Créditos: Guga Matos/JC Imagem
Inaugurado nesta semana, o Bus Rapid Transit (ônibus de trânsito rápido, numa tradução livre), teve seu primeiro grande teste neste sábado, quando centenas de torcedores usaram o modal para chegar à Arena Pernambuco. Na ida, com os horários mais espaçados para se locomover, pode-se afirmar que o "esquema de guerra" montado pelo governo funcionou plenamente.
O fato de a partida entre Costa do Marfim e Japão ter acontecido num
sábado, e às 22h, também contribuiu - e muito -, para que não houvesse
atropelos no caminho até a Arena Pernambuco. O BRT foi apenas um dos três tipos de modais utilizados pela reportagem
do Jornal do Commercio para chegar em São Lourenço da Mata.
O ponto de partida foi o Centro do Recife. Da avenida Guararapes, às
18h25, embarcamos no recém-inaugurado BRT. Depois de 12 minutos,
chegamos à estação do Derby - a segunda e última em operação durante a
Copa do Mundo. De lá, a viagem seguiu de forma expressa até o estádio,
quando desembarcamos às 19h15, totalizando 50 minutos de viagem.
Como há uma pista exclusiva no Corredor Leste/Oeste, o tempo não foi
problema. Detalhe que na Radial da Copa é que como não há pista
exclusiva, cones demarcavam o traçado que os BRT's tinham que seguir.
Com o ar-condicionado do BRT funcionando plenamente, o aperto dentro do
veículo ficou em segundo plano. Passageiros reclamaram de que na Estação
Derby o ar-condicionado não estava funcionando.
Dentro dos veículos, apesar do clima de animação, a queixa ficou por
conta da lotação. "O caminho é um pouco longo e a gente acaba se
cansando, por isso seria melhor se a viagem fosse feita toda sentada",
reclamou o japonês Satoshi Alcazana, de 42 anos.
Para o também nipônico Tomoo Tabuchi, de 43, o sistema de transporte
montado até a Arena está funcionando. Ele, que está com um grupo de seis
japoneses no Recife, utilizou a integração da PE15 para chegar ao
Centro do Recife. "Pegamos um taxi até a estação da PE-15 e depois viemos
até aqui de ônibus. Para mim, a mobilidade está boa. Estou gostando do
BRT", atestou.
O professor universitário de Engenharia Civil Leonardo Meira, de 35
anos, que inclusive está fazendo uma pesquisa sobre a mobilidade da
Arena PE, aprovou a ida. "Foi até mais rápido do que esperava", disse.
Já Vitor Moreira, de 39 anos, também professor universitário, atentou
para outro detalhe. "Quero ver como será a volta para casa, se o pessoal
vai respeitar as filas", completou.
Jornal do Commercio
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