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domingo, 30 de novembro de 2014

Mais transporte, menos saúde. O polêmico TI ao lado do HGV

Créditos: Victor Soares/Leia Já Imagens


Divididos entre a funcionalidade de um terminal integrado e os impactos causados pelo ruído e pela poeira, pacientes, familiares e servidores do Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste do Recife, têm se perguntado como será a recuperação dos pacientes depois da inauguração da Perimetral III, terminal em que circularão os veículos do BRT que trafegam na Avenida Caxangá. Atualmente com poucos trabalhadores, a obra já foi motivo de manifestações dos funcionários do HGV e, apesar de ter finalização prevista para o mês de novembro, o prazo de conclusão da obra foi estendido para janeiro de 2015.

“Moro em Jaboatão dos Guararapes e seria melhor descer numa parada mais perto do hospital, porque os ônibus de lá pra cá demoram muito”, afirma Maria do Carmo Barbosa, mãe de um paciente internado no HGV há apenas dois dias. Quando questionada a respeito do barulho e do aumento no fluxo de veículos nas proximidades do hospital, Maria afirmou não acreditar que o terminal iria influenciar negativamente na recuperação dos pacientes da unidade de saúde. “Já tem o trânsito normal das ruas perto do hospital, não vai fazer diferença”, diz ela.

Entretanto, segundo representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev/PE), o terminal influencia na recuperação de quem está internado. De acordo com o Sindicato, o calor e a poluição sonora são alguns dos principais fatores que irão prejudicar a saúde dos pacientes. Segundo o coordenador do Sindsprev, José Bonifácio, a entidade já moveu uma ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para a retirada da integração, mas sem efeito. “Também tentamos fazer algum tipo de acordo para que o hospital fosse climatizado. Também não conseguimos”, explica Bonifácio.

Servidores do hospital demonstram descontentamento em relação à localidade do terminal. “Alguns pacientes já reclamaram durante o período das obras. Quando os ônibus começarem a circular, a saúde dos pacientes vai ser ainda mais prejudicada”, pontua o enfermeiro Marcos Bento (foto à esquerda).  Ainda segundo o servidor, o terminal de ônibus fica localizado numa área próxima à UTI II, local que abriga pacientes em estados mais delicados, e à ala em que são preparadas as refeições de funcionários e pacientes.

O LeiaJá procurou o Governo do Estado para saber mais detalhes sobre o estudo de impacto. Abaixo, a entrevista com o Secretário Executivo de Mobilidade, Gustavo Gurgel (à direita), sobre o assunto:


LeiaJá - Secretário, foi feito um estudo de impacto social para a implantação do terminal ao lado do hospital?
Gurgel - Foi sim, fizemos um estudo de impacto de vizinhança. São dois volumes de muitas páginas, nunca li por completo, mas têm as conclusões dele. Quanto a questão da sonoridade, ali a Avenida San Martin por onde passam os ônibus está mais perto do hospital que o próprio terminal. A Perimetral tem menos impacto do que a própria rodovia. Da mesma forma a poluição no ar. No Terminal ainda tem o atenuante de existir algumas árvores entre o hospital e o Terminal. Portanto há atenuação tanto da sonoridade, quanto da poluição, todos esses parâmetros foram observados.

LJ - Foram escutados os pacientes, profissionais, etc? 
Gurgel - Nesse estudo não vou saber te dizer se houve alguma coisa nesse sentido.

LJ - Mas houve debate com os profissionais do hospital que fizeram protestos e entraram na Justiça?
Gurgel - Claro, nesse processo do MPPE, todas as partes envolvidas sentaram e teve diálogo com eles, apresentamos estudos. De fato o terminal não tem interferência mais significativa do que o próprio ambiente. O estudo aponta que ele não gera impacto no hospital. O estudo conclui que existem impactos positivos e negativos, mas que há medidas mitigadoras que tornam a obra viável e necessária.

LJ - Quais seriam esses impactos negativos e as respectivas medidas mitigadoras?
Gurgel - Aí eu teria que ler todo o documento para te dizer, não saberia te informar agora.

LJ - Esse é um documento público? Nós da imprensa podemos vê-lo?
Gurgel - Teria que ver com a empresa se há alguma cláusula de sigilo, aí precisaria até de mais tempo para responder isso.

Leia Já

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Volare inaugura nova concessionária em Caruaru

Créditos: Bruno Henrique/Facebook


A Volare, principal fabricante brasileira de veículos leves para o transporte de pessoas, pertencente à Marcopolo, inaugura sua concessionária em Caruaru, Pernambuco. A Caruaru Ônibus será responsável pela comercialização da linha completa de veículos Volare (linhas Attack e Premium) em área que abrange 81 municípios do agreste pernambucano.


A inauguração da concessionária faz parte do programa da Volare para ampliar a cobertura de sua rede em todo o Brasil. Com o objetivo de estar cada vez mais próxima dos parceiros, a empresa quer contribuir para a satisfação total do usuário dos nossos produtos e para o sucesso e prosperidade da rede de concessionários em todo o Brasil.


Créditos: Bruno Henrique/Facebook


Segundo Mateus Ritzel, diretor comercial da Volare, o objetivo é conquistar clientes que hoje transportam passageiros com veículos inadequados. “Caruaru é um polo de industrialização de jeans e roupas que abastece o nordeste inteiro. Muitas empresas da região oferecem serviços de fretamento para trazer os comerciantes de cidades vizinhas para comprar aqui. Queremos apresentar a estes transportadores nossos veículos e proporcionar mais conforto, segurança e rapidez para os passageiros. Também queremos atender os proprietários de autoescola e as prefeituras”, explica.


Leia mais: Compacto, a nova concessionária Volare em Pernambuco

As novas instalações da Caruaru Ônibus foram concebidas para servir ainda melhor os clientes da marca e auxiliar na expectativa de crescimento de mercado para os próximos anos. A estrutura de atendimento está estabelecida em área total de 3.000 m² e conta com equipe de 25 profissionais que prestarão serviços completos de assistência, com técnicos e mecânicos treinados na própria fábrica.


Créditos: Bruno Henrique/Facebook

A Caruaru Ônibus possui oficina mecânica com boxes de atendimento, funilaria exclusiva para atendimento Volare e amplo show room para exposição dos modelos da marca e com veículos a pronta entrega (estoque).  A concessionária também contará com estrutura de análise de crédito, com grande relacionamento com bancos,  para agilizar a venda e encontrar as melhores opções para a escolha dos clientes.


Créditos: Bruno Henrique/Facebook


A nova concessionária da Volare fica localizada na Rodovia BR 104 km 60, no bairro de Nova Caruaru, Caruaru, Pernambuco. A loja funciona de segunda a sexta das 08:00 as 12:00 e das 14:00 as 18:00, e aos sábados das 08:00 as 12:00. O telefone para contato é (81) 3721-1184.

Volare


Com informações de fotos de Bruno Henrique

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ramal de BRT da Agamenon entra em obras em 2015

Créditos: Alexandre Gondim/JC Imagem


Suspensas em junho do ano passado, as obras do ramal Agamenon Magalhães do Corredor de BRT (ônibus de trânsito rápido, em português) Norte-Sul vão, enfim, ser retomadas. Na última sexta-feira, a Caixa Econômica Federal aprovou a liberação dos R$ 96 milhões para execução do projeto, por meio do PAC Mobilidade. As empresas contratadas – o Consórcio Heleno Fonseca Construtécnica S.A. e a Consbem Construções e Comércio – estão sendo convocadas a reinstalar os canteiros de obras e a previsão é de que os serviços tenham início em janeiro de 2015, com prazo de 18 meses.


O projeto – que passou por vários ajustes – prevê a construção de nove estações de embarque e desembarque de passageiros sobre o Canal Derby-Tacaruna, numa extensão de 4,8 quilômetros entre a altura da antiga fábrica Tacaruna e o Terminal Integrado de Joana Bezerra. Os dois viadutos sobre a Avenida João de Barros serão alargados, permitindo faixas exclusivas para ônibus. E uma passarela de pedestres será erguida nas imediações das comunidades do Chié e Ilha do Joaneiro, em Campo Grande.

