Créditos: Urbana-PE/Acervo |
Ainda estamos muito distantes de um ideal de acessibilidade dos equipamentos públicos. Mas a gente ainda consegue permanecer ruim, até em ambientes onde, em tese, a acessibilidade já deveria ser um quesito superado. Até o fim do ano, a Região Metropolitana do Recife terá 25 terminais de integração, que agregam em um mesmo ambiente metrô e ônibus.
Eles são fundamentais para duplicar a demanda de usuários do Sistema
Estrutural Integrado (SEI) de 800 mil para 1,6 milhão. Só isso já
deveria ser mais do que suficiente para os terminais funcionarem como
foram projetados. Mas nem isso. Escadas rolantes sem funcionar e
elevadores parados são cenas cada vez mais comuns em terminais
recém-inaugurados.
Passava do meio-dia, fora do horário de pico, quando presenciamos a
chegada de usuários ao Terminal Integrado Tancredo Neves para pegar o
metrô. Uma escada rolante estreita congestionava com o volume de
passageiros. Ao lado dela, uma outra escada, um pouco mais larga, estava
desativada. “Essa escada foi trazida para ampliar o acesso no período
Copa, mas nunca chegou a funcionar”, explicou um funcionário do metrô,
que teve seu nome preservado.
A ida ao Tancredo Neves foi em razão de uma denúncia feita por meio do WhatsApp do Diario. A foto era de uma outra escada rolante, que também está sem funcionar, usada por usuários que chegam de ônibus e vão acessar o metrô, neste caso de responsabilidade do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Foi lá que encontramos o aposentado Severino Ramos Pereira, 80 anos, que subia a passos lentos uma escada, que deveria transportá-lo. “Cansei”, disse ele quase sem fôlego.
A ida ao Tancredo Neves foi em razão de uma denúncia feita por meio do WhatsApp do Diario. A foto era de uma outra escada rolante, que também está sem funcionar, usada por usuários que chegam de ônibus e vão acessar o metrô, neste caso de responsabilidade do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Foi lá que encontramos o aposentado Severino Ramos Pereira, 80 anos, que subia a passos lentos uma escada, que deveria transportá-lo. “Cansei”, disse ele quase sem fôlego.
Em uma outra situação, a aposentada Maria das Neves, 65 anos, tenta
usar o elevador, que fica na parte do desembarque dos ônibus, também sem
sucesso. “Eu aperto o botão só para conferir, mas sempre está
desligado”, revelou. De acordo com a assessoria do Grande Recife, houve
problemas de queda de energia no terminal e em razão disso os
equipamentos foram desligados. Ainda não há previsão de voltar a
funcionar.
Já a assessoria do metrô informou que a escada rolante desativada
veio da China, mas chegou com dimensões diferentes e terá que ser
devolvida ao fabricante. Também sem prazo para resolver, quatro meses
após o fim da Copa. Quanto ao elevador, o metrô informou que por falta
de ascensorista, o equipamento só é ligado no caso de pessoas com
dificuldade de locomoção precisarem.
Blog Mobilidade Urbana
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