Adamo Bazani
Custos menores de aquisição, operação e manutenção. Condições mais favoráveis às características operacionais do País, com ruas esburacadas, estradas de terra, relevos acidentados e vias estreitas. Esses são os principais fatores que fazem com que os ônibus de motor dianteiro sejam sucesso no Brasil e que tenham vida por um bom tempo, por mais que as exigências de administrações públicas se tornem mais rígidas.
Pedir ônibus com piso baixo, motor traseiro e suspensão macia em rua de terra e cheia de buracos chega a ser um contrassenso do poder público.
O mercado de ônibus com motor dianteiro movimenta em média 12 mil unidades por ano.
A maioria é formada por veículos urbanos, mas a fatia de rodoviários e de fretamento cresce.
A Volvo de olho nisso lançou o modelo B 270 F, o primeiro de sua linha de produtos com motor dianteiro.
Créditos: Adamo Bazani/Ônibus Brasil
A pré venda foi expressiva, 200 unidades, e os comentários na Transpúblico 2011, feira e painel sobre transportes realizado na semana passada, mostram que o modelo pode ser um sucesso.
Neste ano, A Volvo estima produzir 860 ônibus com motor dianteiro. Em 2012, o número deve ser de 1600 unidade e em 2013 deve chegar a 3 mil.
Com 260 cavalos de potência, motor MWM International de 7.0 litros e seis cilindros, o chassi é cerca de 400 quilos que os modelos do mesmo padrão, o que garante maior rentabilidade do motor, menos peso a toa para ele carregar e menor consumo de combustível.
Além do momento favorável para os ônibus, com as renovações das frotas antecipadas pelos frotistas que pretendem escapar dos preços mais altos dos veículos de nova geração de redução de emissão de poluentes previstos para 2012, com as licitações como as da ANTT que vão exigir ônibus mais novos, eleições municipais se aproximando, trocas de ônibus programadas e outros fatores, as revendedoras deste tipo de veículo já projetam números promissores.
No caso da Volvo, o B 270 será um elemento a mais de otimismo para as revendedoras. O Grupo Auto Sueco, um dos maiores concessionários da marca da América Latina, projeta para 2011 um acréscimo de 130% no volume de suas vendas só neste ano. No primeiro semestre, foram vendidos 134 chassis de ônibus, o equivalente a 6,71% em comparação ao ano passado inteiro ou 12, 59% em relação ao primeiro semestre de 2010.
Em comunicado à imprensa, o gerente comercial do Grupo Auto Sueco, Arnaldo Teixeira, confirmou que o crescimento também será devido à produção do B 270 F: “É a primeira vez que a Volvo adota o motor dianteiro em seus chassis e isso vai ampliar consideravelmente nosso mercado” – afirmou o executivo.
Segundo informou a Auto Sueco, o mercado de ônibus com motor dianteiro é formado por 12 mil veículos produzidos por ano, dos quais, 40% rodoviários e fretamento e 60% urbanos.
Desde quando opera no Brasil, em 1978, a Volvo atua no setor de ônibus pesados, que compreende um mercado de 4 mil ônibus. Agora no mercado de semi pesados de 12 mil ônibus, amplia para um universo que entre todas as marcas consome 16 mil veículos.
A Auto Sueco aposta no pós venda para a fidelização dos clientes. No primeiro semestre deste ano, a procura pelos serviços da concessionária aumentou 32%. O superintendente da empresa Mário Oliveira afirma que a venda não é o processo final, mas é o início da relação com o frotista, seja pequeno, médio ou grande. “Acreditamos que a concretização da venda não é o ponto final, mas sim o início da relação mais próxima com o cliente. Uma boa entrega e uma assistência qualificada passam confiança a quem compra, já que a empresa vai trabalhar com aquele veículo por muitos anos”, destaca Mário Oliveira.
A revendedora é uma das autorizadas da marca que possui o Mr. Bus, um técnico especializado em ônibus, que pode auxiliar na detecção e solução mais rápidas de eventuais problemas nos veículos de transporte coletivo.
Ônibus Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário