Primeiras unidades devem rodar em Curitiba no mês de setembro.
Ônibus
a hidrogênio da Volvo apresentado na Rio + 20. Redução de alguns tipos
de poluentes pode chegar a 90%, segundo a fabricante. Foto: Divulgação
Volvo
A
Volvo apresentou agora pela manhã, na Rio +20, Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, uma solução tecnológica que
beneficia o meio ambiente na área de transporte público.
Trata-se
da primeira unidade do ônibus elétrico híbrido produzida no Brasil,
movido com dois motores: um a eletricidade e outro a diesel.
A tecnologia é denominada de Híbrida em Paralelo.
O motor elétrico funciona quando o ônibus faz as arrancadas e em movimento até 20 quilômetros por hora.
São
os momentos que os ônibus mais emitem poluição com motores
convencionais. Assim, de acordo com a Volvo, a operação da tração
elétrica nestas ocasiões minimiza os maiores impactos de emissão de
poluentes.
O
ônibus usa o princípio da frenagem regenerativa, ou seja, a energia que
não é usada quando o veículo é menos exigido e gerada quando é freado,
não é desperdiçada. Essa energia é armazenada em bancos de baterias que
vão fornecer força ao veículo quando as condições de operação são mais
exigentes.
Estima-se que entre 30% e 40% do tempo operacional do veículo são usados com o ônibus parado.
E no caso do Hibridus, segundo a Volvo, neste tempo, não há emissões de poluição.
A
redução de poluentes pode ser de até 90%, dependendo do tipo de gás ou
material, em comparação com os ônibus diesel de motorização Euro III, da
antiga tecnologia.
Entre os poluentes reduzidos estão materiais particulados, Óxido de Nitrogênio e Gás Carbônico.
Após
o ônibus atingir 20 quilômetros por hora, entra em funcionamento o
motor diesel, que também gera energia e já segue as novas normas de
redução à emissão de poluição com base no Euro V, que são mais rígidas.
Nestes momentos, em velocidades maiores, normalmente os motores a
combustam poluem menos.
Quando ônibus para nos pontos, congestionamentos ou semáforos, o motor diesel se desliga automaticamente.
A
cidade de Curitiba, no Paraná, reconhecida pelos sistemas de BRT (Bus
Rapid Transit), deve receber um lote de 60 veículos destes, de acordo
com o prefeito Luciano Ducci, que esteve no evento.
As primeiras trinta unidades devem começar a circular em setembro e as outras trinta serão colocadas no sistema no ano que vem.
Inicialmente
vão operar na linha Interbairros I, que liga as vilas aos terminais,
sem passar pelo centro, e em outras linhas bairro a bairro
No
caso de Curitiba, o motor a combustão vai operar com 100% de Biodiesel,
o que deve contribuir para aumentar os níveis de redução de poluentes.
Os veículos da capital paranaense são encarroçados pelo modelo Viale BRT, da Marcopolo
Segundo a Volvo, pelo fato de o veículo não operar o tempo todo com o motor diesel, a economia de combustível pode chegar a 35%.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Canal do Ônibus
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