A Agamenon Magalhães é considerada a espinha dorsal do trânsito no Recife, por ligar a cidade de norte a sul, além de ser passagem para municípios vizinhos. Várias intervenções já foram projetadas para a via, inclusive a polêmica construção de quatro elevados que fariam parte desse projeto, posteriormente descartada.

No plano atual, a via será um dos dois ramais do Corredor Norte/Sul, que tem início em Igarassu, bifurcando na altura do Shopping Tacaruna. O outro ramal é o da Avenida Cruz Cabugá, que vai até o Centro do Recife e conta com oito das 28 estações projetadas em funcionamento, embora a previsão seja de que as obras fiquem prontas em dezembro.

“Trabalhamos com essa perspectiva, mas se houver atraso não vai passar de dois meses, pois falta pouca coisa para concluir as estações”, declara o secretário estadual das Cidades, Evandro Avelar. “Também estamos pensando em eliminar uma das estações (perto do Cemitério dos Ingleses), que ficaria muito próxima da outra”.

Obras projetadas para a Copa do Mundo, os corredores de BRTs ainda funcionam de forma tímida, cinco meses depois de inaugurados. Pelos 33 quilômetros do Norte-Sul, circulam apenas duas linhas de ônibus. Dos 90 BRTs previstos para o percurso, apenas 28 estão operando.

No Leste-Oeste (que liga o Recife a Camaragibe), 11 das 26 estações estão em funcionamento, com 33 dos 96 BRTs previstos. A maioria dos ônibus já foi adquirida e está se depreciando nas garagens. Cada um custa R$ 750 mil.

Além das estações inacabadas, as pendências incluem o alargamento de duas pontes: uma sobre o Rio Beberibe, nas proximidades do Parque Memorial Arcoverde, e a outra sobre o Canal da Malária, ambas em Olinda; o túnel da Abolição, na Madalena; e os terminais da III e IV perimetrais.

Apesar do atraso, Avelar destaca a importância e dimensão do trabalho realizado. “O Sistema Estrutural Integrado (SEI) ganhou os dois corredores que faltavam (Norte-Sul e Leste-Oeste). Estruturamos um serviço de primeiro mundo, aprovado pela população. Desenvolvemos e implantamos ferramenta de gerenciamento eficaz (a licitação). Se chegarmos ao final de uma mudança desse porte com um atraso de 1 ano e 5 meses (tudo deve estar pronto em maio), não é nada significativo para um governo que investiu mais de R$ 1,3 bilhão e deu um novo rumo ao serviço de transporte do Grande Recife”, conclui.

JC Online

Leilão de bens da Busscar arrecada R$ 6,1 milhões. Dívida atual da empresa de Joinville chega a R$ 1,6 bilhão



O leilão dos ativos do Grupo Busscar, conduzido pela leiloeira Tatiane S. Duarte, realizado Salão do Júri do Fórum de Joinville, durou apenas 17 minutos, na tarde desta quarta-feira. Apenas dois dos seis lotes ofertados tiveram propostas válidas.


A massa falida da Climabuss, constante do lote 2, foi comprada por R$ 3 milhões. Estava avaliada em R$ 5.088.282,04. Também a participação acionária da massa falida da unidade da Busscar Ônibus Colômbia foi arrematada. O valor deste negócio somou R$ 3.154.734,86. Juntas, as vendas somaram cerca de R$ 6,1 milhões. Os nomes dos arrematantes não foram divulgados.


Somados, os bens que foram leiloados estavam avaliados R$ 489 milhões. A dívida atual do grupo chega a R$ 1,6 bilhão. Não houve interessados para os demais lotes. Não apareceram investidores para a Busscar Ônibus, nem para a Tecnofibras, considerada, até então, como a joia da coroa. As duas empresas têm sede em Joinville. Nova data para a realização do leilão dos ativos remanescentes e não arrematados, será definida pela Justiça.

Jornal A Notícia

sábado, 22 de novembro de 2014

Empresários fazem pressão para aumento das passagens de ônibus no Grande Recife



Dezessete meses depois de cancelar um aumento de 5,53%, anunciado para as tarifas de ônibus do Grande Recife, o governo pernambucano começa a admitir a possibilidade de reajuste das passagens. Pelos cálculos do empresariado do setor, a tarifa necessária para equilibrar o sistema, hoje, seria de R$ 2,67 para o anel A, que hoje é R$ 2,15 (um aumento de 24,2%). O governo fez contabilidade diferente e chegou a R$ 2,50 (16,3%), valor que seria menor, pois foi calculado sem considerar o subsídio de R$ 13,2 milhões a ser bancado pelo Estado ainda este ano. O fato é que o tema voltou à discussão.

O presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, Nelson Menezes, diz que está aguardando informações do empresariado para levá-las ao atual e ao futuro governador, João Lyra e Paulo Câmara, respectivamente. “Até o final do ano teremos definido se haverá aumento de tarifa ou subsídio, mas seja o que for, só deve vigorar no próximo ano”, salienta. Ou seja: caberá ao governador eleito definir se quem vai pagar a diferença entre custo e receita são os usuários (como sempre ocorreu), o governo (como previsto na licitação), ou ambos.

“Se não chegarmos a R$ 2,67, será necessário complementar com mais subsídio”, declara o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), Fernando Bandeira, lembrando que o setor está há três anos sem aumento e isso repercute na qualidade do serviço. “Estamos utilizando os recursos destinados à depreciação da frota e nossa própria remuneração para cobrir os custos. Ou seja, deixa-se de investir em renovação dos veículos. Não fosse a aquisição de 180 BRTs, a idade média da frota já estaria acima dos 4,3 anos. Há ônibus rodando que são de 2005”, destaca.

SUBSÍDIO
As empresas já tiveram desoneração do PIS/Cofins em maio do ano passado (era 3,65%) e do ICMS sobre o combustível (8,5%) em junho, mas isso não teria sido suficiente para cobrir os custos, que aumentaram com a aquisição de 180 BRTs (ônibus de trânsito rápido), cada um ao custo de R$ 750 mil. A alternativa seria o governo bancar as gratuidades.

Constam, no sistema, mais de 37,8 mil pessoas cadastradas que não pagam passagem e mais 53,1 mil com direito, também, a acompanhante. Desse total, 42% são deficientes físicos e 45%, mentais. O número de novos pedidos de gratuidade se mantém em mais de 1 mil ao mês. Para confirmar que essas pessoas têm direito ao benefício e controlar o uso da gratuidade, esses passageiros estão realizando a biometria. Até o final do ano, todos deverão estar com as digitais cadastradas. Idosos, policiais, carteiros e estudantes também entram na conta. Só a meia gratuidade para os estudantes representa uma redução na receita bruta de 14,48%.

Blog De Olho no Trânsito

Mulher fica ferida ao cair entre ônibus e estação de BRT durante desembarque




Uma mulher ficou ferida, no início da tarde da última segunda-feira (17), ao desembarcar de um ônibus da linha 1915 – TI PE-15 (Dantas Barreto), que integra o sistema Via Livre do Corredor Norte-Sul. As informações, repassadas através do WhatsApp, dão conta de que a vítima se desequilibrou ao se chocar com outro passageiro e caiu no espaço entre o veículo e o ponto de parada. O caso ocorreu na estação Tacaruna, que fica na avenida Cruz Cabugá, na área central do Recife.

Conforme testemunhas, a mulher teve ferimentos na perna e chegou a desmaiar após bater a cabeça, mas recobrou a consciência segundos após ser retirada do ponto do acidente. Ainda de acordo com populares, a vítima aguardou atendimento dentro do ônibus. A viagem foi interrompida e todos os passageiros receberam a recomendação de descer do veículo.

Ao contrário do sistema convencional, o acesso de pedestres durante o uso do Bus Rapid Transit (BRT) é semelhante ao do metrô, ou seja, o passageiro embarca e desembarca do ônibus no mesmo nível do ponto de parada, sem precisar de rampas ou escadas. O cuidado necessário é justamente com o deslocamento entre um lado e outro.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Recife confirmou que uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi deslocada para atender à ocorrência, e que a vítima foi socorrida consciente. Não há informações, porém, sobre seu estado de saúde e para onde foi levada.

