Créditos: Guto de Castro/Maxi Ônibus Olinda
A Marcopolo divulgou na terça-feira, 25, resultados financeiros obtidos em 2013. A receita líquida consolidada do grupo aumentou 8,6% em relação a 2012, passando de R$ 3,3 bilhões para R$ 3,6 bilhões. O avanço do faturamento é proveniente do crescimento de produção, especialmente de modelos rodoviários e de veículos Volare. As vendas para o mercado interno, o equivalente a 28,8 mil veículos, geraram R$ 2,5 bilhões ou 68,6% da receita líquida total. As exportações atingiram R$ 1,15 bilhão ou 31,4% do total, contra R$ 1,07 bilhão no exercício anterior, com crescimento de 7,5%.
O lucro líquido da fabricante de ônibus, contudo, encolheu 3,4% de 2012 a 2013, para R$ 292,1 milhões. A queda, segundo a Marcopolo, é decorrente principalmente do custo para aquisição de participação na encarroçadora canadense New Flyer Industries, que fabrica ônibus urbanos.
De acordo com José Rubens de la Rosa, diretor-geral da Marcopolo, 2013 caracterizou-se como um ano de novos desafios e turbulências para a indústria de ônibus e carrocerias no Brasil, principalmente ao longo do segundo semestre. “Em junho, as manifestações populares, que iniciaram em decorrência do aumento anunciado das tarifas de ônibus e que depois se somaram a outras reivindicações, exigiram a redução das tarifas e melhorias no transporte público. Como consequência, alguns governos municipais decidiram por congelar as tarifas, o que resultou em menor demanda por ônibus urbanos”, explica.
Somado a isso, a publicação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) do edital de licitação das linhas interestaduais trouxe incertezas também para o mercado de ônibus rodoviários, afetando a entrada de novos pedidos.
2014
A Marcopolo acredita que o cenário de incertezas em relação ao mercado brasileiro de ônibus, que se iniciou na segunda metade do ano passado, ainda persistirá neste início de 2014. Contudo, em razão da proximidade da Copa do Mundo a demanda por ônibus nos segmentos de turismo e de transportes intermunicipais cresceu, e pedidos de BRTs, já em carteira, estão compensando em parte o arrefecimento nos demais segmentos.
No mercado externo, a desvalorização do real em relação ao dólar segue impulsionando as exportações, especialmente a partir do quarto trimestre do ano passado. Além dos mercados tradicionalmente importadores, a Marcopolo fecha negócios de exportação para países na América Central e África, em sua maioria voltados à implementação de novos projetos de BRTs e mobilidade urbana nessas regiões.
A companhia prevê para 2014 investimentos de R$ 160 milhões, receita líquida de R$ 3,8 bilhões e produção de 20,8 mil ônibus nas unidades do Brasil e do exterior.
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