Créditos: Fernando da Hora/JC Imagem |
A possibilidade de a estudante Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos,
ter sido atropelada por outro veículo ao cair do ônibus onde estava na
última sexta-feira (8), está descartada pelos depoimentos iniciais de
testemunhas. Quatro alunos do curso de biomedicina da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) que acompanhavam a garota negaram o fato,
ao serem ouvidos na Delegacia de Delitos de Trânsito, na última terça-feira.
O pai da garota, Wellington Pires, também depôs e afirmou à imprensa
que a transportadora tem responsabilidade no fato, pois o veículo abriu a
porta em movimento. Conforme o delegado que apura o caso, Nilson Mota, somente a perícia
feita ontem no ônibus pelo Instituto de Criminalística (IC), junto com o
laudo tanatoscópico do Instituto de Medicina Legal (IML) vão esclarecer
o que realmente provocou a morte de Camila.
As testemunhas apresentaram a mesma versão: Camila entrou pela porta
do meio, devido a superlotação do ônibus que fazia a linha
Barro-Macaxeira. A bolsa dela ficou presa. O motorista queimou a parada
seguinte e pouco depois a porta abriu e a garota caiu. Os passageiros
gritaram para o condutor parar e desceram. Ninguém viu sinal de outro
ônibus ou carro que pudesse ter atroplado a estudante, que permaneceu
consciente até chegar ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), onde faleceu.
O pai da garota contou que os amigos ligaram para a avó dela, que o informou do acidente. Ele passou em casa, pegou a esposa e seguiu para o local, onde chegaram em vinte minutos, tendo encontrado a garota sendo socorrida por bombeiros. "Ela teria reclamado de dores e sede", salienta o delegado.
Na próxima sexta-feira foram chamados a depor o motorista e o
cobrador do ônibus, além de outras duas testemunhas listadas no boletim
de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
JC Online
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