Créditos: Alexandre Gondim/JC Imagem |
O projeto – que passou por vários
ajustes – prevê a construção de nove estações de embarque e desembarque
de passageiros sobre o Canal Derby-Tacaruna, numa extensão de 4,8
quilômetros entre a altura da antiga fábrica Tacaruna e o Terminal
Integrado de Joana Bezerra. Os dois viadutos sobre a Avenida João de
Barros serão alargados, permitindo faixas exclusivas para ônibus. E uma
passarela de pedestres será erguida nas imediações das comunidades do
Chié e Ilha do Joaneiro, em Campo Grande.
A Agamenon Magalhães é considerada a
espinha dorsal do trânsito no Recife, por ligar a cidade de norte a sul,
além de ser passagem para municípios vizinhos. Várias intervenções já
foram projetadas para a via, inclusive a polêmica construção de quatro
elevados que fariam parte desse projeto, posteriormente descartada.
No plano atual, a via será um dos dois
ramais do Corredor Norte/Sul, que tem início em Igarassu, bifurcando na
altura do Shopping Tacaruna. O outro ramal é o da Avenida Cruz Cabugá,
que vai até o Centro do Recife e conta com oito das 28 estações
projetadas em funcionamento, embora a previsão seja de que as obras
fiquem prontas em dezembro.
“Trabalhamos com essa perspectiva, mas
se houver atraso não vai passar de dois meses, pois falta pouca coisa
para concluir as estações”, declara o secretário estadual das Cidades,
Evandro Avelar. “Também estamos pensando em eliminar uma das estações
(perto do Cemitério dos Ingleses), que ficaria muito próxima da outra”.
Obras projetadas para a Copa do Mundo,
os corredores de BRTs ainda funcionam de forma tímida, cinco meses
depois de inaugurados. Pelos 33 quilômetros do Norte-Sul, circulam
apenas duas linhas de ônibus. Dos 90 BRTs previstos para o percurso,
apenas 28 estão operando.
No Leste-Oeste (que liga o Recife a
Camaragibe), 11 das 26 estações estão em funcionamento, com 33 dos 96
BRTs previstos. A maioria dos ônibus já foi adquirida e está se
depreciando nas garagens. Cada um custa R$ 750 mil.
Além das estações inacabadas, as
pendências incluem o alargamento de duas pontes: uma sobre o Rio
Beberibe, nas proximidades do Parque Memorial Arcoverde, e a outra sobre
o Canal da Malária, ambas em Olinda; o túnel da Abolição, na Madalena; e
os terminais da III e IV perimetrais.
Apesar do atraso, Avelar destaca a
importância e dimensão do trabalho realizado. “O Sistema Estrutural
Integrado (SEI) ganhou os dois corredores que faltavam (Norte-Sul e
Leste-Oeste). Estruturamos um serviço de primeiro mundo, aprovado pela
população. Desenvolvemos e implantamos ferramenta de gerenciamento
eficaz (a licitação). Se chegarmos ao final de uma mudança desse porte
com um atraso de 1 ano e 5 meses (tudo deve estar pronto em maio), não é
nada significativo para um governo que investiu mais de R$ 1,3 bilhão e
deu um novo rumo ao serviço de transporte do Grande Recife”, conclui.
JC Online
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