Créditos: Secretaria das Cidades/Divulgação
As obras de construção do novo Terminal Integrado Joana Bezerra, estratégico para a eficiência do Sistema Estrutural Integrado (SEI) e para a operação dos corredores de BRT (Bus Rapid Transit) Norte-Sul e Leste-Oeste, estão paradas há 15 dias por falta de recursos. O dinheiro, repassado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), leia-se o governo federal, leia-se a presidente Dilma Roussef, do PT, não chegou mais. A explicação da secretaria das Cidades é que a obra vinha num ritmo excelente, mas foi diminuindo para realização apenas de pequenos serviços, como a colocação de pastilhas. Por sorte, a obra está 70% construída. Dos R$ 9,4 milhões previstos para o TI, R$ 5,1 milhões já foram pagos. Há um saldo de R$ 3,2 milhões pendente. A empresa responsável é a Gusmão Engenharia.
A Secretaria das Cidades prefere não acreditar numa represália do governo federal aos movimentos feitos pelo governador Eduardo Campos na disputa pela presidência da República, mas nos bastidores isso é certo. O mesmo vem acontecendo com os recursos de algumas obras do PAC. Pernambuco não vive mais em céu de brigadeiro, como quando o governador e seu PSB eram aliados do PT. O Estado, principalmente nessa reta final de obras, pagará por isso.
Entre os seis terminais integrados (ônibus x metrô) construídos pelo governador Eduardo Campos com recursos do governo federal (cinco na Linha Sul e apenas um na Linha Centro, exatamente Joana Bezerra), apenas três estão em obras: Joana Bezerra, Largo da Paz e Prazeres. O Termo de Compromisso entre o Governo e a CBTU envolve o valor de R$ 47,9 milhões. Desse total, R$ 43,7 milhões já foram desembolsados pela Companhia. Restam apenas R$ 7,9 milhões.
Esse valor está distribuídos nas obras dos TIs: Aeroporto (concluído), Cajueiro Seco (concluído), Tancredo Neves (concluído), Largo da Paz (em fase final de obra, apenas aguardando a instalação do elevador e escada rolante pela CBTU), Prazeres (obra em ritmo lento. O TI tem investimento total de R$ 3,8 milhões. Está com 65% da obra realizada e já foram pagos R$ 1 milhão. Há um saldo de R$ 622 mil pendente. E a empresa que executa a obra é a Trópicos Engenharia), e Joana Bezerra (obras paradas).
Briga política à parte, a conclusão do novo TI Joana Bezerra é crucial para o transporte da Região Metropolitana do Recife. Do jeito que o TI está em operação hoje, nenhum terminal de ônibus do sistema representa tanto a falta de cuidado com o passageiro como a unidade. Por ele passam 50 mil pessoas por dia, sendo um dos maiores do setor. A importância do TI Joana Bezerra é ainda maior pela localização que possui, sendo fundamental para a integração dos passageiros e a ligação com a Zona Sul do Recife. Quando estiver construído, a nova unidade vai beneficiar 67 mil usuários de ônibus, além de receber veículos BRT.
Blog De Olho no Trânsito
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