Créditos: JC Online/Acervo
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A greve do metrô do Recife e de outras quatro cidades completa 25 dias nesta sexta-feira, sem que metroviários e a direção da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) cheguem a um acordo. Um absurdo. Como afirmam alguns usuários do sistema metroviário, era melhor que o metrô tivesse parado totalmente, sem operar dia ou horário algum. Mas com o esquema criado, de funcionar nos horários de pico da manhã e da noite, a impressão que temos é de que, embora o prejuízo ao usuário seja menor, o movimento perde força. É como se houvesse uma acomodação. De um lado, a CBTU/Metrorec empurra a negociação e, do outro, os metroviários vão mantendo a paralisação do jeito que está. Sem radicalismo, sem negociação.
É lamentável que a greve se arraste por tanto tempo. E o pior é não haver previsão de qualquer entendimento entre funcionários e a CBTU. Grevistas e a direção da empresa já se reuniram duas vezes sem que chegassem a um acordo. A Justiça também não intervém. Determina os 30% de oferta por ser um serviço público e pronto. A situação só não está pior para os usuários do metrô porque três linhas especiais de ônibus foram criadas pelo Grande Recife Consórcio de Transportes interligando alguns dos terminais integrados com o metrô que mais têm demanda e são mais distantes do Centro do Recife, como é o caso do TI de Jaboatão dos Guararapes e do Barro.
Quatro linhas de ônibus também foram reforçadas, mas mas muitas pessoas estão sem opção. Estamos falando de 260 mil passageiros diários. Gente que sai das mais distantes localidades da Região Metropolitana e depende da integração para chegar aos seus destinos. Sem o metrô, muitos têm que pagar uma passagem a mais. A CBTU/Metrorec e o governo federal precisam considerar isso. É absurdo.
JC Online
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