Créditos: Alexandre Severo/JC Imagem |
O prefeito Geraldo Julio, do PSB, falou por mais de uma hora sobre mobilidade urbana, na estreia do programa Cidade Viva, na TV Jornal, mas não citou em nenhum momento a necessidade de expansão do metrô do Recife, entre os vários projetos que apresentou como solução para os problemas de transporte para a cidade. Os dois convidados da produção do programa, idem. É um erro estratégico. O Recife, desde sempre refém das empresas de ônibus, deu às costas ao metrô, verdadeiro transporte de massas em qualquer lugar que se pretende desenvolvido.
No começo do programa, solicitado a discorrer sobre as ações que
adotaria para facilitar o deslocamento, o prefeito Geraldo Julio fez
lembrar por alguns momentos o ex-prefeito João Paulo, do PT, que se
gabava de ter feito a inversão do trânsito em Boa Viagem e de ter banido
as kombis do centro, ação que foi posta em prática pela então EMTU.
“Temos o papel de fazer a inversão de prioridades, não valorizar o transporte individual”, afirmou Geraldo. “Vivemos a necessidade da inversão, para dar vez ao pedestre, ter a bicicleta como prioridade”.
Em suas intervenções, o prefeito preferiu destacar as ações tocadas pelo governo Eduardo Campos, que promovem intervenções viárias na cidade para abrir espaço para corredores exclusivos de ônibus, como se fossem novidade e não tivessem uma vida útil limitada.
Além de defender mais ciclovias e melhoria nas calçadas, Geraldo Júlio também vendeu como inovação de curto prazo a ação de combate aos entraves, nos mercados públicos, de comércio ambulante. Nada falou do transporte de cargas, caótico e que igualmente atrapalha o trânsito, aparentemente sem ser incomodado.
A desculpa de nossas autoridades públicas para que o modal metrô não seja priorizado é sempre a mesma. A falta de dinheiro ou a necessidade de volumes muito elevados de recursos públicos.
No fim do programa, fora do ar, portanto, o especialista em trânsito Oswaldo Lima Neto chegou a dizer que o Recife não precisa de metrô, pois ele seria antieconômico, sem um corredor com pelo menos 25 mil pessoas. “Metrô leva até 65 mil pessoas, em cada um dos sentidos, mas custa de US$ 100 a US$ 150 milhões”, comparou, defendendo o BRT.
Balela, para projetos como a Arena da Copa logo aparece financiamento público. Além disto, a opção pelo tal BRT só beneficia as empresas de ônibus, essas mesmas que deram às costas à licitação das linhas de ônibus, promovida pelo governo do Estado, por meio da estatal Grande Recife.
No final do programa Cidade Viva, a produção do programa colocou um deficiente visual, morador de Olinda e estudante e empregado no Recife, para reclamar das calçadas. Nada contra a reclamação óbvia quanto ao estrago das calçadas em plena capital, é claro, mas a passagem fez lembrar o comercial da Casa Lux e o descaso com o metrô. Na peça publicitária, um cego dizia o quanto gostaria de poder usar um óculos.
O personagem tornou conhecido um bordão que dizia: quando a gente não quer (usar óculos), qualquer desculpa serve. Metrô é a solução. O resto é paliativo.
“Temos o papel de fazer a inversão de prioridades, não valorizar o transporte individual”, afirmou Geraldo. “Vivemos a necessidade da inversão, para dar vez ao pedestre, ter a bicicleta como prioridade”.
Em suas intervenções, o prefeito preferiu destacar as ações tocadas pelo governo Eduardo Campos, que promovem intervenções viárias na cidade para abrir espaço para corredores exclusivos de ônibus, como se fossem novidade e não tivessem uma vida útil limitada.
Além de defender mais ciclovias e melhoria nas calçadas, Geraldo Júlio também vendeu como inovação de curto prazo a ação de combate aos entraves, nos mercados públicos, de comércio ambulante. Nada falou do transporte de cargas, caótico e que igualmente atrapalha o trânsito, aparentemente sem ser incomodado.
A desculpa de nossas autoridades públicas para que o modal metrô não seja priorizado é sempre a mesma. A falta de dinheiro ou a necessidade de volumes muito elevados de recursos públicos.
No fim do programa, fora do ar, portanto, o especialista em trânsito Oswaldo Lima Neto chegou a dizer que o Recife não precisa de metrô, pois ele seria antieconômico, sem um corredor com pelo menos 25 mil pessoas. “Metrô leva até 65 mil pessoas, em cada um dos sentidos, mas custa de US$ 100 a US$ 150 milhões”, comparou, defendendo o BRT.
Balela, para projetos como a Arena da Copa logo aparece financiamento público. Além disto, a opção pelo tal BRT só beneficia as empresas de ônibus, essas mesmas que deram às costas à licitação das linhas de ônibus, promovida pelo governo do Estado, por meio da estatal Grande Recife.
No final do programa Cidade Viva, a produção do programa colocou um deficiente visual, morador de Olinda e estudante e empregado no Recife, para reclamar das calçadas. Nada contra a reclamação óbvia quanto ao estrago das calçadas em plena capital, é claro, mas a passagem fez lembrar o comercial da Casa Lux e o descaso com o metrô. Na peça publicitária, um cego dizia o quanto gostaria de poder usar um óculos.
O personagem tornou conhecido um bordão que dizia: quando a gente não quer (usar óculos), qualquer desculpa serve. Metrô é a solução. O resto é paliativo.
Os socialistas, pelo visto, se igualam até aqui aos petistas, em
relação ao futuro dos transportes. Um dos maiores erros de Lula foi
justamente estimular a compra de carros, surfando nos efeitos positivos
da estabilização econômica, em seu primeiro mandato, mas se esquecendo
logo depois de investir maciçamente na expansão metroviária. Erro que
Dilma repete. Quem sabe outro candidato presidencial em 2014 aposte
noutra solução mais inteligente e moderna.
Blog do Jamildo
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