Créditos: Ricardo B. Labastier/JC Imagem |
O grande volume de lixo nas estações, trilhos e trens do Metrô do
Recife (Metrorec) dificulta o funcionamento do sistema metroviário e
causa atraso generalizado nas viagens dos passageiros. Por ano, o
Metrorec gasta R$ 9 milhões com a limpeza da estrutura. O valor
exorbitante poderia ser reduzido e investido em melhorias no serviço da
empresa, reformas e compra de novos equipamentos.
“O lixo obstrui as vias e impede a passagem da chuva, além de atrair
roedores que rompem os cabos do sistema de comunicação do metrô. Os
ratos, além de comer os detritos, roem os cabos de sinalização. É um
problema de saúde pública”, destaca o gerente de comunicação do
Metrorec, Salvino Gomes. Ele explica que o rompimento da fiação atrasa
as viagens porque obriga o sistema a reduzir a velocidade dos trens.
Salvino Gomes informa que já foram encontrados sofás, vasos
sanitários e carcaças de eletrodomésticos nas vias. “Infelizmente, os
vãos se tornaram um grande depósito de lixo urbano. As pessoas jogam
todo o tipo de entulho”, critica. De acordo com ele, além dos
passageiros, cidadãos que moram perto das estações despejam detritos nos
trilhos.
O comerciante José Francisco da Silva, de 48 anos, diz que vê
diariamente as pessoas jogando lixo em locais impróprios, principalmente
nos vãos das estações. “Eu sempre vejo isso em qualquer lugar no metrô.
Enquanto isso, as lixeiras estão vazias”, comenta.
O padeiro Josenildo do Nascimento, 33, aponta o comércio ilegal dos
ambulantes como uma das causas do aumento da poluição. “Parece uma
feira. Os comerciantes vendem de um tudo: pipoca, água mineral,
chocolate. As pessoas consomem os alimentos e jogam as embalagens no
chão mesmo. Os ambulantes também fazem isso”, denuncia. “Eu acho que
deveriam legalizar a profissão para haver mais controle”, opinou.
Para diminuir o volume de lixo, o Metrorec anunciou que pretende
iniciar uma campanha de conscientização. Segundo a empresa, placas e
cartazes de conscientização serão afixados nas estações.
JC Online
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