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Após muitos atrasos e datas presentadas para a entrega, o Túnel da Abolição, que liga a rua Real da Torre à rua João Ivo a Silva, no bairro da Madalena, deverá ser liberado para a circulação dos carros até o fim este ano. Isso não significa, porém, a conclusão de todos os serviços de acabamento. O principal entrave da obra, que tem 287 metros de extensão, foi a estrutura ter encontrado um lençol de água que passa por baixo da área, fazendo minar constantemente o líquido para seu interior.
Os problemas para a finalização da intervenção de mobilidade, prometida
para antes a Copa do Mundo, também tiveram impacto no valor. O Estado
não soube informar quanto foi o aumento detalhado, pois alega que a
estrutura está integrada ao projeto corredor Leste-Oeste do Bus Rapid
Transit (BRT), que já passou de R$ 45 milhões para R$ 168,2 milhões, um
aditivo de 16%. Apenas o túnel tinha um valor previsto inicial de R$16
milhões.
Segundo a Secretaria das Cidades, responsável pela intervenção, outras
mudanças no método construtivo contribuíram para a inflação dos custos,
mas a água encontrada pesou para a demora do empreendimento, iniciado em
março de 2013. “O trabalho de bombeamento continuará até a cura
completa do concreto das paredes. Até o fim do ano, o local estará
preparado para aguentar a força da água que está do lado de fora”,
informou o secretário executivo de Mobilidade, Gustavo Gurgel. Na última
segunda-feira, a Folha de Pernambuco esteve no local e constatou,
ainda, a utilização de bombas e mangueiras para enviar a água para fora
do túnel, jogando na galeria fluvial. No local é possível verificar
pontos com infiltração nas paredes do túnel.
Técnicos da CTTU, Grande Recife e Secretaria das Cidades já estiveram no
local numa reunião para acertar detalhes da sinalização e circulação de
trânsito na região com a liberação do tráfego. Com a possibilidade da
circulação de veículos, haverá alteração de trânsito na região, como na
rua José Osório, que voltará a ter a configuração anterior, passando a
ser mão dupla. Durante toda a obra, a via ficava constantemente travada
devido ao intenso fluxo de veículos.
Os atrasos não prejudicaram apenas a mobilidade da área, mas também
tiveram impacto direto no comércio do entorno, que teve uma grande queda
de faturamento. Segundo o professor aposentado Givaldo Gualberto, de 72
anos, cerca de 50% das lojas que ficam na rua lateral ao equipamento
fecharam.
Ônibus - O túnel possui duas faixas de rolamento, mas
dentro existe um recuo onde há a possibilidade de criação de uma parada
de ônibus. O Grande Recife Consórcio de Transporte ainda estuda se o
local será um ponto seletivo ou não e o quantitativo de linhas. A
princípio, 17 linhas deverão passar pelo equipamento.
Folha de Pernambuco
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