Créditos: Guga Matos/JC Imagem
Um dos dois corredores de BRT (Bus Rapid Transit) pernambucanos, o
Leste-Oeste, que liga o Centro da capital ao município de Camaragibe, na
Região Metropolitana do Recife, vai receber fiscalização eletrônica
para coibir as invasões da pista exclusiva dos ônibus, cada dia mais
frequentes – são quase 2 mil somente este ano. Serão seis câmeras de
fiscalização instaladas ao longo dos seis quilômetros que o corredor
possui no trecho da Avenida Caxangá. Os novos equipamentos serão
instalados pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife
(CTTU) entre janeiro e fevereiro de 2015. Além do BRT, o corredor de
ônibus da Avenida Sul também receberá equipamentos eletrônicos,
colocados em dois pontos da via.
Embora a operação do corredor Leste-Oeste seja de responsabilidade do
Grande Recife Consórcio de Transporte, a CTTU voltou atrás na decisão
de instalar as câmeras devido ao risco de acidentes de trânsito,
especialmente os atropelamentos. “Está havendo muita invasão da faixa
exclusiva do BRT, ainda mais com o trânsito pesado da Avenida Caxangá.
Começamos a observar que os motoristas infratores correm muito quando
invadem a faixa, acho que porque sabem que estão fazendo algo proibido.
Já tivemos atropelamentos, mas sem mortes. Por isso resolvemos não
esperar mais e instalar as câmeras”, explicou o gerente de fiscalização
eletrônica da CTTU, Marcos Araújo.
O fato de 36 linhas de ônibus comuns estarem no tráfego misto,
disputando espaço com os veículos particulares, potencializou o perigo.
Os ônibus comuns estão fora da faixa exclusiva desde junho, quando o BRT
entrou em operação, mesmo parcialmente, para a Copa do Mundo. E até
agora apenas duas linhas de BRT estão em operação (Camaragibe-Derby e
Camaragibe (Centro). A previsão dada pela Secretaria Estadual das
Cidades é que os ônibus comuns deixem de trafegar pela Avenida Caxangá a
partir de janeiro, quando os dois terminais integrados do Leste-Oeste –
localizados na 3ª e 4ª Perimetrais – devem ser concluídos.
As câmeras que serão utilizadas na Avenida Caxangá fazem parte do
mesmo contrato dos equipamentos que irão monitorar as Faixas Azuis, o
Bus Rapid Service (BRS) recifense, em implantação pela CTTU, mas que não
tem avançado por falta da fiscalização eletrônica. A licitação se
arrastou por meses e foi homologada agora. Pelos planos do órgão de
trânsito, em dezembro será possível começar a instalar as câmeras nos
corredores de Faixa Azul das Avenidas Mascarenhas de Morais e Herculano
Bandeira/Domingos Ferreira, ambos na Zona Sul do Recife, para começar a
instalação na Avenida Caxangá.
O equipamento é o mesmo, mas a fiscalização se dará de forma
diferente. Segundo Marcos Araújo, na Faixa Azul serão duas câmeras
interligadas que monitoram o veículo por uma determinada distância, em
média de 300 a 600 metros. Se o carro acessar um lote ou entrar à
direita no espaço permitido, não é multado. Cometerá infração apenas se
passar na segunda câmera. “No caso do corredor de ônibus é diferente.
Ele fica localizado à esquerda da via, ou seja, o veículo particular não
pode acessá-lo de forma alguma. Não têm motivo para estar lá, a não ser
cometer uma infração. Nesse caso, as câmeras possuem um amplo alcance
de visão, fotografando a placa e o desrespeito”, diz o gerente. A
diferença também se dá no bolso. Uma multa por circular na Faixa Azul
custa R$ 85,13 (média), enquanto no corredor de ônibus o valor sobe para
R$ 127,69 (grave).
Créditos: Editoria de arte/JC |
Blog De Olho no Trânsito
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