Créditos: Blog do Carlos Britto/Acervo |
Enquanto os petrolinenses já não sabem a
quem recorrer para reclamar do transporte coletivo na cidade, a EPTTC e
o Setranvasf não conseguem chegar a um consenso sobre o valor “justo”
das tarifas de ônibus. Durante debate promovido hoje (7) pela Rádio
Jornal, no programa ‘Manhã no Vale’, o diretor-presidente da EPTTC,
Paulo Valgueiro, voltou a falar da polêmica planilha apresentada pelo
órgão, na qual o valor sugerido da passagem era de R$ 2,62 na área
urbana, quando a planilha do Sindicato das Empresas de Transporte
Coletivo de Passageiros do Vale do São Francisco (Setranvasf) apontava
para um valor de R$ 2,84.
O detalhe é que a EPTTC teria voltado
atrás, mostrando oficialmente em reunião do Conselho Municipal de
Transportes uma tarifa de R$ 2,37. A justiça, no entanto, interveio e
deu ganho de causa ao Setranvasf, determinando que a passagem ficasse em
R$ 2,46. Por detalhe de troco, a entidade sugeriu às empresas que
cobrassem R$ 2,45.
Valgueiro, que já tinha comentado o assunto, voltou a se justificar. “A planilha foi apresentada, sim, mas ainda em um momento de discussão. Essa de R$ 2,62 ainda não era oficial”, disse. Para a gestora do Setranvasf, Josicléa
Rodrigues, a solução para o impasse seria a realização de uma nova
perícia que deve apresentar o valor justo das tarifas de ônibus na
cidade. “Há uma grande divergência na conclusão das planilhas. Para
acabar com esse dilema é preciso pedir uma nova perícia com
profissionais neutros”, disse Josicléa.
Calote
Se para as entidades está difícil chegar
a um acordo sobre o preço justo das passagens, para os trabalhadores a
preocupação é outra. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em
Transportes Rodoviários de Petrolina, Jaime Pessoa, afirma que muitos
funcionários estão inseguros, temendo um novo calote das empresas de
ônibus da cidade.
“Tem mais de vinte anos que estas
empresas de transporte estão aí, se arrastando e dando calote nos
trabalhadores. Estamos com muito medo disso acontecer mais uma vez.
Precisamos ter muito cuidado para não levar um novo calote”, disse o líder sindical.
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