Folha de Pernambuco

Passageiros aprovam VLT para o Cabo de Santo Agostinho e o Curado

Créditos: Diego Nigro/JC Imagem


Nem saudosismo e nem bucolismo. O movimento que defende a volta dos trens de passageiros no Estado de Pernambuco está fundamentado em razões práticas: o transporte sobre trilhos é uma alternativa para se fugir dos engarrafamentos nas viagens por ônibus. A velocidade nos deslocamentos ocupa o topo da lista de vantagens apontadas por usuários das duas linhas em atividade, uma para o Cabo de Santo Agostinho e outra até o Curado, na Zona Oeste do Recife, todas partindo da Estação Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes.

“É rápido, seguro, não atrapalha o trânsito, não para em sinal e não fica preso nos engarrafamentos”, diz a comerciária aposentada Vânia Maria Ribeiro, passageira do trem para o Cabo há 40 anos. “Apesar de andar de graça no ônibus, porque já passei dos 60 anos, prefiro os trilhos”, conta aos repórteres do JC que dividiram com ela um dos vagões no trem das 11h47, segunda-feira (22).

A bem da verdade, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), operadora do sistema, substituiu as locomotivas a diesel pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), movido a biodiesel, combustível derivado de fontes renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais, menos poluente que os de origem fóssil (petróleo). A troca começou em outubro de 2011 e terminou em fevereiro de 2012.

Os nove veículos comprados custaram R$ 69 milhões. Como as janelas de vidro eram destruídas a pedradas, por vândalos, a CBTU mudou o material para poliuretano, que trinca mas não quebra.
Vânia Ribeiro passou por todas as gerações de trem – vapor, diesel e biodiesel – no período em que trabalhou no Centro do Recife. “A locomotiva a vapor vinha fumaçando e fazendo troc-troc-troc nos trilhos. Aposentaram as máquinas velhas e a viagem ficou melhor, no geladinho”, destaca.

“O VLT tem ar-condicionado, hora certa para sair da estação, é confortável e fresquinho. Uma opção para a gente não depender tanto do ônibus. Só precisava ter mais veículos”, diz a autônoma Rosinalva da Silva, 34. Ela pega o VLT no Cabo, paga R$ 1,60, desce em Cajueiro Seco e segue até a Estação Central, no Recife, pelos trilhos do metrô, sem pagar mais por isso. Faz o trajeto em 1 hora.

Uma viagem no VLT de Cajueiro Seco ao Cabo dura 36 minutos. No ônibus, dependendo do trânsito, pode passar de uma hora. O problema do VLT, observa o carpinteiro Ivanildo José da Silva, é o intervalo entre as viagens. A primeira composição parte às 5h29 e a segunda, às 6h23. “Se a gente perde um trem na estação, vai aguardar quase uma hora pelo outro”, diz ele.

A espera é maior ainda para os passageiros com destino à Estação Curado, único lugar do Recife atendido pelo VLT. O intervalo entre as viagens é de uma hora e 48 minutos, podendo chegar a 2 horas e 42 minutos. Pela manhã, o trem sai de Cajueiro Seco às 5h49. Outro, só às 7h37. Fora do horário de pico, a situação é mais complicada. Depois da viagem das 13h01, só se escuta o apito às 15h43.

De acordo com a CBTU, não há mistério para intervalos tão longos, mas sim, dois problemas: a Estação Cajueiro Seco não recebe dois trens ao mesmo tempo e só há uma linha até o Cabo.
Com essas dificuldades, é preciso organizar as viagens para os VLTs do Cabo e do Curado não chegarem juntos em Cajueiro Seco. O resultado dos arranjos são 32 viagens por dia no trecho Cajueiro-Cabo e 16 no trajeto Cajueiro-Curado. A linha Curado tem menos viagens porque a demanda é menor, justifica a empresa.

A CBTU pretende, até 2015, construir uma plataforma extra em Cajueiro Seco e duplicar a estrada de ferro para o Cabo. Com a nova plataforma, a estação receberá dois trens simultâneos e será possível ofertar mais VLTS e viagens até o Curado. Hoje, há uma máquina operando. Em 2015 serão duas. Na linha duplicada até o Cabo, circularão quatro VLTs, um a mais do que o número atual.

Boa notícia para Érica Dias, 19 anos, que mora em Camaragibe e usa o VLT do Curado até a Estação Marcos Freire, em Jaboatão, onde trabalha. “Pego o trem às 7h09, lotado, e retorno às 17h47, do mesmo jeito”, conta. No primeiro percurso, ela faz a integração metrô-trem pagando um bilhete. Na volta, paga duas passagens porque as estações são fisicamente separadas.

Créditos: Diego Nigro/JC Imagem

O metrô, vindo de Camaragibe, para na mesma plataforma do VLT, no Curado, explica a CBTU. O mesmo não acontece no sentido inverso. Se Érica não quiser pagar duas passagens, terá de descer do VLT no Curado, pegar o metrô voltando ao Recife, até a Estação Coqueiral, e fazer o transbordo para Camaragibe, orienta a empresa. “Não vale a pena, perco mais tempo”, diz ela.

José Wellington Ramos de Araújo, motorista, sugere a ampliação da linha Curado até a rodoviária, no mesmo bairro. “Os trilhos existem, a distância é mínima e seria um ganho para a população”, destaca. “Além disso, deveria ter mais VLTs. O pessoal do Curado depende do trem ou do ônibus Barra de Jangada para ir até Prazeres. De trem, são 32 minutos. No ônibus, quase duas horas”, compara.

A distância da estação à rodoviária é de 1,3 quilômetro. Porém, a linha não pertence à CBTU. É da MRS Logística. A CBTU solicitou à concessionária o direito de usar o trilho e espera a resposta. Para André Cardoso, representante da ONG Amigos do Trem, que apoia a mobilização de estudantes do câmpus de Nazaré da Mata da Universidade de Pernambuco (UPE), pela volta do trem de passageiros, o VLT atende bem a área urbana. “Poderia circular nas Avenidas Caxangá, Agamenon Magalhães e Norte, no Recife”, opina. Na zona rural, diz ele, as locomotivas são mais adequadas, por serem robustas. “Há trens em desuso que poderiam ser aproveitados na reativação da linha para Nazaré da Mata”, sugere André.

JC Online

Ônibus movido a lixo orgânico, esgoto e fezes humanas faz viagem inaugural na Inglaterra

Créditos: Divulgação


O BioBus, primeiro ônibus movido a fezes humanas e lixo orgânico, fez sua viagem inaugural nesta quinta-feira (20), do aeroporto de Bristol até a cidade histórica de Bath, na Inglaterra. O coletivo, com 40 lugares, tem motor movido a gás biometano, gerado na decomposição de fezes, esgoto e lixo orgânico.

Antes que possa ser usado para movimentar o ônibus, o gás recebe metano e tem o CO2 removido, o que o torna um combustível menos poluente do que o diesel e a gasolina. Outras impurezas também são retiradas para que o gás fique sem odores.

O combustível é produzido pela empresa GENeco na estação de tratamento de águas residuais de Avonmouth, perto de Bristol, usando a digestão anaeróbia. No processo, os microrganismos decompõem a matéria orgânica na ausência de oxigênio, o que gera o gás. Só a GENeco produz 17 milhões de toneladas anuais de biometano em Avonmouth.

Já o motor do é semelhante aos motores diesel convencionais dos veículos pesados, mas emite cerca de 30% de dióxido de carbono a menos que os ônibus a diesel. “Os veículos a gás vão ter um papel importante na melhoria da qualidade do ar das cidades britânicas, mas o Bio-Bus vai ainda mais longe”, disse à rede britânica BBC Mohammed Saddiq, o diretor-geral da GENeco.

A empresa que opera o ônibus estima que o veículo irá transportar cerca de 10 mil passageiros todos os meses, do aeroporto de Bristol até o centro da cidade de Bath. Outras formas inusitadas de produção de biocombustíveis incluem penas de frango, borra de café, gordura de jacaré, tequila, chocolate, fraldas descartáveis, melancia e folhas de maconha. As mais tradicionais contam com o etanol da cana de açúcar (tecnologia brasileira) e do milho norte-americano.


Veja aqui o vídeo sobre a viagem.




Blog Mundo Possível

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Ônibus com ar condicionado são testados na Região Metropolitana

Créditos: Lucas Silva/Ônibus Brasil


Desde o mês de junho os ônibus da Região Metropolitana do Recife têm dividido as vias da cidade com os BRTs, que são articulados e têm ar condicionado, oferecendo uma viagem mais confortável. No último mês, os passageiros da RMR têm se deparado com ônibus que são muitas vezes confundidos com os BRTs, mas que realizam viagens por linhas "normais" e operam como qualquer outro ônibus da cidade.

