terça-feira, 2 de setembro de 2014

Audiência entre rodoviário e sindicato do empresários do setor termina sem conciliação

Créditos: Bobby Fabisak/JC Imagem


A audiência de conciliação e instrução a respeito da legalidade das paralisações dos rodoviários realizada na tarde desta terça-feira acabou sem acordo. A reunião no Tribunal Regional do Trabalho 6ª Região contou com representantes do Sindicato dos Rodoviários e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE). Pela falta de acordo, o vice-presidente do TRT-PE, o desembargador Pedro Paulo Nóbrega, marcou o julgamento do processo para a próxima terça (09), às 10h.

O julgamento contará com 19 desembargadores que deverão decidir se as últimas paralisações de motoristas, cobradores e fiscais de ônibus foram ilegais. Na última sexta-feira (29), Pedro Paulo, em liminar, considerou as manifestações como não abusivas. Porém, o desembargador exigiu que 80% dos ônibus circulassem no horário de pico, de 5h30 às 9h e de 17h às 20h.


Caso ocorra descumprimento da norma, o sindicato dos rodoviários terá que pagar multa de R$ 50 mil por dia. A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) julga, na próxima sexta-feira, o recurso do Urbana-PE relacionado ao salário e ao auxílio-alimentação.

MOTIVO DA PARALISAÇÃO - A categoria está realizando paralisações por não aceitar a retirada dos 10% de reajuste que tinha conquistado no final do mês de julho. As empresas de ônibus entraram na justiça alegando que não tinham como pagar os 10% e o reajuste acabou caindo para 6%. O mesmo aconteceu com os tíquetes-alimentação. A justiça tinha dado um aumento de 75%, mas a liminar conseguida pelas empresas derruba esse valor. Com isso, o valor cai de R$ 300 para R$ 180.

JC Online

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