Créditos: Guto de Castro/Acervo
A Mercedes Benz do Brasil informou que lidera as vendas de ônibus no País. Os números são comemorados pela marca, apesar da retração em todo o mercado deste tipo de veículo, por conta da adoção de novas tecnologias que deixaram os ônibus mais caros e provocaram no ano passado antecipações das renovações de frota. Foram emplacados 9995 ônibus. A segunda colocada nos emplacamentos de ônibus é a MAN, detentora da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, com 5800 unidades. A Mercedes mantém a liderança nos segmentos de ônibus acima de 8 toneladas. A marca responde por 61% das vendas de ônibus urbanos e 47% do mercado de veículos rodoviários.
Os ônibus urbanos são os maiores responsáveis por puxar as vendas de todo o setor de transportes coletivos.
Em anos de eleições, normalmente as renovações de frota são mais intensas, dadas as exigências do poder público sobre os frotistas já que os transportes coletivos são um dos fatores que mais causam impactos sobre a imagem das administrações, em especial as municipais.
Eventos como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 deixam os fabricantes otimistas para os próximos dois anos. As obras para qualificar as cidades e os espaços de esporte devem intensificar a demanda por veículos de fretamento.
A maior parte das cidades optou pelo BRT – Bus Rapid Transit, sistema de modernos corredores de ônibus, o que vai aumentar a procura por veículos urbanos simples para as linhas alimentadoras destes sistemas, e por ônibus articulados e biarticulados, com mais itens de tecnologia e conforto, o que aumenta o valor agregado destes veículos.
A Mercedes, em nota, declarou que a marca vê como positivo este momento e tem boas expectativas em relação à venda de veículos articulados. Desde o lançamento em 2001, a marca já vendeu mais de 1500 articulados do modelo O 500.
Os negócios relacionados ao BRT já estão dando bons resultados para a fabricante. As 91 unidades do sistema TransOeste, de BRT no Rio de Janeiro, são da Mercedes. A empresa também comercializou mais de 80 unidades do articulado com quatro eixos, que pode receber carrocerias maiores, de até 23 metros, com mais capacidade de lotação.
Além disso, mesmo nas cidades onde não deve haver eventos mundiais, vão ser realizadas medidas para melhorar a mobilidade das pessoas, algumas delas que já deveriam ter sido tomadas há muitos anos. Nestas cidades devem ser implantados também novos corredores de ônibus.
Os cidadãos precisam ser transportados com dignidade, rapidez e com custo compatível à sua realidade econômica independentemente de o País sediar uma copa de futebol. Mas é inegável que o assunto começou a ser levado mais a sério só agora, inclusive onde não vão ter jogos.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Blog Ponto de Ônibus
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