A presença desses ônibus, não habituais no cotidiano recifense, tem uma explicação: segundo o Consórcio Grande Recife, dois veículos foram fornecidos para testes e passarão por todas as empresas de ônibus da RMR. Atualmente, um deles opera na linha Avenida Norte/Macaxeira, da empresa Globo, e outro na linha Igarassu, da empresa Conorte.

Outro veículo com ar condicionado, fornecido pela Volkswagen, também está em períodos de teste e sendo utilizado pela empresa Metropolitana, operando na linha Jaboatão/Parador. Este, não é articulado.

O estudante Felipe Silva, de 19 anos, utiliza a linha Avenida Norte/Macaxeira com frequência e afirma que teve uma ótima experiência no ônibus com ar condicionado. "Foi uma viagem maravilhosa, tive a sensação de morar em uma cidade onde a prioridade de mobilidade é dos transportes públicos, e não dos carros", relata o jovem.

O também estudante Henrique Asevedo, de 27 anos, ainda não andou nos ônibus em fase de teste no Recife, mas lembra de quando os ônibus da cidade tinham ar condicionado, há cerca de 12 anos. Para ele, o sistema era melhor, assim como os veículos, que eram novos e estavam sempre bem conservados. Ele aponta que depois que o transporte de passageiros pelas kombis - que era considerado como um dos maiores concorrentes dos ônibus - foi proibido, a qualidade do transporte público caiu, e os ônibus com ar condicionado foram extintos.

O Consórcio Grande Recife afirma que, com a licitação, no futuro, os ônibus podem ser utilizados em maior escala na RMR, porém, ainda não há uma previsão para isso.

NE 10

sábado, 15 de novembro de 2014

População da Zona da Mata Norte pede a volta do trem de passageiros

Trecho de linha férrea abandonada em Tracunhaém. Créditos: Cleide Alves


O relógio marca 11h20 da manhã do dia 16/09, quando o carro do JC encosta na velha estação de Nazaré da Mata, rachada, pichada e sem uso. Não se passam nem dois minutos e lá vem uma mulher andando pela linha férrea, equilibrando uma sombrinha. Olha para os repórteres e interroga: o trem vai voltar? Em pouco tempo na cidade, descobrimos que a pergunta é tão corriqueira quanto fazer dos trilhos desativados um caminho natural de pedestre.


A volta do trem de passageiros é um desejo de jovens e velhos em Nazaré da Mata, distante 65 quilômetros do Recife. “Seria muito bom, andei muito de trem, é um ótimo transporte. Até hoje sinto saudade”, declara Maria Anunciada Pereira, 83 anos, com sua sombrinha cor-de-rosa e apoio declarado ao movimento liderado por estudantes do campus da UPE em Nazaré da Mata, pela reativação da Linha Norte da estrada de ferro.


“É um benefício não só para 500 alunos da UPE, a população de Camaragibe, São Lourenço da Mata, Paudalho, Carpina, Tracunhaém e Nazaré ganharia mais uma opção de transporte público”, observa a estudante de história da UPE e moradora de Carpina Alana de Moraes, 20. Nos seis municípios vivem 442.377 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2014).


Em setembro, foi realizada a 1ª Jornada de Lutas em prol do Trem da Mata Norte, que percorreu a pé os 14 km entre as estações de Carpina e Nazaré da Mata, tendo sido realizadas atividades culturais – música, poesia, ciranda, coco, grafitagem e debates.



A mobilização dos universitários pelo retorno do trem teve início em 2011, com uma caminhada de 56 quilômetros, do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Curado, Zona Oeste do Recife, até o câmpus da UPE em Nazaré. Mais duas peregrinações, no mesmo percurso, foram realizadas em 2012 e 2013. A quarta versão será mais compacta, com 14 quilômetros.


“Este ano, o trajeto é menor, mas teremos os debates e as ações culturais”, diz o estudante de geografia da UPE e morador de Camaragibe Pedro França. O documento aprovado será entregue ao Sindicato dos Metroviários, que auxilia o grupo. “As articulações devem envolver as prefeituras e os governos estadual e federal”, diz Lenival Oliveira, diretor-financeiro da entidade.


Ponte sobre o Rio Tracunhaém, em Nazaré da Mata. Créditos: Cleide Alves


Segundo ele, a ideia dos estudantes é viável e pode ser implementada a partir do município de Camaragibe, porque os trilhos não existem mais no Recife. “É a ferrovia em melhor situação no Estado. A infraestrutura está pronta, só precisa de reparos, como a troca de dormentes e reposição de brita no lastro. O problema maior será sinalizar as passagens de níveis (cruzamentos com carros e pedestres)”, avalia Lenival.

Edna Maria do Nascimento, dona de casa de 20 anos, se deslocava pela linha do trem, em Nazaré da Mata, na direção da PE-052. “Os trilhos estão se estragando, é uma pena. Só andei de trem uma vez, se voltasse, eu adoraria”, afirma. Na mesma cidade, a vendedora Maria José da Silva, 49, usa o antigo pontilhão da via férrea, sobre o Rio Tracunhaém, para encurtar a distância entre o loteamento Nova Boa Vista, onde mora, e o Centro.


Sem o trem, o pontilhão virou travessia de pedestre, apesar de não ter proteção de guarda-corpo e das tábuas avariadas. “Para quem andava sobre ponte de rolo de bananeira num engenho em Vicência (Zona da Mata), isso aqui é uma estrada”, compara Maria José.


Antes de se retirar, para pegar o ônibus no Centro, ela pergunta se o trem vai voltar. “Seria uma maravilha. Vou realizar um sonho quando isso acontecer, nunca andei de trem”, declara. A mesma indagação é feita pelo motorista João Guilherme Trindade de Lira, 53, ao ver os repórteres fotografando os trilhos próximo da PE-052.


“Em maio deste ano (2014) passou um trem aqui, foi tão bonito. Antes, limparam e ajeitaram os trilhos. Se a viagem deu certo, podiam reativar a linha”, comenta João Guilherme. Ele se referia a uma composição da CBTU-Recife que saiu das oficinas de Edgard Werneck (Areias), seguindo pela Linha Norte até João Pessoa (PB), para substituir uma máquina que iria atender o Trem do Forró de Campina Grande.


No município de Carpina, a 45 quilômetros do Recife, moradores se aproximam dos repórteres para saber de um possível retorno do trem. “Tiraram o transporte do pobre e jogaram o transporte do rico, o ônibus”, diz o guarda municipal Severino João de Melo. “Outro dia veio uma máquina e fez a revisão da linha, pensei que o trem iria voltar”, acrescenta o caminhoneiro Valdemir Rocha da Silva.


“A cidade ficou aguada sem o trem”, diz Valdemir. “Muita gente deixou de ir à praia e ao Carnaval do Recife, quando o trem foi desativado”, completa Ubiratan José de Souza. O prédio da estação Carpina, no Centro, é usado como moradia por um ex-funcionário da rede e como lan house. Os sanitários estão quebrados, com lixo e lama.


Eles lamentam o destino do girador onde o trem girava sobre seu eixo, para fazer a viagem de volta ao Recife. “Todo mundo gostava de ver esse mecanismo, mas a prefeitura aterrou o equipamento”, informam. “Os alunos da UPE de Nazaré, que moram no Grande Recife, dependem de ônibus fretados, pagam caro e o serviço fica a desejar. Por isso a volta do trem é importante”, diz Alana de Moraes.




 
JC Online

terça-feira, 11 de novembro de 2014

"Ficamos surpreendidos", diz presidente da Urbana-PE sobre multa milionária

Créditos: Ana Maria Miranda/JC Imagem


Após todas as empresas de ônibus que fazem parte do Grande Recife Consórcio serem autuadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (SRTE/PE) por infrações relacionadas à jornada de trabalho de motoristas, cobradores, fiscais e despachantes, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), Fernando Bandeira, disse na manhã desta terça-feira (11) que não deve nada aos trabalhadores.


