Créditos: Guto de Castro/Acervo
No ano passado, a Scania obteve seu melhor resultado no segmento de ônibus desde 1991, com 1.652 unidades comercializadas. No entanto, 2012, não promete ser tão animador e o volume de chassis negociados deve ser menor do que o de 2011, é o que garante Wilson Pereira, gerente executivo de Vendas de Ônibus da empresa.
Segundo o executivo, o mercado já esperava uma retração para este ano,
principalmente, no primeiro semestre. Pereira explica que a transição de
tecnologia causa uma apreensão do mercado e um arrefecimento nas vendas
é algo normal.
No entanto, o gerente executivo espera uma melhora no segundo semestre.
“Em 2012, teremos uma média entre o ano passado e o anterior”, afirma.
Pereira também ressalta que, em geral, anos de eleição são fracos, pois
os prefeitos não querem assumir um compromisso sem saber se continuarão
nos cargos.
Ainda de acordo com o dirigente, o próximo ano deve ser positivo, uma
vez que soma dois fatores que ajudam a alavancar as vendas de ônibus:
novas prefeituras – que tendem a renovar as frotas de coletivos – e
também a proximidade da Copa do Mundo. “No segmento urbano, 2013 deve
superar 2011”, afirma Pereira.
Vendas de ônibus para o Chile
Se as vendas, por aqui, não parecem tão animadoras, ao menos para o
Chile, a Scania tem o que celebrar. Recentemente, a montadora sueca
negociou 231 chassis para operações urbanas em Santiago. Esse é o
primeiro negócio da marca para atuação no Sistema Transantiago, que
integra as linhas de ônibus e o metrô da cidade. Os veículos foram
adquiridos pela Alsacia Express e começam a circular em setembro.
Os chassis, do modelo K 230 4X2 com piso baixo, são equipados com
motores de 230 cavalos de potência, que atendem à norma de emissão de
poluentes Euro 5 e também a uma mais rigorosa, a EEV (Enhanced
Environmentally Friendly Vehicles).
No entanto, diferentemente da maioria dos veículos brasileiros, para
atender aos padrões Euro 5, os ônibus não utilizam a tecnologia SCR e
sim a EGR, que não necessita do aditivo Arla 32. Isso acontece, pois o
diesel chileno apresenta uma concentração menor de enxofre, com 15
partes por milhão da substância.
Somado à tecnologia EGR, os ônibus são equipados com turbogeometria
variável, filtro de partículas incorporado e sistemas de injeção de alta
pressão e de pós-tratamento de gases com catalisador de oxidação.
“Estamos entregando veículos com filtro de partículas que atendem a
normas mais rigorosas do que a exigida pela legislação vigente no Chile,
a Euro 3. Com motor de alta tecnologia, os veículos proporcionam
simultaneamente melhor custo operacional e menores níveis de emissão de
poluentes, entre outros benefícios”, diz André Rodrigues Oliveira,
gerente de negócios da Scania na América Latina.
Portal Web TransPo
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