos corredores, além de ter um custo operacional menor por veículo se contabilizada toda sua vida útil”. – diz ainda em nota.

NO MUNDO:
Diversas cidades em todo o mundo já adotaram ônibus elétricos híbridos ou ônibus elétricos totais/puros nos sistemas de BRT – Bus Rapid Transit (corredores de ônibus modernos e segregados) ou mesmo nas vias compartilhadas com os carros.

Na China, por exemplo, quase todas as médias e grandes cidades possuem sistemas com ônibus elétricos.
Na Europa, mesmo com grandes redes de metrô e trens de subúrbio, os ônibus elétricos e híbridos são presentes. Na Inglaterra, até algumas unidades dos veículos de dois andares, marcas que caracterizam o País, já são de tecnologia elétrica – híbrida.

Estados Unidos e Canadá contam também com milhares de unidades elétricas e a intenção destes países é aumentar ainda mais esta frota.

NO BRASIL:
O País tem um potencial enorme para o retorno em maior número de ônibus não poluentes. Na esteira da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, há diversos sistemas de BRT em todo o País em construção. Estes espaços poderiam abrigar ônibus que poluem menos e duram mais, na visão de Adalberto Maluf.

O Brasil, que já esteve entre os 20 países com a maior rede de trólebus do mundo, hoje possui apenas 3 sistemas, todos no Estado de São Paulo: na Capital, operado pela Ambiental Trans basicamente na zona Leste e no Centro, no Corredor Metropolitano ABD, servido pela Metra na Capital e ABC Paulista, e, em Santos, com poucos veículos operados pela Viação Piracicabana.

Mesmo assim, a demanda por trólebus e ônibus elétricos híbridos tem aumentado, devido a encomendas internacionais e à renovação de frota, em especial de São Paulo e do ABC Paulista.

De acordo com a fabricante brasileira Eletra, localizada em São Bernardo do Campo, nos últimos doze meses, a produção mensal saltou de dois para quinze ônibus elétricos. O número de funcionários quase quadruplicou, passando de 20 empregados para 76 neste período.

O Brasil possui condições técnicas, reconhecidas até mesmo internacionalmente, para se tornar um dos maiores produtores de ônibus com tecnologia limpa no mundo. No ano passado, a Volvo começou a fabricar ônibus elétricos híbridos, em Curitiba, no Paraná, e já fez entregas para a cidade e em breve, deve ter veículos circulando na Capital Paulista.

Faltam ainda visão e sensibilidade do poder público de criar sistemas de ônibus de alta capacidade, mas que sejam menos poluentes e barulhentos. Embora é importante destacar que, mesmo movido a diesel , o ônibus já traz vantagens ambientais, pois um único veículo convencional pode substituir 40 ou 50 carros de passeio, o que reduz o trânsito e a poluição. Por passageiro, qualquer tipo de ônibus polui muito menos que um carro de passeio. Imagine então um ônibus elétrico?

Adamo Bazani
, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

Governo estabelece cotas de exportação de veículos para o México

Governo estabelece cotas de exportações automotivas para o México. Até março do ano que vem, poderão ser exportados US$ 1,56 bilhão de carros, caminhões e ônibus para os mexicanos.


Créditos: Blog Ponto de Ônibus/Divulgação

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estabeleceu as cotas de exportação de veículos brasileiros para o México, dentro do Acordo de Complementação Econômica com o país. Entre os dias 19 de março de 2013 e 18 de março de 2014 só vão poder ser exportados com taxas baixas, previstas no acordo, US$ 1,56 bilhão de carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus para o México. As importações de veículos mexicanos para o Brasil também foram limitadas.

O sistema de cotas foi estabelecido no ano passado depois de o Brasil ter ameaçado romper o Acordo de Complementação Econômica com o México, que foi assinado em 2003. Na ocasião, foi acertado que o Brasil poderia exportar com menores taxas carros de menor valor para o México e importaria veículos com maior cilindrada dos mexicanos. O Brasil ganharia na demanda maior de veículos mais baratos. Mas isso não deu certo. O aumento das condições do brasileiro de comprar veículos acima dos tradicionais mil litros fez com que a procura por veículos mais potentes aumentasse, desequilibrando as relações entre os dois países na balança.

Só para se ter uma ideia, entre 2010 e 2011, as importações de veículos mexicanos pelo acordo subiram 40% e provocaram um déficit para o lado brasileiro de US$ 1,7 bilhão.  A cota de US$ 1,57 bilhão, publicada nesta quarta-feira, dia 13 de março no Diário Oficial da União, contempla 8 empresas com planta no Brasil que exportaram para o México nos últimos três anos e cria uma reserva para novas empresas interessadas em exportar pelo acordo.