"Foi dito que devíamos milhões e não entendemos o porque dessa divulgação. Ficamos surpreendidos", afirmou Bandeira. As multas administrativas para as empresas podem chegar a mais de R$ 13 milhões. De acordo com ele, a Urbana-PE contesta todas as infrações e já apresentou defesa ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Desde o dia em que foi notificada, a Urbana teve 10 dias para apresentar a defesa, prazo que encerrou ontem.

Bandeira contestou ainda a forma que a fiscalização foi feita. Segundo ele, a base de dados utilizada é "totalmente equivocada". A SRTE/PE teria utilizado mapas de circulação de ônibus, que mostram se os itinerários estão sendo cumpridos, quantas vezes o cartão VEM é utilizado em cada viagem, entre outros. O sindicato das empresas também disse que não sabe como a SRTE/PE teve acesso a estes documentos.

"O auditor fiscal autua com base em documentos da empresa. Neste caso específico, estão auditando por documentos que não são os de controle de jornada", explicou o advogado Fernando Montenegro.
Sobre o alto valor da multa que pode ser aplicada, Bandeira explicou que o fato de as empresas estarem sendo autuadas por não pagarem as horas extras dos funcionários faz com que se produza um "efeito cascata" na multa: "Chega a esse valor porque do suposto não pagamento eles entendem que a empresa não pagou as férias, as verbas recisórias, o 13º, etc". 



AUDIÊNCIA PÚBLICA - Nesta quarta-feira (12), às 9h, será realizada uma audiência pública em que será apresentado o relatório completo da ação fiscal. Participarão do encontro o MPT, a Advocacia Geral da União (AGU), Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Receita Federal, INSS, Consórcio Grande Recife e o sindicato dos trabalhadores. Fernando Bandeira informou que a Urbana-PE enviará representante.

NE 10

Scania oferece solução completa para a MobiBrasil no BRT do Recife



A Scania  comemora a entrega da solução completa para a MobiBrasil operar no BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) de Recife. O investimento foi de cerca de R$ 95 milhões em 100 ônibus articulados K 310 6×2/2, e essa quantidade torna a frota Scania a maior da capital pernambucana no sistema.

“A Scania é pioneira mais uma vez ao oferecer à MobiBrasil uma solução completa. A empresa recebeu veículo (K 310 6×2/2), serviço (Programa de Manutenção Scania Premium por 5 anos) e solução financeira por meio do Scania Banco. Para o mercado de ônibus urbanos foi a primeira venda com essa amplitude de cobertura para atender às necessidades de um cliente”, afirma Silvio Munhoz, diretor de Vendas de Ônibus Urbanos da Scania nas Américas. “A Scania demonstra o quanto dispõe de uma gama que atende a diversas demandas.”

“O BRT de Recife é um projeto inovador para Pernambuco e de grande importância, pois já está propiciando uma melhoria na qualidade de serviços ao passageiro, além de redução dos custos para as operadoras”, comenta Niege Chaves, presidente da MobiBrasil.

“Quando fomos escolher nossa frota para utilizar no BRT de Recife fizemos uma análise das alternativas do mercado e chegamos à conclusão de que a Scania era um excelente parceiro, pela experiência que tínhamos na aquisição dos ônibus a etanol em São Paulo, onde atuamos em linhas urbanas na capital.”

“Conquistar a confiança da MobiBrasil para termos a maior frota do novíssimo BRT de Recife nos deixa muito orgulhosos”, diz Eduardo Monteiro, responsável por Vendas de Chassis Urbanos da Scania no Brasil. “Nosso articulado K 310 6×2/2 vem sendo muito elogiado tanto pelas operadoras de BRT´s quanto pelos passageiros. Ele é reconhecido pela qualidade, economia de combustível, robustez e pelo baixo índice de manutenção.”

Para aumentar a disponibilidade e reduzir custos da frota, a MobiBrasil adquiriu o Programa de Manutenção Scania Premium por cinco anos. “A operação tem sido um sucesso. Resolvemos intensificar a parceria com a Scania com um programa de manutenção de longo prazo”, revela Niege.

A MobiBrasil também usufrui do Scania Serviços Dedicados. A Casa Scania Trux, do Grupo Movesa, que atende a região, montou uma equipe de mecânicos para atuar dentro da estrutura do cliente. “Eles interagem bastante com nosso dia a dia e ajudam a sanar as necessidades da operação com adaptações dos horários a nossa agenda. Os mecânicos fazem o serviço completo, da manutenção preventiva à corretiva. Um formato que tem melhorado nossa operação na rua. Nossas responsabilidades agora são com carroceria, pneus e abastecimento. Muito mais simples e eficiente.”


“A manutenção terceirizada é uma tendência para o setor, pois tira a responsabilidade do serviço na garagem, onde o foco é a operação, ter o veículo na rua e a qualidade de serviço ao usuário. Nesse sistema todos ganham mais, inclusive o passageiro”, conta a empresária. ”Temos uma parceria com a Scania de muitos anos, e queremos intensificar ainda mais. Hoje, nosso conceito é comprar veículos diferenciados com manutenção agregada. A Scania tem prestado esse serviço com muita qualidade, o que resulta em um grande diferencial competitivo”, conclui Niege.

A MobiBrasil atua no BRT de Recife nos corredores Leste-Oeste nas linhas 2450 Camaragibe-Centro e 2480 Camaragibe-Derby, que transportam 24 mil passageiros/dia.

Scania/Blog do Caminhoneiro

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Idosa é atropelada no Centro do Recife

Créditos: Elvis de Lima/JC Imagem


Uma mulher de 83 anos foi atropelada por um microônibus que faz a linha Candeias (Opcional) na Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife, na manhã desta segunda-feira (10).

De acordo com informações de testemunhas, a mulher, de identidade não revelada, estava atravessando na faixa de pedestre quando foi atingida pelo veículo. O Corpo de Bombeiros realizou o atendimento da vítima que sofreu ferimentos leves no pé esquerdo e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olinda, no Grande Recife. Uma das faixas, nas imediações do cruzamento com a Avenida Guararapes sentido Praça da República ficou interditada.

NE 10

Recife: Homem morre dentro de ônibus

Créditos: Cleiton Lima/Folha de Pernambuco


Um homem faleceu na manhã desta segunda-feira (10) dentro do ônibus em que seguia para o trabalho. Por volta das 7h25, Anildon Pedro de Maia, 61 anos, chegou a ligar para a patroa e informou que estava sentindo falta de ar. Pouco depois, ele sofreu um desmaio. O Serviço de Atendimento de Urgência (SAMU) chegou ao local cinco minutos depois e tentou reanimá-lo, mas não conseguiu. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, o homem já estava morto.

A suspeita dos Bombeiros é que o homem tenha sofrido um infarto fulminante, mas isto ainda não foi confirmado oficialmente. O ônibus da linha Engenho do Meio passava pelo cruzamento da avenida Caxangá com a rua José Osório, no sentido Centro, no momento do ocorrido e precisou ficar no local até o que o Instituto de Medicina Legal (IML) fizesse e remoção do corpo.

Agentes de trânsito afastaram o veículo poucos metros para antes do cruzamento, com o objetivo de aliviar o congestionamento já corriqueiro do local. O ônibus permaneceu ocupando uma faixa da avenida por cerca de duas horas e meia, até que o IML concluísse seu trabalho, às 10h. Depois disso, o ônibus voltou a circular normalmente.

Folha de Pernambuco

Engavetamento deixa vítima fatal e vários feridos em Goiana

Créditos: Blog do Anderson Pereira/Acervo


Um acidente envolvendo quatro veículos, sendo um ônibus da empresa Star Turismo placa: KZW - 1861, um ônibus de transporte coletivo da Rodotur de placa KHY 7965, um carro modelo Fiat Uno de placa PEL- 4005 e uma caminhonete Ford Ranger com placa KIW- 8093, deixou uma vítima fatal e 17 feridos na tarde deste domingo.

O engavetamento ocorreu em Goiana, zona da Mata Norte de Pernambuco. O estudante Gleyson Henrique Soares da Silva, 21 anos, dirigia o Uno e não resistiu aos ferimentos. O corpo, até o momento, ainda não foi retirado das ferragens.

