2014 já se tornou um marco na história do transporte de Pernambuco. Não só pelo sistema BRT que está sendo implantado, rápido e moderno, mas também pelo fim das atividades de empresas tradicionais do mundo dos coletivos.
Em fevereiro, a Santa Cruz encerrou suas atividades. E no último dia 22 de maio, mais duas empresas despediram-se do sistema: a São Paulo e a Rodolinda.
Em comum, todas fecharam por causa do processo de licitação que o sistema de transporte recifense vive. Por conta de problemas financeiros, não conseguiram se encaixar em nenhum dos consórcios que foram criados. A única solução, portanto, foi fechar as portas.
Fundada em 1944, a Empresa São Paulo surgiu no bairro de Beberibe, zona norte do Recife. Fundada por Raul e Mário de Mello Morato, contava com apenas um ônibus, operado pelos próprios criadores, que eram irmãos. O veículo do tipo jardineira, era conduzido por um deles enquanto o outro cobrava as passagens.
Com o passar do tempo, a São Paulo cresceu e se profissionalizou. Em 1970, passou para as mãos de Luiz Antônio Morato, que conduziu sua expansão. Posteriormente, foi criada uma empresa-irmã, a Rodolinda, para operar as linhas municipais de Olinda.
Recentemente, a São Paulo tinha 120 ônibus e operava em 19 linhas, enquanto a Rodolinda possuia 8 carros na frota operando 1 itinerário.
Desde a manhã do dia 23, as empresas Caxangá, Globo, Pedrosa e Transcol assumiram a operação das linhas da Sao Paulo. Os antigos funcionários da São Paulo deverão ser divididos entre estas quatro transportadoras.
Os usuários devem ficar atentos as novas operadoras das linhas que eram da São Paulo. A dica é pegar o ônibus pelo número e nome do trajeto.
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