As oito empresas vão contar com 60% desta cota. Depois, 20% serão distribuídos entre as empresas que exportaram no último ano e outros 20% serão uma espécie de reserva técnica para o governo brasileiro distribuir entre novas e atuais exportadoras.

As oito empresas que contaram com 60% das cotas, que somam US$ 936 milhões são as seguintes: Volkswagen – 47,8% deste percentual de cota, Renault – 12,9%, Honda – 12,8%, Ford – 11,7%, General Motors – 11,1%, Ônibus e Caminhões MAN – 1,6%, Fiat – 1,1% e Citroën – 1%.

O Brasil diz que vai acompanhar o índice de peças brasileiras nos veículos mexicanos, que deve ser de, no mínimo, 30% pelo acordo. O País suspeitava que o México não cumpria o percentual e usava mais peças dos Estados Unidos e da Ásia.

A inclusão de ônibus e caminhões nas negociações para o México contribuiu para que o Brasil enviasse veículos de maior valor para o país latino. Desde a ameaça do rompimento pelo Brasil do Acordo de Complementação Econômica foram estabelecidas três cotas: US$ 1,45 bi no ano passado, US$ 1,56 bi agora e US$ 1,64 bi na próxima cota.

Acima desta cota, as empresas podem exportar para o México, mas sem contar com vantagens de tributos e nas taxas de juros.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

Mobilidade e Transportes Sustentáveis contemplados em plano do Governo Federal

Transportes e Mobilidade Sustentáveis serão contemplados em novo plano do Governo Federal. Plano Inova Empresa vai disponibilizar R$ 32,9 bilhões para sete eixos, sendo que mobilidade urbana está entre eles.

Créditos: Adamo Bazani/Acervo

Trólebus, ônibus elétricos híbridos, metrô e até ônibus movido a célula de hidrogênio. O Brasil mostrou que é capaz de desenvolver e produzir veículos de transportes coletivos menos poluentes para uma mobilidade urbana mais sustentável.

Empresas como Eletra e Volvo se destacam na produção de ônibus híbridos que poluem bem menos e no caso dos trólebus da Eletra, de São Bernardo do Campo, com poluição zero.  Mas apesar de toda a tecnologia e competência das empresas e dos técnicos brasileiros, uma das queixas do setor é a falta de estímulos e mais fontes de financiamentos.

Parte deste problema pode ser pelo menos minimizada com um anúncio feito nesta quinta-feira, dia 14 de março de 2013, pela presidente Dilma Rousseff.  Dilma apresentou o Plano Inova Brasil Empresa, que prevê investir R$ 32,9 bilhões para impulsionar a competitividade e o crescimento de diversos setores da economia por meio das inovações tecnológicas.

O dinheiro estará disponível neste ano e em 2014 e terá quatro linhas de financiamentos: – subvenção econômica a empresas (R$ 1,2 bilhão), projetos entre instituições de pesquisa e empresas (R$ 4,2 bilhões), participação acionária em empresas de tecnologia (R$ 2,2 bilhões) e crédito para empresas, que deve contar com R$ 20,9 bilhões e juros anuais subsidiados, com taxas de 2,5% e 5%. A carência é de quatro anos e o prazo para pagamento é de 12 anos. O dinheiro será administrado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e pela Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

As quatro linhas estarão disponíveis para sete eixos estratégicos, somando R$ 23,5 bilhões, sendo que no eixo de Sustentabilidade Sócio Ambiental serão contemplados projetos e produtos para mobilidade e transportes sustentáveis. Em nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação detalha as ações esperadas em cada um dos eixos:

Agropecuária e Agroindústria: insumos; mecanização e agricultura de precisão; genética; rastreabilidade, planejamento e controle de produção agropecuária; sanidade agropecuária e bem-estar animal; equipamentos, tecnologia de alimentos e embalagens com novas funcionalidades.

Energia: redes elétricas inteligentes; veículos híbridos e eficiência energética veicular; tecnologias para gaseificação da biomassa.

Petróleo e gás: tecnologias para a cadeia do pré-sal e para a exploração do gás não convencional.

Saúde: investimentos em oncologia e biotecnologia; equipamentos e dispositivos médicos.

Defesa: propulsão espacial, satélites e plataformas especiais; sensores de comando e controle.

Tecnologia da Informação e Comunicação: computação em nuvem, mobilidade e internet; semicondutores e displays; softwares; banda larga e conteúdos digitais.