A colisão ocorreu por volta das 17h30 na entrada da praia Ponta de Pedra. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi causado pela queima de cana-de-açucar da Usina Santa Tereza, que fica na região. A fumaça do processo passou para a rodovia BR 101 e diminuiu a visibilidade dos motoristas na pista. O primeiro ônibus, da Star Turismo, conseguiu freiar sem problemas, mas os ônibus da Rodotur e os carros Fiat Uno e Ford Ranger acabaram colidindo e causando o engavetamento.

Os bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão no local ajudando as vítimas. O primeiro relatório dos bombeiros indicam 17 feridos, sem risco de morte. Os envolvidos no acidente foram encaminhados para hospitais de Goiana e de Igarassu.

Blog do Anderson Pereira
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Maxi Ônibus Olinda comenta: o ônibus da empresa Rodotur envolvido no acidente foi o 749, que fazia a linha Ponta de Pedras/Goiana.

Metrô ainda sem previsão para operar normalmente

Créditos: Priscila Lins/Facebook



Usuários do metrô voltaram a enfrentar transtornos na manhã desta segunda-feira com a paralisação da Linha Centro do sistema. A interrupção do serviço acontece desde ontem por conta de um acidente envolvendo um veículo na estação do Barro. O problema atingiu os cerca de 260 mil passageiros que utilizam as subdivisões Jaboatão e Camaragibe, que foram obrigados a buscar outras alternativas de transporte. Nesta manhã, usuários enviaram imagens de filas enormes nas estações de Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe.


Os técnicos não param de trabalhar para resolver o problema. De acordo com a assessoria de imprensa da CBTU/Metrorec, por volta das 16h, será informada uma previsão para a conclusão dos trabalhos. A via 1 do metrô, que faz o sentido Camaragibe e Jaboatão / Recife, poderá voltar a funcionar normalmente ainda nesta segunda-feira. Já linha Centro opera fazendo o transporte no sentido Estação Recife e não o sentido inverso. Já via 2, mais afetada, que faz o transporte do sentido Recife / Camaragibe e Jaboatão, deve demorar mais a voltar a funcionar.


Para minimizar o impacto na rotina dos passageiros dos terminais integrados, o Grande Recife Consórcio de Transporte organizou um esquema especial de circulação de ônibus.


De acordo com o órgão, caso o problema operacional da linha Centro do metrô permaneça hoje, o consórcio irá reforçar as linhas radiais, que atendem ao Centro do Recife e mais duas linhas provisórias: TI Jaboatão/TI Barro e TI Barro/TI Afogados/TI Joana Bezerra. A interrupção da Linha Centro do metrô teve início ontem, após um acidente na BR-101, perto da estação do Barro.


De acordo com a polícia, o acidente aconteceu pouco antes das 5h. O comerciante Paulo César Dias Ferreira Júnior, 33 anos, que conduzia um carro modelo Santana, perdeu o controle no viaduto na linha férrea, batendo contra a grade de proteção atingindo cabos de alimentação da estação, deixando o sistema paralisado.


O motorista foi encaminhado à Central de Flagrantes da Polícia Civil e autuado por condução de veículo sob efeito de álcool e danos ao patrimônio público. Após prestar depoimento, o suspeito foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel).


Sem o metrô, os candidatos do Enem ficaram com uma opção a menos de deslocamento. Os terminais integrados da Região Metropolitana do Recife permaneceram lotados. O acidente também causou transtornos aos torcedores que foram acompanhar o jogo Sport x Flamengo, na Arena, que precisou do reforço de 15 ônibus.

Diário de Pernambuco

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Atualização: o Metrorec terminou o conserto e a linha centro voltou a operar desde as 16:20 desta segunda-feira. Foram trocados 1,5 mil metros de cabo, disjuntores e outros equipamentos.

domingo, 9 de novembro de 2014

Quase 12 horas após acidente, linha centro do metrô do Recife sem previsão de retorno

Créditos: Sergio Bernardo/JC Imagem


Quase doze horas após um carro acertar os cabos de alimentação da estação do metrô do Barro, na Zona Oeste do Recife, paralisando o funcionamento da linha Centro neste domingo (9), ainda não há previsão de retorno. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrorec, os danos foram muito graves e os reparos exigem tempo.

É possível que o metrô volte a funcionar antes desta segunda-feira, dia útil e de maior demanda, mas apenas em uma das vias. Cerca de 260 mil pessoas utilizam as subdivisões Jaboatão e Camaragibe diariamente e poderão ter dificuldades de deslocamento.

Por volta das 5h30 deste domingo, um carro modelo Santana bateu com a lateral do viaduto da BR-101 na linha férrea. Houve um princípio de incêndio, que foi controlado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que recolheu o veículo.

O condutor Paulo César Dias Ferreira Júnior estava com sinais de embriaguez e foi levado à Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde foi autuado por condução sob estado etílico e dano ao patrimônio público. Ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, onde ficará à disposição da Justiça.

REFORÇO DE ÔNIBUS - O Grande Recife Consórcio informou que, caso o problema não seja resolvido até esta segunda, será montado um esquema especial "para minimizar o impacto para o usuário". As linhas radiais, que atendem ao Centro do Recife, receberão reforço. Além disso, duas linhas especiais serão criadas: TI Jaboatão/TI Barro e TI Barro/TI Afogados/TI Joana Bezerra. 

NE 10

BRT em Caruaru aguarda aprovação de financiamento para início das obras

Créditos: Guto de Castro/Acervo


O sistema de BRT (Bus Rapid Transit) passa por análise de financiamento das obras para que seja instalado em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Assim que o Banco do Brasil concluir esta fase - independente e junto com a secretaria do Tesouro Nacional - que inclui a capacidade de endividamento do município, um retorno será dado. "Nós estamos simplesmente aguardando. Depois da liberação, se assinarmos o financiamento, nós teremos que contratar os projetos executivos e, por fim, a obra em si ser tocada e concluir essa linha troncal de BRT, onde a gente pode melhorar a mobilidade”, explica Paulo Cassundé Júnior, secretário Municipal de Gestão e Serviços Públicos.


Adotado em alguns municípios do país, a exemplo do Recife, o sistema funciona como uma espécie de metrô, com corredor próprio além de estações. Em Caruaru, o projeto existe desde 2012, quando o Ministério das Cidades avaliou e constatou que havia viabilidade local para a instalação do equipamento. Após aprovado pelo Legislativo, em 2013, e orçado em R$ 250 milhões - incluindo a pavimentação, ele passa por análise de financiamento. Pelo projeto, o BRT terá 13,8km e ligará Caruaru de Leste a Oeste - do Alto do Moura ao Bairro das Rendeiras. Ele deverá passar por estações próprias, aproveitando o trajeto da linha férrea do município. 




Para o arquiteto e urbanista Pedro Vilarim, o BRT é importante, desde que haja uma integração urbana. “É preciso integrar as linhas que vêm dos bairros para esse eixo central do BRT. É preciso ter terminais de integração. É preciso saber também como é que vai ficar a questão dos mototaxistas. Um sistema público de transporte não admite concorrências, senão ele não tem equilíbrio financeiro. Então, se a gente está há 10 anos com o mesmo número de passageiros transportados na cidade, a cidade crescendo, é porque as pessoas estão procurando outros meios de transporte além do público”.


O secretário Paulo Cassundé afirma que a ideia é que haja mesmo uma integração urbana. “O projeto inicial, a ideia, a concepção é que ao longo dessa linha tenha as estações onde se possa ofertar bicicletários, estabelecer uma ciclovia margeando o BRT e também, ao mesmo tempo, se pegar todo o sistema de transporte de passageiro público hoje existente e reestudá-lo para que o BRT seja alimentado e também receptor desses passageiros, fazendo, portanto, essas estações de integração com as linhas para os bairros que não cruzam a linha do BRT”.

G1 Caruaru

Incentivos e subsídios a carros somam quase o dobro do investido em transporte coletivo em 2013

Créditos: Maria Eduarda Bione/Diário de Pernambuco


O Brasil escolheu o carro. Governo após governo dedica parte de sua arrecadação para beneficiar essa indústria. A crise de 2008 provocou uma nova onda de incentivos. Somente no ano passado, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e o subsídio da gasolina, uma espécie de “bolsa carro”, somaram R$ 19,38 bilhões. O valor é quase o dobro do montante destinado a melhorar o transporte público nas cidades: R$ 10,2 bilhões em 2013. Enquanto isso, a população se espreme em metrôs, trens e ônibus superlotados. Em série de reportagens multimídia que começa a ser publicada hoje, O GLOBO percorre as maiores metrópoles do país para ver como anda a mobilidade urbana para milhões de brasileiros e mostra as consequências da opção por um Brasil motorizado e individualista.


