Créditos: Bia Ribeiro/Divulgação |
Das linhas Alto Santa Isabel e Dois Irmãos (Rui Barbosa), a designer
Isabela Faria, 44 anos, via um Recife que muitas vezes passa
despercebido. São pontos como o Cinema AIP, no Centro da cidade. Então,
em agosto do ano passado, publicou a primeira foto na sua página pessoal
no Facebook. O título era "Da janela do meu ônibus". Virou série,
página, perfil no Instagram. E, na última terça-feira (2), chegou como
exposição no posto do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), na Rua da
Soledade, área central.
Catorze painéis com fotos postadas nas redes sociais ficam expostos no horário de atendimento do posto: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30h, exceto nos feriados. A mostra deverá ficar aberta por pelo menos três meses, com entrada gratuita.
"Agora, de fato, está aberta ao público. Está no lugar certo", afirma a criadora do projeto, que acredita que esse início no mundo offline pode gerar mais engajamento nas redes sociais.
Catorze painéis com fotos postadas nas redes sociais ficam expostos no horário de atendimento do posto: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30h, exceto nos feriados. A mostra deverá ficar aberta por pelo menos três meses, com entrada gratuita.
"Agora, de fato, está aberta ao público. Está no lugar certo", afirma a criadora do projeto, que acredita que esse início no mundo offline pode gerar mais engajamento nas redes sociais.
Mesmo sem experiência como fotógrafia, Isabela passou a tirar fotos
de lugares com os quais tinha identificação no Centro do Recife, onde
começou a trabalhar após passar um período com home office. Já usando o
título que virou nome do projeto, postou as fotos. A pedidos de amigos,
fez uma série organizada em álgum, ainda no Facebook pessoal. Porém, foi
ao transferir tudo para uma fanpage na rede social que passou a receber
contribuições e o que era quase um relato sobre o Recife ganhou
abrangência mundial. A primeira foto de fora foi enviada por uma amiga
que vive em Zurique, na Suíça. Depois, recebeu uma foto de um amigo que
mora em Moscou, na Rússia.
O ritmo de colaborações cresceu quando Isabela decidiu criar uma conta no Instagram e repostar o conteúdo no Facebook. "Fiz isso alguns meses depois. O Insta tem muito mais a cara desse projeto e diariamente tem novos curtidores, enquanto o Facebook é mais engessado", afirma a designer, que recebeu uma foto enviada da Noruega nesta terça-feira, dia de abertura da exposição. São mais de 100 cidades retratadas.
Por dia, Isabela posta cerca de quatro fotos, escolhidas entre as marcadas com o perfil @dajaneladomeuonibus e pela hashtag #dajaneladomeuonibus. Para a exposição, teve que selecionar 14 entre mais de 500 posts através de critérios como a qualidade da foto para impressão. "Eu criei o projeto, mas não sou autora, me sinto mais mediadora", afirma.
Isabela afirma que ficou um pouco surpresa com a repercussão do projeto, mas não esconde o orgulho. "Mas, ao mesmo tempo, sou tão fã dele, acho tão fantástico, que não me surpreendeu", diz. "Se qualquer pessoa tivesse criado, eu acharia ótimo. Todo mundo estava querendo falar sobre isso, só falei no momento certo."
Dez meses depois da primeira foto, a designer voltou a trabalhar em casa, o que provocou a criação de uma nova página: a Calçadas que andei. Nessa, em que os internautas têm liberdade para postar o conteúdo que quiserem, seja de protesto pelas condições dos passeios ou de contemplação da beleza que há em algumas delas, não é mediadora. "Meu trabalho tem muito a ver com essa coisa ligada à cidade, à coletividade, ao espaço público, cotidiana. Acho lindo ter todo mundo envolvido", afirma.
Isabela quer agora ampliar a abrangência do #dajaneladomeuonibus fora da internet. Para isso, inscreveu no último edital do Funcultura projetos de um site e de uma exposição na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, na Zona Sul, e aguarda o resultado. A designer também planeja fazer oficinas, workshops e criar uma loja virtual para capitalizar o projeto. "Quero conscientizar as pessoas a olharem a cidade, pertencerem a ela e cuidarem dela."
O ritmo de colaborações cresceu quando Isabela decidiu criar uma conta no Instagram e repostar o conteúdo no Facebook. "Fiz isso alguns meses depois. O Insta tem muito mais a cara desse projeto e diariamente tem novos curtidores, enquanto o Facebook é mais engessado", afirma a designer, que recebeu uma foto enviada da Noruega nesta terça-feira, dia de abertura da exposição. São mais de 100 cidades retratadas.
Por dia, Isabela posta cerca de quatro fotos, escolhidas entre as marcadas com o perfil @dajaneladomeuonibus e pela hashtag #dajaneladomeuonibus. Para a exposição, teve que selecionar 14 entre mais de 500 posts através de critérios como a qualidade da foto para impressão. "Eu criei o projeto, mas não sou autora, me sinto mais mediadora", afirma.
Isabela afirma que ficou um pouco surpresa com a repercussão do projeto, mas não esconde o orgulho. "Mas, ao mesmo tempo, sou tão fã dele, acho tão fantástico, que não me surpreendeu", diz. "Se qualquer pessoa tivesse criado, eu acharia ótimo. Todo mundo estava querendo falar sobre isso, só falei no momento certo."
Dez meses depois da primeira foto, a designer voltou a trabalhar em casa, o que provocou a criação de uma nova página: a Calçadas que andei. Nessa, em que os internautas têm liberdade para postar o conteúdo que quiserem, seja de protesto pelas condições dos passeios ou de contemplação da beleza que há em algumas delas, não é mediadora. "Meu trabalho tem muito a ver com essa coisa ligada à cidade, à coletividade, ao espaço público, cotidiana. Acho lindo ter todo mundo envolvido", afirma.
Isabela quer agora ampliar a abrangência do #dajaneladomeuonibus fora da internet. Para isso, inscreveu no último edital do Funcultura projetos de um site e de uma exposição na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, na Zona Sul, e aguarda o resultado. A designer também planeja fazer oficinas, workshops e criar uma loja virtual para capitalizar o projeto. "Quero conscientizar as pessoas a olharem a cidade, pertencerem a ela e cuidarem dela."
NE 10
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