Sustentabilidade socioambiental: combate aos efeitos de mudanças climáticas, efeito estufa e poluentes; tratamento de resíduos, águas e solos contaminados; redução do desmatamento da Amazônia; mobilidade e transportes sustentáveis; saneamento ambiental.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Blog Ponto de Ônibus

sábado, 16 de março de 2013

Onde Está Você: Borborema 008 e Rodotur 321


Hoje é sábado, dia da coluna "Onde Está Você". Traremos para você o paradeiro de mais uma dupla de ônibus que rodaram pelas ruas e estradas pernambucanas.

O primeiro protagonista da nossa série hoje é um Marcopolo Senior 2000, chassi Mercedes-Benz LO-814. Ele foi adquirido pela Borborema no ano de 2000, e ganhou o prefixo 008. Foi destinado ao serviço opcional, linhas operadas pela empresa com veículos de ar-condicionado.

 Créditos: Diego Barbosa/Ônibus Brasil

Um dos grandes destaques desse carro era o nome "Ligeirinho", que ele estampava na sua pintura. Muitos carros com ar condicionado ficaram conhecidos assim (bem como pelo apelido "Geladinho") no começo dos anos 2000, época em que o serviço opcional foi febre no Recife.

O 008 manteve-se na ativa até meados de 2008, quando a empresa adquiriu ônibus maiores (os famosos micrões), para realizar no sistema opcional. Após a aposentadoria, ele foi flagrado em Aracaju-SE, onde pertence a um proprietário particular.

Veja como está o 008 atualmente:

 Créditos: Gledson Mago/Ônibus Brasil

Quem também tem destaque na coluna de hoje é um Ciferal GLS Bus, chassi Mercedes-Benz OF-1318. Ele pertenceu à Rodotur, onde tinha o prefixo 321 e foi adquirido em 1994. Operou em várias linhas da empresa, sendo a principal delas a extinta 991 Engenho Maranguape (via Janga).

 Créditos: Ricardo Aparecido de Morais/Acervo

O 321 teve uma longa carreira na Rodotur, tendo sido aposentado em meados de 2003. Hoje o prefixo é ocupado por um Apache S21 Mercedes-Benz OF-1722, fabricado em 2005.

O 321 foi flagrado parado em Paulista, cidade da região metropolitana do Recife, agora pertencendo a um proprietário particular. Veja como ele está atualmente:

Créditos: Carlos José/Ônibus Brasil

Gostou? Então não deixe de conferir as edições anteriores da coluna Onde Está Você:
 
- 09/03/2013: São Paulo 399 e EME 043
- 02/03/2013: Cidade Alta 279 e Coletivo 110
- 23/02/2013: Progresso 1167 e CRT 609
- 16/02/2013: Pedrosa 411 e Transcol 019

Grande Recife disponibiliza ônibus para o jogo Sport X Náutico


Os torcedores que forem assistir ao jogo Sport X Náutico receberão apoio do Grande Recife com um total de 27 veículos disponibilizados para chegar ao estádio. A partida acontece neste domingo (17), às 16h, na Ilha do Retiro.

Os torcedores contarão com 10 ônibus que serão distribuídos, a partir das 14h30, em três terminais de integração da seguinte forma: cinco ônibus estarão no TI Afogados, três no TI PE-15 e dois no TI Rio Doce. Após o jogo, aqueles que desejarem retornar a um dos três TIs, encontrarão à sua disposição 17 ônibus no TI Joana Bezerra aguardando o fim da partida.

Para mais informações, os usuários podem entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente, pelo 0800.081.0158.

GRCT

O novo chassi B270F inaugura uma nova fase da história da Volvo no país.

É o primeiro ônibus com motor dianteiro da marca, após mais de 30 anos no mercado. “A decisão de produzir esses novos ônibus é uma resposta a um anseio antigo de nossos clientes que já usam os ônibus da marca em outros segmentos, mas não dispunham de modelos da Volvo para essa faixa de aplicação,com demanda crescente”, afirma Luís Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Corporation Latin America.Até então a Volvo vendia no Brasil e outros países da América Latina uma gama de ônibus que atende aos segmentos de ônibus pesados, com vendas totais de 4.000 unidades ao ano. Com os novos ônibus, a marca passa a competir também no segmento semipesado com volumes da ordem de 12 mil unidades anuais. 