São 47 milhões de automóveis e 19 milhões de motos nas vias brasileiras, frota 175% maior que em 1998. Nesse período, a população brasileira cresceu 28,5%. A cada ano, 3,7 milhões de carros novos invadem as ruas do país. Cálculos do economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho mostram que a capacidade de produção da indústria triplicou nos últimos 20 anos. Os incentivos ao carro em 2013 foram maiores que os R$ 14,38 bilhões previstos para obras da Copa do Mundo e são equivalentes a dez meses do Bolsa Família.

PARA O GOVERNO, IMPACTO É POSITIVO
A Copa do Mundo e as Olimpíadas ajudaram a diminuir um pouco esse desequilíbrio. Facilitar o ir e vir das pessoas nos grandes eventos passou a ter prioridade. E as manifestações de junho de 2013 deixaram claro que o transporte público caro e ruim é capaz de mobilizar a população a não só pedir preço de passagem menor como exigir serviços públicos de qualidade. Não era só por R$ 0,20, como diziam as faixas de protesto. O assunto foi um dos pontos centrais no debate eleitoral.

— Toda obra de mobilidade urbana que se faz já vai nascer cheia. O esgotamento é tamanho que vai ter demanda sempre — afirma Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

Desde 2009, os incentivos ao carro somaram R$ 56,4 bilhões — mais de dois anos de Bolsa Família. Neste cálculo estão as reduções do IPI, segundo a Receita Federal. Há também a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide sobre os combustíveis, e a diferença entre o valor da gasolina no país e a cotação mundial, segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura. Enquanto isso, em mobilidade urbana foram investidos R$ 32,6 bilhões no mesmo período, segundo estudo inédito do economista Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional, que falará sobre o tema em seminário na próxima sexta-feira na FGV.

E a pressão da indústria automobilística por baixar ainda mais o IPI este ano e pela manutenção em 2015 do benefício, previsto para terminar em 31 de dezembro, começou na semana passada, no lançamento do Salão do Automóvel. As montadoras alegam que estão com os pátios cheios, mas bateram seguidos recordes de vendas de 2003 a 2012.

No BNDES, a indústria automotiva também foi privilegiada. De 2008 a 2013, os desembolsos para o setor foram de R$ 32 bilhões, enquanto os projetos de mobilidade urbana levaram R$ 9 bilhões. Segundo o banco, dois fatores explicam isso: obras de tempo maior com o dinheiro liberado aos poucos e dificuldade dos estados de estar em condições de contrair os empréstimos.

— Já nos anos 1990 houve a redução na carga tributária para o carro popular com mil cilindradas. A tributação no Brasil é mais baixa que a da Europa e próxima à dos Estados Unidos, o país do automóvel. Também houve aumento de crédito, que era uma das barreiras para a população de classes mais baixas comprar carro — diz Carvalho, do Ipea.

O economista não critica o acesso mais fácil ao veículo. A proporção carro por habitante no Brasil ainda é baixa, dois têm carro a cada dez habitantes. Na Alemanha, essa relação é de seis para dez. O problema é a falta de infraestrutura e de transporte coletivo decente para ser uma alternativa ao carro.
Técnicos do governo justificam os incentivos ao carro pelo impacto positivo da expansão da indústria na economia, além dos empregos. O setor responde por 25% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) industrial.

— Somos dependentes da indústria automobilística há mais de 40 anos. Está na hora de mudar e partir para a indústria de bens coletivos — diz Frischtak. Mas fontes do governo reconhecem que a indústria tenta protelar investimentos. Houve pressão para prorrogar a exigência de airbag e freio ABS em todos os veículos no fim de 2013. As montadoras ameaçaram demitir se a exigência fosse mantida. O governo chegou a considerar o adiamento, mas a presidente Dilma Rousseff não cedeu, o que levou ao fim da fabricação da Kombi e a quase nenhuma demissão naquele momento.

Para o Ministério das Cidades, não há contradição: “A política de desoneração do IPI é uma medida econômica que mantém o mercado aquecido e gera empregos, o que pode caminhar junto com as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana”. Segundo o ministério, os recursos federais comprometidos para a área de mobilidade urbana, com Orçamento e BNDES, somam cerca de R$ 30 bilhões por ano desde 2012. Até o início da Copa, segundo o Ministério do Planejamento, dos 35 empreendimentos de mobilidade urbana previstos no orçamento de R$ 7 bilhões, nove foram concluídos (R$ 737,5 milhões) e 11 entraram em operação parcial (R$ 3,5 bilhões). Os demais migraram para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

INVESTIMENTOS NEM SEMPRE SÃO ADEQUADOS
Dos R$ 50 bilhões do Pacto da Mobilidade Urbana, lançado pelo governo federal em junho de 2013, durante as manifestações, foram selecionados mais de cem projetos, no valor de R$ 44 bilhões. O governo não informa quanto foi gasto até agora.

Marcos Bicalho dos Santos, diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), diz que os pacotes do governo prometem R$ 143 bilhões à mobilidade urbana, mas até agora foram investidos algo entre 10% e 15%:

— Precisamos de R$ 400 bilhões em dez anos para atender à demanda. O abandono foi grande.
E os investimentos nem sempre são os mais adequados. Constroem BRTs, linhas rápidas de ônibus, enquanto a demanda exige trem ou metrô.

— Nos últimos anos vimos o movimento dos passageiros em transporte sobre trilhos crescer 10% ao ano, embora a malha cresça apenas 3% ao ano. Isso explica parte da superlotação — explica Joubert Flores, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos e diretor de Engenharia do Metrô Rio, afirmando que os governos precisam investir para ampliar a capacidade, diminuir intervalos e expandir a malha.

O Globo

sábado, 8 de novembro de 2014

Mercedes lança ônibus com câmbio automatizado na Fetransrio

Créditos: Automotive Business/Divulgação


A Mercedes-Benz escolheu a Fetransrio, feira de transporte público realizada de 5 a 7 de novembro no Centro de Exposições Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ), para mostrar a opção do ônibus OF 1724 equipado com câmbio automatizado MB G 85 com engate hidráulico, cujo desenvolvimento partiu da equipe de engenheiros da companhia no País em parceria com a matriz, na Alemanha.


“O Brasil tem um grande papel como coordenador da evolução de nossos ônibus, concentrando o desenvolvimento de todos os chassis”, destaca Hartmut Scheck, presidente global da divisão de ônibus do Grupo Daimler.


Com vendas previstas já a partir deste mês, a tecnologia é a aposta da marca para aumentar a participação deste tipo de ônibus no mercado, que hoje representa menos de 3% de participação nas vendas totais do segmento urbano.


“Nossa proposta é complementar o portfólio com a oferta de uma solução alternativa para as necessidades e aplicações diversas. Acredito que esta é uma tendência próspera, assim como está sendo a suspensão pneumática: esperávamos entregar 350 unidades em 2014 e até agora já vendemos 900”, revela Ricardo Silva, diretor geral para ônibus Mercedes-Benz na América Latina.


Com 17 toneladas de PBT, a principal categoria de ônibus no País, o chassi OF 1724 foi desenvolvido para carroçarias de até 13,2 metros de comprimento. Equipado com motor OM 926 de 7,2 litros, desenvolve 238 cv de potência. A estimativa é de neste ano sejam vendidas 50 unidades, podendo chegar a 300 ônibus com câmbio automatizado em 2015, estima Silva.

Créditos: Mercedes-Benz/Divulgação



MULTICOMBUSTÍVEL

A empresa também aproveitou a feira para apresentar o ônibus multicombustível, com vendas previstas a partir de 2015: “A nossa proposta é oferecer um misto de tecnologia diesel-gás atraente para o mercado e amigável ao meio ambiente. Neste momento, estamos em fase de teste de viabilidade com três veículos rodando no Rio de Janeiro”, conta o executivo.


