Erros no corredor da Presidente Kennedy, em Olinda, impedem inauguração de terminal integrado de Xambá
Roberta Soares
Créditos: Marcos Pastich/JC Imagem
Não
é mais novidade para ninguém que a Avenida Presidente Kennedy, uma das
principais vias de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, virou um
desastre depois que o governo do Estado e a Prefeitura de Olinda
implantaram um corredor de ônibus nos mesmos moldes do construído na
Avenida Conde da Boa Vista,
no Centro do Recife. As reclamações da população comprovam. A novidade
agora é que a desordem da via e os erros cometidos no projeto original
de requalificação do corredor – que, por enquanto, custou quase R$ 9
milhões – estão impedindo a inauguração do Terminal Integrado de Xambá,
que será um dos maiores do Sistema Estrutural Integrado (SEI). O TI está
localizado às margens da via, encontra-se praticamente pronto, à espera
apenas do início da operação, que deveria acontecer no próximo mês, caso o corredor não tivesse virado um obstáculo.
Créditos: Marcos Pastich/JC Imagem
A previsão é de que o TI de Xambá atenda 85 mil pessoas por dia e opere
com 21 linhas de ônibus, entre municipais e metropolitanas. Embora o
terminal vá provocar a racionalização operacional do sistema, reduzindo o
número
de linhas e coletivos trafegando na Presidente Kennedy, exigirá o uso
de veículos com maior capacidade de transporte, como os ônibus
articulados, que têm menos flexibilidade. Atualmente, sem o terminal
estar funcionando, 26 linhas de ônibus, operadas por 151 coletivos,
trafegam pela Avenida Presidente Kennedy. Na prática, os veículos se
espremem entre as estações de embarque e desembarque construídas no
centro da via. A desordem é tanta, que em praticamente todas as oito
paradas os ônibus usam a via criada para os carros e os veículos
particulares circulam pelas baias dos ônibus. A confusão é geral.
“Vai ser complicado demais trabalhar
com os articulados. Já temos sofrido muito para passar com ônibus
comuns no meio ou ao lado dessas paradas, estreitas e equivocadas,
imagine como será dirigir um ônibus articulado?”, brinca, sem se
identificar, um motorista da empresa Caxangá,
que opera a maioria das linhas de ônibus que trafegam pela Presidente
Kennedy. O TI de Xambá deverá receber toda a demanda de passageiros dos
bairros periféricos de Olinda. Esses passageiros chegarão ao TI e, de
lá, farão integração com linhas metropolitanas para o Recife e cidades
da Região Metropolitana, como Paulista e Igarassu. A aposta na operação
da nova unidade é tanta, que os planos dos gestores é desativar o
Terminal do Caenga, que hoje opera no fim da Kennedy, na Estrada do
Caenga.
O governo do Estado, para variar, fechou-se em copas. Como tem agido em
várias ocasiões, o Grande Recife Consórcio de Transporte não quis se
pronunciar sobre o problema, apesar de ser o responsável pela gestão do
sistema e do TI de Xambá. Preferiu transferir a responsabilidade para o
Prometrópole, programa que refez a drenagem e implantou o corredor de
ônibus na Kennedy. Por meio de nota, o Prometrópole informou que o
Estado e a Prefeitura de Olinda vão fazer adequações nas paradas para
melhorar o raio de giro e permitir que veículos maiores possam trafegar
sem dificuldades na via, além de recapear toda a avenida e criar giros de quadra para eliminar os retornos. Prazos, entretanto, não foram ditos.
Parabéns pela ótima postagem! Realmente a Presidente Kennedy é um claro caso de incompetência com o gerenciamento de recursos públicos! A população deve reivindicar! São 9 milhões de recursos e ninguém quer assumir o ócio da questão!
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