Créditos: Comil/Divulgação
O Comil Campione DD (Double Decker), com dois andares, e o LD (Low Driver), com o salão de passageiros num nível acima do motorista e bagageiros maiores, têm muito mais que o significado de serem os primeiros ônibus dessa categoria diferenciada e de alto luxo desta geração da encarroçadora de Erechim, no Rio Grande do Sul.Os modelos, em especial o DD, surgem num momento crucial para o mercado de ônibus: o de crescimento. Apesar de as estimativas para o ano que vem serem de queda que pode chegar até a 10% na produção de carrocerias, mais como um ajuste de mercado pelo fato de o ano de 2011 ter sido muito aquecido, as vendas de ônibus continuarão expressivas.
E a Comil sabe que vai disputar mercado numa categoria onde praticamente hoje só há um produtor: a Marcopolo, com seu Paradiso da Geração Sete. A Busscar produzia o Panorâmico DD, mas a encarroçadora, com dívidas e situação financeira delicada (se não se der bem no período de recuperação judicial vai ter a falência decretada), não têm capacidade de atender a grandes pedidos.
O clima é de otimismo na Comil por conta do Campione DD.
O diretor geral da Comil, Silvio Calegaro, conversou com a reportagem de Adamo Bazani e confirmou os primeiros veículos já para fevereiro de 2012. “O DD da Comil representa maturidade da empresa. Vamos atuar e temos condições de atender um mercado no qual o cliente é mais exigente ainda” – disse Silvio Calegaro.
Ele conta que a produção de ônibus de dois andares com aplicação rodoviária já era um desejo antigo da Comil, mas que foi se desenvolvendo. Somente a finalização do projeto durou cerca de 1 ano, segundo Silvio Calegaro. “Apresar do tempo de desenvolvimento até rápido, o DD (Double Decker) é fruto de toda a história da Comil, não só desde 1985, mas também entra toa a histório, o esforço e o profissionalismo de quem atuava desde a Incasel (antiga encarroçadora que foi arrematada pelas famílias fundadoras da Comil)”
CRESCIMENTO
Silvio Calegaro destacou o crescimento da Comil, que nos últimos meses alcançou 40% em faturamento e 25% em produção. Essa diferença entre crescimento de faturamento é produção se explica pelo fato de terem sido vendidos veículos de maior valor agregado. E a linha de rodoviários Campione é o que motivou este crescimento.
Com maior demanda por ônibus (devido ao crescimento econômico, licitações, antecipação de renovação de frota por conta da entrada de novas normas de combate a poluição que deixam os ônibus mais caros, investimentos em mobilidade, entre outros fatores), sem a concorrência da Busscar e com o aperfeiçoamento e modernização da linha do Campione, o modelo corresponde às necessidades atuais do mercado.
A atual geração do Campione traz peças mais leves e modernas, materiais que podem ser usados em comum entre as diversas categorias do ônibus e um design mais agradável e menos “agressivo” como era considerada a antiga geração do Campione.
Estes atributos, como os materiais que deixam as carrocerias mais leves, o que reflete em menos gasto de combustível, peças, menos manutenção e melhor aproveitamento do motor devem estar presentes nas versões DD e LD do Campione.
A linha urbana também tem atraído mercado maior. E neste segmento, a Comil disputa com gigantes tradicionais, como Caio (líder nos urbanos) e Marcopolo, e com empresas que têm realizado consideráveis investimentos, como a Neobus e a Mascarello.
“Os modelos Svelto (convencional) e Svelto Midi (micrão) possuem uma ótima relação custo/benefício. O preço é muito bom, a manutenção e limpeza da carroceria são fáceis e o produto é resistente. Não é a toa que os modelos estão presentes em vários planos de renovações de frota por rodo o Brasil” – conclui Silvio Calegaro.
Além dos modelos Svelto e Svelto Midi, a linha de urbanos conta com o Doppio, para chassis articulados. Quanto ao Double Decker, o mercado dá sinais que este tipo de ônibus de mais categoria terá um espaço maior: a licitação da ANTT (que vai abranger praticamente todo o sistema de ônibus rodoviários de linhas interestaduais e internacionais), o crescimento da renda e do turismo, as expectativas quanto a Copa do Mundo e Olimpíadas de 2016 que devem aumentar o setor de fretamento para clientes mais exigentes em traslados e viagens, são alguns dos fatos que explicam esse otimismo para a categoria de ônibus de alto valor agregado.
Ônibus Brasil
Adorei esse novo e grande busão da Comil, agora sim uma concorrência com os G7.
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