O desafio, segundo ele, é convencer os clientes sobre as vantagens do produto. A principal característica é a redução em 10% nas emissões de material particulado e 5% menos monóxido de carbono em comparação com o diesel mineral, além de queda de 8% nos gases causadores do efeito estufa. Silva elenca que o operador pode escolher a proporção que quer usar: “A utilização de gás pode ser de 60% a 70% em substituição ao diesel, mas pode rodar 100% com diesel, se assim preferir”. O veículo também está preparado para usar de biodiesel ou diesel de cana.


Com desenvolvimento no Brasil, que demandou quase quatro anos de pesquisa e testes, o plano da Mercedes-Benz é tornar o País uma base exportadora do modelo para mercados onde o gás é de uso comum, como outros países da América Latina, além de África do Sul, Turquia, Indonésia e algumas cidades da Índia.

Automotive Business

Compacto, a nova concessionária Volare em Pernambuco

Créditos: Diego Oliveira Benincá/Volare


A Volare inaugurou, no dia 24 de outubro, sua mais nova concessionária em Pernambuco, a Compacto Recife. A loja será responsável pela área que abrange a capital e cidades próximas, na comercialização da linha completa de veículos Volare (linhas Attack e Premium).


Segundo Mateus Ritzel, diretor comercial da Volare, a nova concessionária faz parte do programa da empresa para ampliar a cobertura de sua rede em todo o Brasil. “A Compacto está preparada e equipada para prestar atendimento com elevado padrão de qualidade, alinhado à nossa estratégia para excelência no pós-venda e aproximação cada vez maior com os clientes. O objetivo é estar próximo e contribuir para a satisfação total do usuário dos nossos produtos e para o sucesso e prosperidade da nossa rede de concessionárias em todo o Brasil”, explica o executivo.

Com investimento de mais de R$ 3 milhões, as novas instalações foram concebidas para atender ainda melhor aos clientes da marca e auxiliar na expectativa de crescimento de mercado para os próximos anos. A estrutura de atendimento conta com área total de 2.200 m² e área construída de 700 m². Além da comercialização de toda a linha de veículos Volare, a Compacto contará com 15 profissionais e prestará serviços completos de assistência técnica, com técnicos e mecânicos treinados pelo fabricante.

A Compacto Recife possui oficina mecânica com 4 boxes de atendimento mecânico mais 4 para carroceria e funilaria exclusivos para os veículos Volare e amplo showroom para exposição dos modelos da marca e pronta entrega.  A concessionária também contará com estrutura de análise de crédito, com relacionamento com algumas das principais instituições financeiras para encontrar as melhores opções para os clientes e tornar mais ágil e fácil as operações de venda.

A nova concessionária da Volare fica localizada na Rua Jornalista Cleofas de Oliveira, nº 200, Imbiribeira, Recife. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 18h00.

Volare

Ministério Público move ação contra prazo de validade do VEM

Créditos: JC Imagem/Acervo


O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Aguinaldo Fenelon, deu entrada em ação contra o prazo de validade de créditos do VEM (Vale Eletrônico Metropolitano). Ele pretende acabar com o limite de 180 dias para os créditos expirarem nos cartões de transporte público coletivo, incluindo VEM Estudante, VEM Comum, VEM Trabalhador ou qualquer outro tipo de vale existente ou a ser criado.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) apresentada por Aguinaldo Fenelon é contra o artigo 17 da lei Estadual nº 14.474, que estabelece a validade do cartão. A ação foi enviada na última segunda-feira (7) para o Tribunal de Justiça. De acordo com o procurador, a liminar pode entrar em vigor a qualquer momento, suspendendo a antiga lei, porém a lei só entrará em mérito após julgamento do Tribunal.

O promotor alega que o prazo de validade é um desvio ético. “O limite de validade representa uma ilegalidade, abuso e inconstitucionalidade porque o Sistema de Transporte Público não pode apropriar-se dos créditos adquiridos por estudantes e trabalhadores sob a alegação de que a validade desses créditos expirou. Trata-se de uma afronta ao princípio da moralidade e ao direito dos cidadãos”, afirmou Aguinaldo.

O Vale Eletrônico Metropolitano é o cartão do sistema de bilhetagem eletrônica da Região Metropolitana do Recife. O VEM foi criado para controlar a circulação de passageiros no transporte público, monitorar e planejar a operação do Sistema.

NE 10

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Acessibilidade comprometida em terminais integrados do Recife

Créditos: Urbana-PE/Acervo


Ainda estamos muito distantes de um ideal de acessibilidade dos equipamentos públicos. Mas a gente ainda consegue permanecer ruim, até em ambientes onde, em tese, a acessibilidade já deveria ser um quesito superado. Até o fim do ano, a Região Metropolitana do Recife terá 25 terminais de integração, que agregam em um mesmo ambiente metrô e ônibus.

Eles são fundamentais para duplicar a demanda de usuários do Sistema Estrutural Integrado (SEI) de 800 mil para 1,6 milhão. Só isso já deveria ser mais do que suficiente para os terminais funcionarem como foram projetados. Mas nem isso. Escadas rolantes sem funcionar e elevadores parados são cenas cada vez mais comuns em terminais recém-inaugurados.

Passava do meio-dia, fora do horário de pico, quando presenciamos a chegada de usuários ao Terminal Integrado Tancredo Neves para pegar o metrô. Uma escada rolante estreita congestionava com o volume de passageiros. Ao lado dela, uma outra escada, um pouco mais larga, estava desativada. “Essa escada foi trazida para ampliar o acesso no período Copa, mas nunca chegou a funcionar”, explicou um funcionário do metrô, que teve seu nome preservado.


A ida ao Tancredo Neves foi em razão de uma denúncia feita por meio do WhatsApp do Diario. A foto era de uma outra escada rolante, que também está sem funcionar, usada por usuários que chegam de ônibus e vão acessar o metrô, neste caso de responsabilidade do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Foi lá que encontramos o aposentado Severino Ramos Pereira, 80 anos, que subia a passos lentos uma escada, que deveria transportá-lo. “Cansei”, disse ele quase sem fôlego.

Em uma outra situação, a aposentada Maria das Neves, 65 anos, tenta usar o elevador, que fica na parte do desembarque dos ônibus, também sem sucesso. “Eu aperto o botão só para conferir, mas sempre está desligado”, revelou. De acordo com a assessoria do Grande Recife, houve problemas de queda de energia no terminal e em razão disso os equipamentos foram desligados. Ainda não há previsão de voltar a funcionar.

Já a assessoria do metrô informou que a escada rolante desativada veio da China, mas chegou com dimensões diferentes e terá que ser devolvida ao fabricante. Também sem prazo para resolver, quatro meses após o fim da Copa. Quanto ao elevador, o metrô informou que por falta de ascensorista, o equipamento só é ligado no caso de pessoas com dificuldade de locomoção precisarem.

Blog Mobilidade Urbana

Empresas de ônibus podem ser multadas em R$ 13 milhões no Recife

Créditos: JC Imagem/Arquivo


Uma fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (SRTE/PE) autuou as empresas do Consórcio Grande Recife. Ao todo, foram identificadas 11,5 milhões de infrações, a maioria relacionadas à jornada de trabalho dos motoristas e cobradores. As multas administrativas para as empresas podem chegar a mais de R$ 13 milhões e as empresas têm até 10 dias para se defender.


O objetivo da fiscalização é o "combate aos abusos cometidos na jornada de trabalho dos funcionários das empresas de ônibus". Outro problema seria a não concessão dos intervalos previstos na legislação para os motoristas e cobradores. A ação analisou 18 empresas do transporte rodoviário de passageiros, integrantes do Consórcio Grande Recife, alcançando quase 28 mil trabalhadores.


Além das autuações pelas irregularidades, foram calculados os valores que deixaram de ser pagos aos trabalhadores em decorrência do excesso de jornada ou da não concessão dos descansos. O valor total dessas verbas chegaram a R$ 200 milhões (inclusos as parcelas relativas de FGTS, que também não foram recolhidas).


Ao todo, segundo a SRTE/PE, as empresas receberão 180 autos de infração. O relatório completo da ação fiscal será apresentado na próxima quarta-feira (12), a partir das 9h, em audiência pública na sede da SRTE/PE. Participam da audiência pública, o Ministério Público do Trabalho, Advocacia Geral da União, Tribunal Regional do Trabalho, Receita Federal, INSS, Consórcio Grande Recife e o sindicato dos trabalhadores e das empresas de transporte rodoviário de passageiros.

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