com motor frontal é representado por 70% de ônibus urbanos e 30% de rodoviários. Estes, em operações de mé-dias e curtas distâncias, de aproximadamente 100 quilômetros, e também fretamento. Trata-se do segmento imediatamente abaixo dos pesados (acima de 16 toneladas), e logo acima dos médios, na faixa entre 16 e17 toneladas.“Para a Volvo, esse lançamento representa um grande salto. Passamos a competir em segmentos que, juntos,somam aproximadamente 16 mil unidades anuais, quatro vezes superior aos segmentos que atendemos até então”,avalia o presidente da Volvo Bus Latin America

EXPECTATIVA CONFIRMADA

O segmento de mercado dos ônibus 4x2

A confirmação de que o mercado aguardava ansiosamente o lançamento desse tipo de produto, pela Volvo, está na realização das pré-vendas, com mais de 200 unidades vendidas antes mesmo dos primeiros chassis saírem das linhas de montagem.Um dos grandes trunfos do novo veículo é a inspiração na plataforma dos caminhões Volvo VM, já consagrados pelo mercado, principalmente pela sua robustez e economia de combustível.“O projeto para o ônibus, contudo, priorizou as necessidades específicas do transporte de passageiros, com atenção especial a itens de conforto, segu-rança e cuidado ambiental. Até porque o veículo terá uma parte expressiva das vendas para o mercado urbano”, explica Gilcarlo Prosdocimo, de Engenharia de Vendas da Volvo Bus Latin America.

QUALIDADES TESTADAS
 
Antes de chegar ao mercado, os novos ônibus Volvo B270 F foram duramente testados em campos de provas e também sub-metidos às reais condições de operação em operadores selecionados pela engenharia da Volvo e também em campos de provas.Apesar de ter a maior parte dos componentes já testados, graças ao uso comum de componentes do caminhão Volvo VM, os testes comprovaram a adequação, já que o projeto é para o transporte de passageiros, diferente do caminhão.Os testes em campos de prova submetem o veículo a condições severas em operação contínua para comprovar sua resistência e durabilidade. “O objetivo é avaliar a durabilidade do veículo e de seus diversos componentes. É um teste padrão para todos os produtos lançados pela Volvo. 
 
Em síntese, mantém o veículo em operação durante um longo período, em um circuito com níveis de dificuldades variadas”, explica o engenheiro Helio Kubo, responsável pelo programa de desenvolvimento do B270 F.“Mas também precisamos saber como ele se comporta na prática, nas cidades e estradas, com diferentes opções de encarroçamento, atendendo às necessidades reais dos transportadores”, acrescenta Kubo. Por isso, um programa de testes incluiu aplicações rodoviárias e urbanas em diferentes regiões do país.Foram selecionadas oito empresas de Curitiba e Pinhais (PR),Campinas (SP), Betim e Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO). “Os testes comprovaram os atributos de resistência, economia de combustível, conforto e níveis reduzidos de emissões”, diz o engenheiro de vendas. “O pro-grama de testes não se encerrou. Como de costume, continuamos monitorando os veículos durante um período prolongado para reunir informações que permitirão seu aprimoramento contínuo.

TECNOLOGIA A BORDO

Créditos: Daniel Cleiton Bezerra/Ônibus Brasil
 
O projeto do novo ônibus B270 F foi inteiramente desenvolvido pela engenharia brasileira da Volvo com soluções específicas para os mercados do Brasil e outros países da América Latina.“Reúne a melhor tecnologia da marca para um transporte eficaz,que faz dele um veículo altamente competitivo”, avalia o presidente da Volvo Bus Latin America, Luís Carlos Pimenta.O uso de aços especiais, aliado a soluções mais avançadas, como a sus-pensão com molas parabólicas, permitiu construir um chassi de ônibus até 450 quilos mais leve que os similares. O B270 F é também o chassi de ônibus com o piso mais baixo em sua categoria.A suspensão com molas parabólicas nos eixos traseiro e dianteiro é uma exclusividade da marca, no segmento. O resultado é mais conforto para os passageiros, mais estabilidade, menor nível de ruído, menos manutenção.Com 150 kg a menos que as convencionais, as molas parabólicas contribuem para a redução de custos de manutenção, por terem menos componentes e por dispensarem serviços,como o arqueamento periódico em suspensões com feixes de molas. Também tem a vantagem de manter o veículo no mesmo nível em relação ao solo, independentemente da carga.Um dos pontos fortes do novo ônibus é seu motor com 270 cv de potência e torque de 900 Nm. 
 
