Meta é colocar em circulação, até o fim do ano, outros 334 veículos adaptados. Hoje, são 1.143 coletivos.
Créditos: NE10/Acervo
Até o fim deste ano, a frota de ônibus da Região Metropolitana do Recife terá um acréscimo de 334 veículos adaptados para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida. A promessa é do Grande Recife Consórcio de Transportes, que atualmente possui 2.955 veículos, sendo 1.143 equipados com elevadores. A meta é que até 2014 todos os carros disponham de plataforma elevatória.
“Hoje, temos 385 linhas no sistema. Dessas, 274 já operam com no mínimo um veículo acessível. O objetivo é implantar, até dezembro, pelo menos um ônibus com elevador em cada linha”, disse a diretora de operações do Grande Recife, Tarciana Ferreira.
Deficiente físico desde criança, por causa de paralisia infantil, o para-atleta José Carlos dos Santos, 42, utiliza o transporte coletivo para ir à Universidade Federal de Pernambuco, onde treina. Apesar das dificuldades, como motoristas que “queimam” a parada, passageiros mal educados, reclamando da demora no momento da subida (tempo inferior a 1,5 minuto), José se mostra satisfeito com o despertar das empresas de ônibus para a situação dos cadeirantes.
“Tivemos avanços com relação à acessibilidade nos transportes para deficientes. Mas, algumas empresas deixam a desejar, porque ainda existem motoristas intolerantes. Eles dizem que o elevador está quebrado só para não abrir a porta”, afirmou o atleta, que já foi vítima de um acidente quando usava o elevador do coletivo. O equipamento estava sem manutenção e a plataforma (onde encaixa a cadeira) despencou. “Minha sorte é que eu estava acompanhado e a pessoa me segurou”, complementou.
José Carlos mora na Avenida do Forte, na Zona Oeste da capital, e teve um desejo atendido quando soube que todos os ônibus da linha 413, que corta a região, foram equipados com elevador.
A pedagoga Arenilda Duque da Silva, 48, teve paralisia infantil aos 11 meses de idade e acredita que o desafio do transporte público adaptado vem sendo vencido. Entretanto, ainda há muito para avançar na questão da acessibilidade dentro do contexto urbano
“A grande dificuldade é chegar aos pontos de ônibus. As calçadas são ruins. Muitos lugares não têm rampas nem acesso para os deficiente”, explicou. Mas, a má educação de alguns motoristas continua sendo a crítica recorrente entre os usuários do transporte. “No último domingo eu pedi parada, o motorista não abriu a porta nem fez o menor esforço. Não é a maioria, têm pessoas mais sensíveis, mas isso ainda acontece muito”, disse a pedagoga.
De acordo com a gerente de relacionamento do Grande Recife, Fernanda Gouveia, quem tiver reclamações ou sugestões para a gerenciadora do sistema pode entrar em contato com a central de atendimento, por meio do telefone: 0800.081.0158. “A gente mantém essas informações atualizadas para realizar a vistoria dos veículos que apresentam problemas”, afirma.
Jornal do Commercio
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