Quem anda de ônibus no Recife certamente já percebeu que alguns coletivos estão circulando na cidade de cara nova. Os veículos, todos brancos, ainda são poucos e não muito diferentes dos que já estavam nas ruas. A mudança, segundo o Grande Recife Consórcio de Transportes, é unicamente visual e faz parte de um teste que pretende, no futuro, padronizar todos os ônibus da Região Metropolitana que não fazem parte do Sistema Estrutural Integrado (SEI).
“No edital de licitação das linhas do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) estava determinado que os ônibus que não integram o SEI devem ser padronizados. Ainda estamos testando as possibilidades, mas provavelmente os coletivos serão predominantemente brancos, com detalhes nas cores que representarão os lotes das empresas que venceram o processo licitatório”, explicou o presidente do órgão, Nelson Menezes.
Por ainda estar passando por provas, nem
o Grande Recife nem o Sindicato das Empresas de Transportes de
Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) repassaram quantos ônibus deste
tipo estão circulando, tampouco quais linhas atendem. Encontrar quem já
os utilizou, no entanto, não é difícil. “Os ônibus são novos, são
bonitos, mas insuficientes. Seria bom que tivessem mais coletivos nas
ruas, assim eles não andariam tão cheios”, disse o militar Odilon Moura,
de 53 anos.
Como os veículos em teste são diferentes
dos convencionais, muitos usuários acreditam que eles têm
ar-condicionado, mas não é o que ocorre. “Neste momento, apenas os BRTs,
operados pelas empresas que venceram os lotes 1 e 2 da licitação, são
refrigerados. Os consórcios que ganharam os lotes 3, 4, 5, 6 e 7 também
deverão disponibilizar ônibus com ar-condicionado, mas apenas os
articulados, de linhas ‘troncais’, que são aqueles que trafegam em vias
de grande movimento como as Avenidas Norte e Domingos Ferreira, por
exemplo”, explicou o presidente do Grande Recife.
As empresas que venceram a segunda etapa
do processo licitatório das linhas do STPP/RMR devem assinar o contrato
no mês de setembro e, a partir daí, terão 90 dias (que poderão ser
prorrogados por mais 90) para se adequar às normas. “Em nenhum lugar do
Brasil toda a frota de ônibus de uma cidade é refrigerada, mas, a longo
prazo, podemos analisar a possibilidade de aumento da quantidade de
ônibus com ar-condicionado e pensar em um ajuste contratual com as
empresas”, afirmou Menezes.
JC Online
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