Um propulsor robusto, que opera com uma faixa de torque plana superior aos demais veículos da categoria. Permite trocas de marchas em rotações mais baixas. O sistema de injeção Common Rail torna mais fácil a manutenção e, pelo conjunto de suas características, o motor já mostrou ser excelente em consumo de combustível.O posicionamento do motor no chassi, na parte frontal do veículo, foi cuidadosamente estudado para permitir o melhor aproveitamento da plataforma para o salão de passageiros. Em vez de centralizado, como é comum, o motor foi ligeiramente deslocado para a esquerda (50 mm), para baixo (50 mm) e para frente(150 mm).
 
O resultado é uma melhor ergonomia de acesso ao banco do motorista e, também, mais espaço e facilidade de acesso para os passageiros.O projeto do chassi, com estrutura de longarina e travessas em escada, facilita o trabalho dos encarroçadores. Os balanços dianteiro e traseiro são equilibrados. Permitem a montagem de carrocerias de até 12,80 metros sem necessidade de alteração da distância entre-eixos original de 5,95 metros. O balanço dianteiro mais longo garante portas mais largas para o acesso dos passageiros, o que é útil especialmente em aplicações urbanas.

URBANO OU RODOVIÁRIO
 
 Créditos: Vital Fernandes/Ônibus Brasil
 
“Ao lançar esse novo produto, a Volvo oferece as opções ideais de configurações para que os transportadores tenham sempre o melhor resultado em aplicações rodoviárias e urbanas”, afirma o presidente da Volvo Bus Latin America.Inovador, o projeto do B270F tem detalhes que fazem a diferença. É o caso do volante ajustável em inclinação, único nesse segmento do mercado e que terá a opção de ajuste em altura. Atenção especial também foi dada aos conjuntos de transmissão, eixos traseiros e sistemas de freios. A concepção eleva a produtividade e performance, é mais seguro e confortável para os passageiros.O eixo dianteiro e a direção são robustos e extremamente confiáveis,entre outros fatores, por agregar componentes comuns aos dos caminhões Volvo VM. Com rolamentos livres de manutenção e ângulo de giro das rodas de 48 graus, o conjunto proporciona excelente nível de esforço no volante, independentemente da carga.

FREIOS E TRANSMISSÕES

O sistema de freios a tambor é do tipo S-Came com ajuste automático das lonas e com exclusivo sistema de cubos livres de manutenção em todas as rodas. O B270 F possui o sistema de freios com maior capacidade do mercado em sua categoria, com lonas projetadaspara suportar as mais rigorosas aplicações urbanas e com custos de manutenção reduzidos.Os transportadores podem escolher entre duas opções de caixas de câmbio. A transmissão FSO 6406A, para aplicações rodoviárias, com rotação ideal de consumo na última marcha (overdrive). Já a caixa FS 6406B (direct drive) é ideal para aplicações urbanas. Ambas combinam robustez com operação suave e baixo nível de ruído, com sistema de acionamento por cabo para as trocas de marchas. O sistema também melhora o posicionamento da alavanca do câmbio no interior do veículo. O resultado é uma ergonomia mais eciente, que elimina a transferência de ruído e calor para o salão de passageiros.O eixo de tração MS 23158 é uma solução desenvolvida especialmente para os novos ônibus. As engrenagens recebem usinagem de maior precisão para garantir o menor nível de ruído possível. Com rolamento de roda livre de manutenção, é um eixo de elevada durabilidade e manutenção reduzida, disponível em três relações de redução: 4,10 (aplicações rodoviárias), 4,56 (urbana) e 4,88(aplicações mais severas).

PÓS-VENDA COM LINHA AZUL

“Por ser um veículo desenvolvido a partir da plataforma dos caminhões VM,o B270F possui cerca de 80% de componentes comuns, oque dá ao empresário a garantia de suprimento imediato em todo o mercado”, afirma Carlos Pacheco, gerente de pós-venda da Volvo do Brasil.O novo ônibus chega ao mercado com outras novidades do pós-venda. Os transportadores já conhecem as soluções consagradas: o Voar (Volvo Atendimento Rápido), treinamento de motoristas, lubrificantes genuínos da marca, Reman (peças remanufaturadas Volvo), peças genuínas, serviço planejado Volvo.Agora os empresários de ônibus podem ter a estrutura de atendimento de serviços Volvo em suas oficinas e também o suporte adicional do programa Linha Azul Volvo, uma estrutura ainda mais especializada e exclusiva para atendimento aos transportadores de passageiros, com unidades móveis específicas para ônibus,entre outros recursos.
 
 Revista Eu Rodo/Portal Ônibus Paraibanos