Créditos: Guto de Castro/Acervo
É cada vez maior nas cidades brasileiras o número de carros dividindo espaço nas ruas, multiplicando os engarrafamentos e diminuindo a qualidade de vida dos motoristas. Até 2015, no entanto, os 1.663 municípios com mais de 20 mil habitantes terão que implantar planos que dê prioridade ao transporte público, desestimulando o uso de carros.
A
mudança está prevista na Política de Mobilidade Urbana, em vigor desde
abril do ano passado, mas já enfrenta dificuldades, em especial nas
metrópoles, como São Paulo, onde a espera no trânsito pode chegar a três
horas por dia. Será uma tarefa difícil.
A média de usuários do serviço público é a
menor das últimas duas décadas: 1,63 passageiro por quilômetro, 62%
menor que em 1995, por exemplo. “Ninguém quer tirar o direito de usar o
carro, mas é preciso arcar com os custos”, salienta o diretor da NTU
(Associação das Empresas de Transportes Urbanos) André Dantas.
Caso nenhuma providência seja tomada, a cidade poderá perder direito a repasses de recursos federais.
Causas
O Brasil vê 480 mil novos veículos por mês em
circulação, sem que nenhum centímetro de pista seja construído. Somente
o setor automobilístico obteve 10 pacotes de estímulo nos últimos cinco
anos, principalmente com a redução do IPI (Imposto Sobre Produtos
Industrializados), o que facilita a compra de carros.
Além disso, os preços da gasolina e do álcool
estão há seis anos ‘congelados, enquanto o diesel teve quatro
reajustes, aumentando os custos do transporte público.
Hoje, o PAC Mobilidade Urbana coloca à
disposição das cidades R$ 39 bilhões e 54 projetos já estão sendo
financiados, segundo o governo.
Metro
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