Créditos: Automotive Business/Acervo
Os motores NEF 6 CNG serão importados da Itália, já que as fábricas da FPT Industrial na América Latina ainda não têm escala para produzir o propulsor a gás. “Isso seria perfeitamente possível com pequenas adaptações nas linhas”, explica Olivier Michard, diretor de vendas e marketing da companhia para a região.
Ele garante que espaço nas plantas não falta. A organização tem capacidade produtiva para 120 mil unidades por ano na região, somando o potencial da planta brasileira de Sete Lagoas, Minas Gerais, com o da argentina de Córdoba. Apesar disso, a produção esperada para a América Latina este ano é de 70 mil unidades. Segundo a empresa, a diferença é fruto de investimentos recentes em ampliação das estruturas locais. Com os aportes, a companhia garante estar pronta para a evolução prevista para o mercado nos próximos anos.
APOSTA NO GNV
Apesar de ainda não haver demanda para veículos comerciais a GNV no Brasil, a FPT Industrial investe em pesquisas na tecnologia. “Lideramos globalmente as vendas de motores a gás natural, com mais de 13 mil unidades desde 1997”, calcula Michard.
A aposta é que esse tipo de propulsor comece a ganhar espaço no Brasil. A empresa calcula que a participação do GNV na matriz energética dos veículos no País subiu de 3,7% em 2008 para 4,1% atualmente. Segundo a empresa, esse número deve crescer nos próximos anos. “Depende muito de vontade política, mas é perfeitamente viável principalmente para veículos de serviço, que operam em determinado horário e abastecem sempre no mesmo ponto. Se tivermos estrutura, a demanda crescerá naturalmente”, observa.
A empresa deve homologar até o fim deste ano um motor a gás Euro 5 que está em testes na Iveco em quatro aplicações: no miniônibus CityClass, no ônibus Eurorider, no Tector 170 como caminhão de coleta de lixo e no Daily furgão, todos da Iveco, também do Grupo Fiat. A companhia garante que o motor proporciona redução de consumo de combustível e de emissões de poluentes com maior intervalo e menor custo de manutenção.
NEGÓCIOS FORA DA FIAT
Com as fábricas preparadas para ampliar a produção, a empresa se empenha para fechar contrato com clientes de fora do Grupo Fiat. Na metade de 2012, esses negócios respondiam por 34% das vendas globais da FPT Industrial. Na América Latina este índice é bem menor, fechando o ano passado entre 5% e 6%. A expectativa para este ano é de elevar essa participação para em torno de 10%, perto de 10 mil motores.
Michard afirma que o aumento está garantido com os negócios já fechados com a Modasa e com a Ford, que equipará o caminhão extrapesado que a montadora vai lançar este ano com os propulsores da fabricante italiana. Além disso, o executivo aponta que a TAC (Tecnologia Automotiva Catarinense), que produz o jipe Stark, encomendou 200 motores e lembra dos negócios com a Caoa, que equipa o comercial leve HD78 com propulsor FPT.
A empresa faz pequenas mudanças para atrair os clientes externos. Uma delas foi a abertura de um escritório em São Paulo para abrigar a área comercial comandada por Michard. O executivo francês assumiu o cargo no Brasil no início de 2012 com a missão de incrementar os negócios da marca com empresas de fora do grupo.
Automotive Business
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