Programa
chamado de Brasil Sustentável deve ser destinado aos estudos e
desenvolvimento de veículos como os da Itaipu Binacional, além de outras
iniciativas de tecnologia limpa
Créditos: Adamo Bazani/Canal do Ônibus
Esta é uma das ações do pacote de financiamentos, cuja uma das linhas, o Programa Brasil Sustentável, visa não só financiar inovações tecnológicas, mas avanços que beneficiem as áreas social e de meio ambiente ao mesmo tempo.
O ônibus elétrico híbrido possui dois motores: um que funciona a energia elétrica e outro a combustão. O motor elétrico opera nas situações nas quais os ônibus comuns mais poluem, enquanto o de combustão, em momentos de menos esforço, servindo também para gerar energia que é armazenada em baterias. O veículo também usa o princípio da frenagem regenerativa, que também gera energia para o motor elétrico, ao captar a energia que não é usada nos momentos de menos esforço do ônibus, e a obtida pelo atrito dos freios.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauro Antônio Raupp, vai anunciar na Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a liberação de R$ 2 bilhões para estudos e concretização de soluções que minimizem os impactos negativos ao meio ambiente. Deste total, 75% vão ser em forma de financiamento para a modernização das empresas e o restante para subvencionar novas tecnologias.
O dinheiro vai ser usado já durante os próximos três anos. O presidente da Finep, Glauco Arbix, disse durante evento de inauguração da Feira Brasil Expo Sustentável, que não vão faltar recursos para que o ônibus seja produzido em escala, com o objetivo de diminuir o valor do veículo e torná-lo atrativo para que os modelos comecem a fazer parte da realidade dos transportes urbanos.
O ônibus elétrico híbrido, com motor a etanol, consegue reduzir em até 90% a emissão de alguns materiais poluentes e praticamente neutraliza o enxofre no ar. A unidade do veículo da Itaipu circula pela usina e em 2010 transportou chefes de Estado na Cúpula do Mercosul, em 2010, no Rio Grande do Sul.
O Finep e a Itaipu já desenvolvem parceria em relação ao ônibus elétrico híbrido para o desenvolvimento de uma nova bateria de sódio avançada. A Itaipu também elabora estudos para obtenção de energia a partir de dejetos da produção de suínos no Oeste do Paraná e para um sistema de acumulação de energia com baterias não poluentes e recursos renováveis que podem deixar o arquipélago de Fernando de Noronha menos dependente dos geradores a diesel.
O ônibus elétrico híbrido também vai fazer parte dos transportes de Curitiba. Mas trata-se de um outro modelo. Os veículos que vão circular pela capital paranaense são feitos pela Volvo. Apresentados na Rio + 20, também reduzem em cerca de 90% a emissão de alguns poluentes e são movidos por um motor a diesel ou biodiesel e outro a energia elétrica. Serão 60 unidades em Curitiba, das quais, 30 já devem circular a partir deste mês de setembro.
Estes veículos não contaram com recursos desta nova linha de financiamento
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Canal do Ônibus
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