Créditos: MAN/Divulgação
A fabricante de ônibus e caminhões MAN/Volkswagen anunciou uma inovação dos veículos da marca. A empresa começou a aplicar a nanotecnologia nos coxins dos motores. A MAN diz que é a pioneira no País a usar esta tecnologia nesta peça em ônibus e caminhões. Com a solução, é possível reduzir o nível de vibração transmitida aos veículos, ampliando o conforto para motoristas e passageiros. Já a vida útil do componente pode ser prolongada em até 50%.
O coxim, neste caso, é responsável pela sustentação do motor sobre o chassi. Devido a isso, ele fica submetido a muitos impactos que se não absorvidos adequadamente podem causar uma série de problemas não só ao componente, mas a diversas partes do ônibus ou do caminhão.
A nanotecnologia atua em estruturas do tamanho de um bilionésimo de metro e por conta disso, permite uma reorganização da estrutura de átomos e moléculas. E a nanotecnologia foi a solução escolhida pela MAN/Volkswagen para aprimorar os compostos de metal e borracha do coxim.
“Oferecemos hoje na linha Advantech um componente com relação otimizada entre conforto e durabilidade, proporcionando ainda mais benefícios a nossos clientes”, destaca Gastão Rachou, diretor de Engenharia, Estratégia do Produto e Gerenciamento de Portfólio da MAN Latin America, em nota à imprensa especializada.
A tecnologia já está disponível em ônibus e caminhões da marca em circulação. O Governo Federal recentemente instituiu o CIN – Comitê Interministerial de Nanotecnologia para incentivar sua aplicação em diversos segmentos Industriais, pelos ganhos de qualidade e durabilidade que a solução pode proporcionar.
A aplicação da nanotecnologia neste componente dos ônibus e dos caminhões foi desenvolvida em dois processos da fabricação numa parceria entre a MAN Latin America e a Truck Bus, fornecedora dos coxins: na borracha e na estrutura metálica.
Com a adição de nanocompósitos, a borracha teve a estrutura alterada e pode assim absorver mais impactos, o que permite maior vida útil ao componente e menos vibração no ônibus ou caminhão. Com esta alteração na estrutura molecular da borracha foi possível alterar sua resiliência, que é a capacidade de acumular energia sem causar ruptura, deformação e perda de rendimento. Com os nanocompósitos, a borracha tem níveis baixos de termo-oxidação, que causa degeneração e perda da vida útil do componente.
Já na estrutura metálica, o componente recebe agora um banho de nanocerâmica, que permite melhor aderência à borracha e possibilita uma simplificação para a fabricação e montagem da peça, que antes passava por dois processos, sendo agora submetida a apenas um. Esse tratamento evita que a borracha desprenda do metal, o que provoca a perda do coxim e pode comprometer a vida útil de outros componentes que dependem da função da peça.
A redução dos processos, segundo a MAN, faz com que haja ganhos ambientais, já que foi eliminada uma etapa que gerava componentes nocivos aos meio ambiente, o que ocasionava preocupação na Truck Bus quanto ao manuseio e descarte destes materiais.
O uso da nanotecnologia contempla a linha de ônibus e caminhões que atendem ao Proconve P 7 – Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, com base nas normas internacionais Euro V.
“Fomos além da motorização e agregamos uma série de melhorias que fazem a diferença no produto. Empregamos toda nossa expertise em engenharia para países emergentes e escolhemos as melhores soluções de tecnologia”, afirma Gastão Rachou.
O coxim do motor é montado no chassi pela Maxion, parceira da MAN no Consórcio Modular, pelo qual, fornecedores e prestadores de serviços assumem junto com a MAN Latin Ameria a responsabilidade pela produção dos veículos, o que aumenta o nível de comprometimento com o produto final por parte de todos os envolvidos na fabricação dos caminhões e ônibus.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Blog Ponto de Ônibus
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