Manifestantes jogaram pedras, incediaram ônibus e fecharam vias. Grupo grevista não aceita a volta ao trabalho, determinada para quinta (9).
Segundo o Sintepav, ao final da assembleia, quando os representantes saíam do trio elétrico utilizado para passar as informações, o grupo revoltado começou a jogar pedras no veículo e nas pessoas. A Polícia Militar (PM), que confirmou a confusão, foi até Suape para tentar conter o tumulto, com o Batalhão de Choque e a Rádio Patrulha. A PM contou que operários que não gostaram do resultado da reunião começaram a depredar e jogar pedras nos ônibus e em tudo o que era encontrado pela frente.
O Corpo de Bombeiros informou que cerca de seis ônibus foram incendiados e que vias foram fechados no entorno com Complexo Portuário. Os trabalhadores contam que há pessoas feridas no local e que os policiais teriam utilizado balas de borracha e bombas de efeito moral, o que não foi confirmado pela PM. Segundo a polícia, dois homens foram detidos e serão levados para a delegacia por depredação.
O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) informou que o trânsito na rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, está muito complicado. O engarrafamento está chegando às proximidades do Shopping Costa Dourada, no sentido Cabo-Ipojuca. A PM contou que a situação já estaria controlada, mas a polícia continua no local.
O Sintepav comunicou que a confusão foi promovida por uma minoria, que não representa os trabalhadores de Suape. O sindicato contou ainda que a maioria entendeu a decisão do TRT e deve voltar a trabalhar normalmente na quinta-feira (9).
A greve
A paralisação foi iniciada no dia 1° de agosto, dias após o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), que representa os patrões, assinar um acordo com Sintepav-PE.
Em uma assembleia realizada no dia 27 de julho, sindicato e trabalhadores teriam acertado um aumento salarial de 10,25%, com cesta básica de R$ 260 e equiparação salarial entre os operários das diferentes empresas que atuam em Suape.
Como parte dos trabalhadores se mostrou descontente com o acordo, apenas alguns dias depois, e devido às dificuldades para uma nova negociação, o Sinicon encaminhou à Justiça o pedido de abusividade da greve, que foi acatado pelo TRT.
G1 PE
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