Créditos: Guto de Castro/Acervo
Créditos: Guto de Castro/Acervo
A Marcopolo registrou, em 2012, receita líquida consolidada 13,3% superior à obtida no ano anterior, e alcançou R$ 3,817 bilhões, contra R$ 3,368 bilhões do exercício de 2011. A produção consolidada totalizou 31.296 unidades, 0,7% inferior às 31.526 unidades fabricadas em 2011. Deste total, 62,3% foram produzidas no Brasil e as demais 37,7% no exterior.
As vendas para o mercado interno ficaram praticamente estáveis (R$ 2.446,3 milhões – queda de 0,4%) ou 64,1% da receita líquida total (72,9% em 2011). As exportações, somadas aos negócios no exterior, geraram receita de R$ 1.370,8 milhões, contra R$ 912,3 milhões no exercício anterior, com crescimento de 50,3%. O lucro líquido de 2012 atingiu R$ 302,4 milhões e os investimentos foram de R$ 277,2 milhões.
O desempenho no mercado brasileiro em 2012 é reflexo dos desafios oriundos da transição da motorização Euro 3 para Euro 5. A nova motorização, necessária para atender aos novos níveis de emissões de poluentes estabelecidos pela regulamentação do Conama Proconve P7, impactou na produção nacional de ônibus, que caiu 8,1% em relação a 2011, com 33.080 unidades produzidas contra 35.989. O que impediu que essa queda fosse ainda maior foi o investimento do Governo Federal brasileiro na compra de até 8.570 ônibus escolares do projeto Caminho da Escola através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC – Equipamentos), dos quais a Marcopolo produziu 3.911 unidades.
No mercado externo, as exportações da Marcopolo a partir do Brasil cresceram 25,9% em relação a 2011 e atingiram 2.864 unidades. A desvalorização do real frente ao dólar norte-americano e o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras (REINTEGRA) permitiram que os ônibus brasileiros fossem mais competitivos no mercado internacional.
Outro destaque foi o desempenho das operações no exterior, que contribuíram com 37,7% da produção consolidada – 11.813 unidades, com crescimento de 14,3%. As unidades controladas/coligadas da Índia e do México aumentaram suas produções em 23,0% e 27,3%.
Perspectiva 2013
A perspectiva da Marcopolo para 2013 é de crescimento, tanto no mercado brasileiro como na maioria dos países onde opera. No Brasil, as melhores condições de crédito, a aceleração na renovação da frota de ônibus, as licitações dos serviços de transporte interestadual e os investimentos em infraestrutura urbana, em especial na implementação de sistemas BRT (Bus Rapid Transit), garantem à empresa uma carteira de pedidos elevada neste início de ano. Os eventos esportivos que o país sediará, dentre os quais a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, bem como o programa “Caminho da Escola” do Governo Federal continuam sendo os principais fomentadores da demanda por ônibus.
Em relação ao mercado externo, as exportações do Brasil devem seguir a recuperação iniciada em 2012, com margens beneficiadas pelo câmbio mais favorável. No que se refere às controladas e coligadas no exterior, os principais destaques de 2013 devem ser a Índia e o México, cujas produções a serem consolidadas devem atingir 9.500 e 1.800 unidades, respectivamente, em relação ao ano anterior, conforme guidance divulgado pela Companhia em 19 de dezembro de 2012.
As expectativas de desempenho da Marcopolo para 2013, mantidas as condições atuais de mercado e do desempenho econômico dos países onde a companhia opera, são de atingir uma receita líquida consolidada de R$ 4,3 bilhões e produzir 35.200 ônibus nas unidades do Brasil e exterior, com investimentos programados no montante de R$ 200 milhões, nos negócios existentes.
Secco Consultoria
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