terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mais um ciclista morre atropelado

Em menos de um mês três pessoas morreram em acidentes no Recife

De acordo com a placa divulgada pela imprensa, o ônibus envolvido no acidente foi o 362 da Globo, que fazia a linha 623 - Vasco da Gama (João de Barros). Créditos: Eronildo Assunção/Ônibus Brasil

 Mais um ciclista foi morto por atropelamento no Recife. Por volta das 23h do último domingo, Rawlian Gadelha, de 24 anos, estava voltando para casa na sua bicicleta quando foi atingido por um ônibus que fazia a linha Vasco da Gama/João de Barros, da empresa Globo, de placa PEJ-2944. O acidente aconteceu na avenida João de Barros, no cruzamento com a rua Augusto Batista, no Espinheiro, Zona Norte do Recife. No último mês, dois atropelamentos de ciclistas geraram atos de protesto de movimentos conhecidos como bicicletada. Em frente ao Forte do Brum, no Centro do Recife, está instalada a “Ghost Bike”, bicicleta pintada de branco, que marca o local de um dos acidentes.

A vítima desta vez trabalhava na Habib’s, localizada na avenida Rosa e Silva, e estava indo para casa, no bairro de Casa Amarela. Várias testemunhas presenciaram o acidente e, de acordo com elas, o coletivo passou por cima do rapaz, que morreu ainda no local. “O ônibus saiu de uma curva já em cima do rapaz. E passou com tudo por cima dele. Foi tudo muito rápido”, explicou uma testemunha, que preferiu não ser identificada. Segundo alguns comerciantes do local, com determinada frequência acidentes de carro acontecem, mas não com vítimas. “Com vítimas eu nunca vi, somente envolvendo carros e motos”, revelou Sérgio da Silva, de 63 anos.


Depois do acidente, o corpo de Rawlian foi encaminhado para o Instituto Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro. Na manhã de ontem, alguns familiares da vítima estiveram no local para realizar o reconhecimento do corpo. Todos estavam muito abalados e, segundo o tio da vítima, o segurança, Maurício da Silva, de 45 anos, há pouco tempo seu sobrinho havia comprado a bicicleta. Até então, seu principal meio de transporte era o ônibus. “Ele nunca tinha sofrido nenhum acidente porque sempre andava com muita prudência. Acredito que ele tenha sido vítima da falta de respeito que vemos nas ruas, por parte de quem está em veículos maiores”, desabafou. Com a colisão, a bicicleta de Rawlan partiu-se ao meio. O inquérito desse caso, segundo a assessoria de Imprensa da Polícia Civil, ainda não foi entregue à Delegacia do Espinheiro. No entanto, quando isso ocorrer, a investigação deverá ser repassada para a Delegacia de Delitos de Trânsito, segundo a polícia. 


Folha PE

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