Créditos: China Buses/Acervo
A chinesa Sunglong Bus deve começar a importar seus ônibus para o Brasil ainda no primeiro semestre. A informação é do sócio brasileiro da marca, Mauri Moreira de Oliveira. Segundo ele, a operação terá investimento inicial de US$ 15 milhões. A empresa, com sede em Xangai, instalará centro de distribuição em terreno de 80 mil metros quadrados Juiz de Fora (MG), empreendimento já acertado com a prefeitura da cidade.
Oliveira, que tem 35 anos de experiência no segmento, com passagens por Volvo, Scania e Comil, aponta que a chegada da Sunlong é resultado de três anos de intensas negociações com a matriz chinesa. A empresa trará ônibus completos ao mercado nacional. Os modelos estão em homologação. Ainda assim, o executivo garante já ter clientes interessados na compra de 18 unidades.
Como já acontece nos segmentos de automóveis e de caminhões, os ônibus importados da China terão como atrativo o preço competitivo e nível elevado de equipamentos. “Todos eles terão itens como suspensão a ar e ar condicionado de fábrica”, conta Oliveira. Ele lembra ainda que os modelos contam com freios ABS, sistema obrigatório em veículos novos no Brasil desde o início deste ano.
Segundo o executivo, os ônibus da linha rodoviária têm de 9 a 12 metros e os da linha urbana têm tamanho médio de 12 metros. Inicialmente a empresa trará ao País modelos equipados com motor a diesel, “mas temos tecnologia para produzir modelos híbridos, puramente elétricos e até movidos a célula de combustível”, assegura Oliveira. Ele acredita que as versões com tecnologias alternativas de propulsão devem chegar ao Brasil apenas no futuro, quando o governo brasileiro definir algum incentivo para estas tecnologias.
Por serem importados, os ônibus da Sunlong não poderão ser adquiridos por meio de crédito do Finame/BNDES, fator decisivo para a venda deste tipo de bem. Apesar disso, o sócio da companhia no Brasil espera que em breve os veículos possam contar com condições mais competitivas de financiamento com o apoio de um banco chinês.
Para o médio prazo a marca tem a ambição de produzir localmente. A ideia é tomar a decisão depois de dois anos de importação. Esta seria a primeira planta da companhia fora da China. Por enquanto, a ideia é conquistar uma pequena fatia de mercado. “Estamos focando no nicho que era atendido pela Busscar”, conta Oliveira, referindo-se à encarroçadora catarinense que faliu em 2012. “O mercado brasileiro tem espaço para todo mundo e queremos complementar a oferta de produtos.”
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